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segunda-feira, 22 de abril de 2013

Como explora o livro com o seu filho?

Hoje estava para aqui a passar tempo no face, e vi um artigo sobre a leitura e a importância dos livros. Confesso que sou uma leitura assídua, adoro ler e, sobretudo adoro um bom livro infantil - principalmente um livro que me cative pela capa, pelas ilustrações ou até pelas texturas. Não sei se por ser educadora e ter o espírito mais aberto para este tipo de iniciativas, ou se, apenas porque sempre tive uma boa relação com os livros, a verdade é que fui logo ler o artigo em causa.

"Uma leitura alegre é tão útil à saúde como o exercício do corpo", Emmanuel Kant.

Começa logo pela escolha desta frase de Kant, que compara o exercício da mente com o exercício do corpo. São ambos importantes, pois claro! E ambos têm de ser trabalhados e desenvolvidos em harmonia para que a saúde física e mental nos torne pessoas equilibradas. Mas o que tem isto a ver com a leitura de livros infantis? Ora então, não é de pequenino que se torce o pepino? Então também é desde o berço que a leitura deve ser estimulada. E aprender a ler, não começa na escola quando se juntam as primeiras letras, começa muito mais cedo quando a criança:
- ouve contar histórias;
- morde os livros;
- observa os pais quando estes lhe estão a contar histórias;
- usa os livros como um brinquedo, explorando-o de inúmeras formas;
- observa as ilustrações no livro e associa imagens às palavras;
- constrói mentalmente as suas próprias sequencias, a partir das imagens do livro, mesmo que não pela ordem correta;
- conta ela própria a história!

"A exploração de livros é, naturalmente, uma estratégia bastante associada à aquisição e ao desenvolvimento da linguagem. "

Então, vi no artigo que têm a mesma opinião que eu: há livros lá em casa para o Martim, desde que eu estava grávida dele. Ele tem acesso aos livros e já escolhe a história que quer ouvir.

"A leitura partilhada apoia-se na interação pai-criança, sendo a leitura um momento divertido, agradável, espontâneo, de partilha e entusiasmo comum".

Nem sempre, ou melhor, nem tantas vezes como eu desejaria, lemos histórias ao Martim. Não o fazemos sempre, porque umas vezes é ele que não está disponível para isso e rapidamente se aborrece e quer passar para outra atividade. E noutras vezes, somos nós que não temos disponibilidade para isso. Quando o fazemos, temos tempo para estar com ele de volta do livro, enquanto ele quiser, para ler, reler, contar de outra maneira, brincar ao "lobo e ao porquinho" ("Mãe eu sou o uobo, foge"... e sopra!)

"Mais do que ler o conteúdo do livro e seguir as frases ou as falas das personagens, procura-se que a criança se sinta envolvida e motivada pelo momento da leitura."
A motivação é realmente tão importante. Sem ela de que valeria estar ali a ler as linhas para depois acabar e mandá-lo dormir? E essa motivação tem de ser mútua para que o momento valha a pena. Além disso, muitas vezes, é mesmo ele que vai buscar dois ou três livros da sua caixa e pede para irmos para a cama com ele. Por isso acho que estou a conseguir motivá-lo.

"É indispensável, portanto, dar espaço e liberdade para a criança expressar-se (nomeando e/ou descrevendo as imagens, comentando, colocando perguntas, imaginando…), não esquecendo de valorizar e elogiar as suas respostas e a sua colaboração (Wesseling & Lachmann, 2012)".

E o que dizem sobre uma criança da faixa etária dos 2 - 3 anos (onde se inclui o meu filho)?

- Estimular a criança a falar sobre o livro: fazer comentários; colocar perguntas simples e abertas – O que é? Onde está?, acompanhando os interesses e os tempos da criança;
- Avaliar a resposta da criança, colocando as perguntas anteriores ou dizendo frases incompletas para o seu filho/a completar (exemplo: Olha! É um…);
- Expandir a resposta da criança, repetindo e adicionando informação;
- Solicitar novamente a informação para garantir que a criança aprendeu;
- Elogiar as respostas dadas e assumir uma atitude de interesse e motivação pelas respostas da criança.

Sim costumo fazer isto. E no fim ele já diz: "E vitóia, vitóia, apagou-se a históia! E tenho a boca toda cheia mameuada!" - ou como devia ser "Vitóra vitória, acabou-se a história! Tenho a minha história contada e a boca cheia de marmelada!"

Elsa Filipe
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Créditos: http://www.maemequer.pt/desenvolvimento-infantil/crescer/desenvolvimento/como-explorar-os-livros-com-o-meu-filho-a#.UXWj9aJwqSp

Referências bibliográficas

  • Dunst, C. J., Simkus, A. & Hamby, D. W. (2012). Effects of reading to infantsand toddlers on their early language development [Versão eletrónica], Center for Early Literacy Learning, 5 (4) Wesseling, P. B. C. & Lachmann, T. (2012)
  • Aquisição e desenvolvimento da linguagem por meio da biblioteca e programa de leitura dialógica para crianças em idade-escolar [Versão eletrónica], Congreso Iberoamericano de las Lenguas en la Educación: Salamanca
Por Dr.ª Lúcia Magalhães (Terapeuta da Fala)

domingo, 14 de abril de 2013

Saudades...

... do meu bebé. Mais uma noite a trabalhar e ele na avó. Passou lá o fim de semana e só estarei com ele amanhã. Sei que está bem, já falei com ele ao telemóvel, mas as saudades apertam tanto!

sábado, 13 de abril de 2013

Eu sou menino!

É quando se ouve "eu sou menino" da boca de um pirralho de 2 anos e meio que achamos que o tempo passa a correr. Para ele, já não é bebé! "Não sou bebé! Sou o Matim Falipe!" Ora pois é.

sexta-feira, 5 de abril de 2013

Atividades com os mais novos

Que fazer em dias de vendaval como o de hoje?

Apetecia sair de casa, isso era um facto. O Martim até já tinha pedido para irmos ao parque, mas assim que pusemos a cabeça fora da porta... BRRRR! Que vento!
Opção?
Bebeteca!
Aproveitamos para devolver um livro que a mãe já leu e depois entramos no espaço destinado aos mais novos e vamos brincar. À hora que fomos, só estava mais um bebé, mais novinho que o Martim. Entre trocas de olhares e pequenas disputas de brinquedos, lá ficaram cada um para seu lado a brincar. E uma horinha passa depressa ali dentro, num espaço que é apelativo, estimulante e didático, ao mesmo tempo que é um ambiente agradável, calmo e seguro.

segunda-feira, 1 de abril de 2013

Pois é filho...

Ontem à noite, ele muito indignado: "Mãe! Apagaste a tevisão!" Sim, já é hora de iremos dormir. E ele: "Mas eu tava a ver!" Amuou.
Hoje de manhã, quando saímos de casa, antes das 7.00: "Mãe! Tá escuo" com um ar muito desconfiado.
Pois é filho, agora acaba-se a boa vida de acordar às 9h da manhã. É a vida!