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sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

Adeus 2010...

Estamos a entrar no último dia de 2010 e é hora de fazer um balanço destes últimos 365 dias. Tudo começou quando a um de janeiro de 2010, pelas 00h e poucos segundos alguém pensava... "desejos, saúde... blá,blá,blá..." e depois pensava "de manhã vou trabalhar... não me apetece nada..."

Depois o ano começou a correr, cada vez mais depressa, com muito trabalho, mão na sirene, o turno a chegar ao fim, ter de ir para o ensaio...

Só que entretanto, no meio de tanta azáfama e sem me aperceber, algo crescia dentro de mim. Algo gerado ainda em 2009... a maior felicidade da minha vida e também o que mais me fez recear pelo futuro. Um misto de medo e de alegria juntaram-se e deixaram-me durante uns dias sem saber o que fazer, guardando este segredinho só para mim...

Neste ano, tantas coisas eu fiz... tanto aconteceu... fiquei triste e fui feliz, ri e também chorei, amei e senti-me amada...

Fui mãe! Aprendi que o amor é o melhor sentimento do mundo e que o sentimos se formos um pouco mais pacientes e olharmos a vida de outra forma! Aprendi a olhar à minha volta e a antecipar os perigos e as dificuldades que nos rodeiam, a planear a vida ao minuto e a depender só de mim e não dos outros - porque se eu não olhar por mim, ninguém olhará....

Fui tia! Aprendi que a família está lá quando menos esperamos e que não interessa o tempo que passemos afastados... vão sempre haver divergências, zangas e encontros; almoços, jantares e muitas fotografias para mais tarde recordar!

Desfilei no Carnaval! Aprendi que ainda sou capaz de curtir a vida e de fazer algo mais pela sociedade onde vivo.

Trabalhei como socorrista, trabalhei numa Central, fui formadora e fui aprendiz... e aprendi muitas coisas novas... como a conhecer as minhas capacidades e a antecipar as minhas dificuldades. A olhar os outros com respeito. A ver além do que a vista alcança...
Agora que o ano está a acabar, balançar podia deixar-me tonta porque este foi um ano de loucos. Muitas incertezas, mas também uma alegria que preencheu as nossas vidas e deu um novo ânimo a toda a família. Nem tudo é mau, a crise passa-nos ali ao lado porque olho e aqui está o meu belo ser a sorrir enquanto dorme na inocência da sua infância.

O balanço é positivo quando olho para a nossa mais bela criação. O trabalho faz falta e está à minha espera, mas não importa se ele não estiver bem! Dinheiro? Que importa se ele não compra a felicidade dos teus lábios a encherem-me a cara de baba enquanto treinas os primeiros beijinhos? Saúde? Sim quero-a toda para ti e para nós, mamã e papá, para te podermos criar e ver crescer!

Por isso, para 2011, desejo muitos momentos plenos de felicidade e desejo ter muito tempo livre para passar com a minha pequena sementinha! Para vê-lo crescer, ouvir a sua voz e sentir os seus beijinhos. Desejo saúde para amamentar o meu pequeno enquanto esse for o seu desejo e para ir trabalhar todos os dias! Desejo que cada conquista e cada descoberta do meu pequenino filho seja passada junto a mim, que possa assistir aos seus primeiros passos tal como assisti ao primeiro sorriso.

Para todos,

Um ano novo muito feliz!
Beijos.
Elsa Filipe.

terça-feira, 28 de dezembro de 2010

Em contagem decrescente...

... para ir trabalhar. Recomeço no dia 3 e o meu bebé começa na ama nesse mesmo dia. Estou um pouco ansiosa confesso, pois faltam poucos dias para o regresso e ainda não há certezas nenhumas.

Hoje fui pedir o período de amamentação no meu local de trabalho. Penso que vou ter horário reduzido e que vou entrar às 12h e sair às 19h, o que vai ser bom porque assim o menino vai passar apenas o período da tarde na ama.

Já começámos a adaptar a alimentação do bebé, uma vez que este menino não gosta lá muito do biberão. No dia 24 começámos com a sopa, tendo sido a primeira de batata cenoura, com um fio de azeite. No priimeiro dia a experiência correu bem - muita sopa espalhada e nem sei se chegou a comer alguma coisa, embora não tenha havido birra e até mostrou curiosidade pela colher, o que é positivo. A cada dia a quantidade tem sido maior e hoje o almoço foi já sopinha de batata, cenoura e abóbora e um bocadinho de banana migada. Comeu muito bem e só veio para a mama duas horas depois!

Quanto ao biberão, ontem experimentámos uma tetina nova e a coisa já correu melhor - já bebeu à tarde 40 ml e à noite 100 ml - sem choros o que foi uma vitória!

Também ontem começámos com a papa. Foi difícil escolher a que melhor se adequasse e depois de passar meia hora a ler rótulos no corredor das papas, comprei Milupa para 4 meses sem glúten. É preparada com o leite do bebé - neste caso, o meu. Provou ontem ao almoço e não correu mal, embora tenha comido muito pouquinho. Tenho já outra para lhe dar a provar, também da Milupa, que é preparada com Aptamil e que tem sabor a pêra. Basta juntar água.

Aos poucos vou ficando mais descansada quanto à alimentação. Continuo a amamentar e a tirar leite para congelar, o que é necessário tanto para a preparação da papa como para manter a habituação ao biberão até eu ir trabalhar.

quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

Adaptação ao biberão 3

Olá!
Por aqui poucas novidades. Vamos continuando a tentar pelo menos uma ou duas das mamadas do dia. Não quero forçar muito, porque quando tiver de ser, será.

Já consegui que bebesse 100ml numa das refeições, mas misturando ora maminha ora biberão, o que não me resolve o problema. Noutras lá vão 20ml ou 30ml mas pouco mais, porque é maior a quantidade que vem para fora do que a que é engolida... O leite é o mesmo, ele suga até encher a boca de leite e depois cospe-o! É roupa, babetes e fraldas de pano que não acabam! Mas isso é o menos, queria mesmo era que ele bebesse. O esperto já sabe onde fica "o tacho" e já me puxa a roupa para chegar à mama! Dizem que nascem ensinados, mas assim tanto!?

E obrigada pelos conselhos que me têm deixado, agradeço todos porque com as experiências de outras mamãs também aprendemos e pensamos em novas estratégias.

terça-feira, 21 de dezembro de 2010

Adaptação ao Biberão 2

Já tentei enganá-lo pondo-o na mama e quando ele começa a adormecer trocar pelo biberão. Abre os olhos e começa logo a chorar.

Vou continuar a insistir todos os dias pelo menos uma vez para ver se ele cria o hábito, porque vou trabalhar dia 3 de Janeiro e ele tem de comer não é?

Entretanto vou comprar uma tetina diferente. Pode ser da forma da tetina. E lá vamos a uma nova tentativa que ele já está a acordar...

segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

Adaptação ao biberão

O meu menino está com três meses e meio e em breve eu estou a ir trabalhar. Até agora tudo tem corrido bem com a amamentação e ele tem estado a crescer bem só com o meu leite. Mas agora começaram as minhas preocupações: ele não quer o biberão de forma alguma!

Já tinhamos experimentado, tanto com leite, como com água, e dessas vezes ele bebeu até bastante bem. Mas agora sempre que lhe apresento o biberão é um drama. Chora, grita, esperneia, fica quase roxo de tanto chorar!

E beber o leite nada! Tiro com a bomba e apresento-o logo, mas nem assim. Às vezes consigo que beba um pouco, mas mesmo assim é só após uma grande birra. Quando finalmente o deixo vir mamar, parece que não lhe dava comer à horas! Suga com uma sofreguidão! E fica agarrado à mama até eu o tirar, colocando o dedo mindinho no canto da boca dele para tirar o vácuo daquela boquinha sugadora!

E agora? O que é que eu faço para que ele se alimente enquanto eu estiver no trabalho? Falta menos de duas semanas!

sábado, 18 de dezembro de 2010

Parto na água - Portugal e o mundo

O parto na água é, para algumas mulheres, a concretização de um sonho. Ele permite a junção de dois elementos que mexem muito com a natureza humana: a água e a emoção do nascimento de um filho.

Tal como escrevi num post anterior, sobre este mesmo tema, conto com a participação das mamãs ou futuras mamãs para me deixarem o vosso contributo enriquecedor: as vossas experiências e expectativas. Assim, isto do parto na água tem muito ainda que se lhe diga. "É o parto onde a água é usada como elemento de relaxamento (para a mãe) durante o trabalho de parto."(1)

Mas há riscos? Sim e não. Sim como em qualquer trabalho de parto, mas se for feito com segurança e de forma informada, é apenas uma forma diferente do bebé nascer. Mais do que riscos, traz benefícios. "O bebé pode nascer debaixo da água ou não. Por definição o parto na água é o que o bebe nasce tendo a mãe o genital totalmente coberto de água."(1)

"Uma mãe primípara não deve entrar na banheira antes de atingir 7 cm de dilatação (pois diminuiria a progressão da dilatação). A que tiver o segundo ou terceiro bebé pode entrar desde que atinja 6 cm."


O que se faz pelo mundo e no nosso país:

Esta experiência não parece ser muito vasta se tivermos em conta outros países.
Em Inglaterra a realidade é diferente da do nosso país: "mais de metade das maternidades públicas britânicas têm piscinas de parto"(1), enquanto "em Portugal não existe esta opção. Falta conhecimento, sensibilidade e, sobretudo, condições logísticas para os hospitais poderem oferecer esta técnica."(2)

Em França, na maternidade de Pithiviers de onde Odent foi director a ideia do parto na água é uma realidade. Este é um hospital público, cuja maternidade "se tornou conhecida no mundo inteiro graças as idéias de seu diretor, o Dr. Odent, que dava uma atenção peculiar as parturientes. Ele procurava atender a uma reivindicação da mulher moderna: a de ser respeitada como mulher, principalmente num momento tão particular de sua vida, como o momento do nascimento."(3)

"Em Pithiviers acreditava-se que o parto não fosse uma doença, mas um ato natural e delicado e que a mulher tem condições de parir na maneira e na posição que ela própria desejasse. À medicina, a partir de então, só deveria providenciar a segurança necessária, sem desprezar as manifestações instintivas ligadas ao acto."(3)

"Em Portugal não se olha para o parto como um acto fisiológico, olha-se sim do ponto de vista mádico. Com eventuais riscos à partida e constante necessidade de intervenção."(2)

Segundo Victor Varela, enfermeiro obstetra, "a utilização da água no trabalho de parto, em recipientes adequados, é uma forma de favorecer o parto normal e fisiológico" o que poderia ser conseguido se se mudassem algumas mentalidades.(2)

sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

Partos diferentes - nascer na água

A história de cada parto é diferente e mesmo com a mesma mulher não há dois partos iguais.

A partilha destes momentos é uma forma de aprendizagem mútua - que beneficia quem lê, mas também quem conta - e por isso deixo agora aqui a descrição de uma forma diferente de dar à luz, para a qual peço a vossa colaboração, convidando-as a partilharem a vossa experiência caso esta tenha sido a vossa escolha.

"Popularizado pelo médico Francês Michel Odent, na década de 60, o parto na água foi inicialmente descrito como uma forma alternativa de controlo da dor durante o trabalho de parto.

Será utopia? Ou uma forma de parir que devolve o protagonismo à mãe e ao bebé e que lhes deixa a eles dois a responsabilidade, mas também o direito, de decidir quando e como o nascimento vai ocorrer, com o mínimo de pressão e de intervenção de terceiros possível?

A imersão em água à temperatura do corpo ajuda a reduzir o nível de adrenalina da mulher e estimula a libertação de ocitocina."(1) Na sua visão de mundo, Odent procura compreender a natureza em vez de a tentar modificar. Assim, através da sua observação crítica da vida humana (desde a concepção e nascimento) e ampliando os seus estudos em psicologia e antropologia, Michel Odent, deixa a sua carreira de cirurgião para se dedicar a obstetrícia.

Para este médico, "é importante que as grávidas percebam que, por si só, o parto na água não pode ser considerado como o ‘remédio’ providencial que evitará a dor e proporcionará um nascimento ‘ideal’".(3)
Este acrescenta ainda que "tem de fazer parte de um processo mais abrangente em que a natural dor fisiológica é gerida e atenuada através de um sistema de protecção fisiológica."(3)
"Esse sistema implica que as mulheres possam atravessar toda «a cadeia de eventos que constitui o parto», incluindo a dor mas também o «cocktail natural» de ocitocina e endorfinas que «atenua temporariamente as capacidades cerebrais para que as mensagens dolorosas não cheguem com a intensidade habitual ao córtex e sejam, por isso mesmo, mais facilmente trabalhadas»."(3)


quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

Os meus amores

Está muito frio e sabe tão bem estar em casa, no quentinho, com o meu bebé. Já esteve aqui no colinho, a dar miminhos à mamã. É tão bom ir levantá-lo da caminha e sentir o seu calorzinho! É o meu saquinho de água quente - pena é que ele não goste de dormir comigo, só dorme bem se for na caminha dele!

No Sábado passado, fomos os dois às compras com a minha irmã e a minha sobrinha. Os dois bebés da família portaram-se muito bem! À tarde juntámos os dois aqui no tapete e a interacção entre os dois foi linda! O meu filho, no alto dos seus três meses, descobriu que conseguia agarrar na mão da prima - com 1 mês e meio - e brincar com ela. Entretanto, descobriu também que, se esticasse um pouco mais o braço, chegava à orelhita da prima. Resultado: ela a chorar desalmada e nós as duas sem percebermos o porquê da birra! Afinal era aqui o maroto a atazanar a priminha... ai ai isto promete!!!

No Domingo foi a festa de Natal dos Bombeiros e aqui o meu fraldinhas teve direito a prendinha e foto com o Pai Natal. A prenda está debaixo da árvore junto com as outras para abrirmos no Natal. Sim, faço questão que ele "abra" as suas prendas. E tantos outros bebés que lá estavam na festa também! Claro que houve muita conversa entre mamãs sobre os nossos bebés lindos, com diferença de semanas ou poucos meses uns dos outros.

E aqui nos meus amores... mais um que já nasceu: a I., filha de uma amiga minha, que nasceu no final da tarde desta 3ª feira. Muitas felicidades minhas lindas! Cá estaremos para o que for preciso!

segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Parto vaginal pós cesariana

Embora já aqui tenha por várias vezes falado no tema das cesarianas, este post surgiu-me na ideia por causa de uma amiga minha. O seu primeiro parto foi de cesariana, programada, por motivos que não vou aqui explorar. Na segunda gravidez tudo estava preparado para um parto vaginal - dito normal - e que se iniciou sem problemas. Várias horas depois, mãe e bebé estavam em sofrimento, porque a dilatação estava concluída mas a mãe não conseguia expulsar o bebé. Este tentava também sair, mas algo lhe barrava o caminho. Só mais tarde se percebeu que a mãe tinha um problema físico que afecta algumas mulheres: o seu osso púbico por algum motivo fica no caminho do bebé que, mesmo descendo o canal de parto, esbarra na saliência que o impede de sair.

O que me incomoda é que tenham demorado várias horas a perceber esse problema, deixando que mãe e bebé sofressem em demasia. O bebé nasceu com marcas e equimoses - que com o tempo vieram a desaparecer - mas as marcas psicológicas da jovem mãe, dificilmente se apagarão.

Segundo alguns estudos, a cesariana tem quatro vezes mais risco de morte materna e dez vezes mais risco de morte neonatal. No caso do parto normal após cesariana, existem alguns riscos adicionais.
Se a cesariana foi feita com corte baixo, na linha do biquini, então os riscos são de fato muito baixos (corte segmentar transversal). O corte vertical (corte corporal ou segmento-corporal), pode trazer um aumento do risco de ruptura considerável.

No entanto, não encontrei estudos conclusivos que mostrem que mulheres com mais de uma cesariana corram um risco de ruptura significativamente maior que aquelas com uma só cesariana.

Após uma cesariana, o risco numa tentativa posterior de "parto vaginal é o de rotura uterina, devido aos efeitos das contracções uterinas sobre a zona de fragilidade uterina da cicatriz cirúrgica anterior."(1) Esta situação ocorre em apenas 1% dos casos e "depende de vários factores, como a duração do trabalho de parto (quanto mais longo maior o risco)"; há um risco maior nos partos induzidos e este aumenta com o "uso de estimulação farmacológica da contractilidade uterina."(1)
Por isso aqui fica este pequeno post, que nos fala um pouco dos riscos de realizar um parto normal após uma cesariana. Não que este caso tenha a ver com a cesariana anteriormente realizada, mas sim com o facto de que temos de estar alerta para possíveis complicações, sejam elas quais forem. O que aqui fica é: perguntem tudo!

Não deixem nenhuma dúvida para responder, mesmo que pareça uma pergunta estúpida!


segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

Acidente grave

Mais um trágico acontecimento que vitima uma criança. Aconteceu na passada sexta-feira e vitimou o pequeno Marcos de apenas 20 meses. Tragédia, descuido ou um acidente estúpido que não devia ter acontecido. Dói sempre saber que ainda morrem crianças em acontecimentos tão trágicos como estes.

Um menino de 20 meses morreu ontem, sexta-feira, atropelado por uma carrinha de transporte escolar. O trágico acidente ocorreu pouco antes das 9 horas, mesmo em frente à casa onde vivia, em Navió, Ponte de Lima. A família pretende levar o caso "até às últimas instâncias".

Segundo a avó do pequeno Marcos, Sameiro Silva, tudo se passou no momento em que ela saiu de casa para acompanhar uma neta à carrinha de transporte escolar, propriedade da junta de freguesia.

"Ele saiu, então, para a rua, enquanto eu levava a minha neta. Tive de ir por trás da carrinha para a meter no transporte, pelo que, por instantes, não o vi. Nesse meio tempo, ele foi para a frente do carro com um brinquedo. E foi nesse preciso momento que a carrinha arrancou, levando-o à frente", conta, profundamente transtornada, a avó do menor, assinalando que, mal o viu, deitado debaixo do veículo, junto à roda da frente, gritou para a condutora parar a viatura.

"Fui em desespero, a correr e a gritar, para que ela parasse a carrinha. Não andou mais de uns quatro, cinco metros. Mas ele estava muito ferido. Tinha o rosto todo negro. Peguei nele ao colo, mas ele não reagia. Só me apercebi dele abrir uma mão. Depois disso, nada", acrescentou, desolada.

Ao local, situado a meio caminho entre a sede de concelho e Barcelos, acorreram, de imediato, os bombeiros e o INEM, cujas equipas procederam, durante cerca de uma hora, a manobras de reanimação, esforço que viria, contudo, a revelar-se infrutífero. O óbito foi declarado no local, tendo, depois, o corpo do menino sido conduzido ao gabinete de Medicina Legal do Hospital de Viana do Castelo.

"Aqui houve negligência"



Mãe da criança, Rosa Pereira não escondia, ontem, a sua revolta, dando conta que é intenção da família "ir até às últimas instâncias no apuramento das responsabilidades do sucedido, para que uma tragédia como esta não volte mais a acontecer", pondo em causa os procedimentos do transporte escolar.
"Um acidente estúpido como este roubou a vida ao meu filho. Ninguém me dá o meu filho de volta, mas pretendemos apurar as responsabilidades do que aconteceu e ir com isto até ao fim. A culpa não pode morrer solteira. Aqui houve negligência. Alguém não fez o trabalho em condições", repetiu Rosa Pereira.
http://jn.sapo.pt/paginainicial/pais/concelho.aspx?Distrito=Viana%20do%20Castelo&Concelho=Ponte%20de%20Lima&Option=Interior&content_id=1726978

sábado, 4 de dezembro de 2010

O bebé e os seus papás - vinculação e comunicação

Ao observar o meu bebé crescer tenho reparado na simplicidade com que ele, que pouco mais de 50 cm tem, consegue dominar a minha vida e a do pai. Ele é um poço de sabedoria que usa todas as suas artimanhas para nos levar a fazer o que quer. E nós, simplesmente, fazemos.

Há 150 anos, pela mão de Freud, aventurámo-nos à procura do inconsciente," descobrindo muita coisa até aí secreta. "Hoje a investigação científica (...) propõe-nos «regredir» e voltar ao princípio, ir ao fundo de nós mesmos (...) e como se desenvolve o feto desde a concepção até ao nascimento," através de métodos como as ecografias, os ultra-sons, as fotografias e os filmes realizados no interior do ventre humano.(1)

Diversos autores têm vindo a defender ao longo dos anos que os bebés não são, afinal, tábuas rasas nem folhas em branco: "o que é espantoso (...) é verificar a quantidade de coisas que aquele minúsculo pedaço de vida já sabe."(1)

Criança morre afogada

Era um menino com dois anos. Um menino com uma vida inteira pela frente, a descobrir o mundo que o rodeava e que um dia podia ser piloto, bombeiro, camionista, professor... mas os sonhos foram-lhe roubados antes sequer de ter aprendido como é importante sonhar.
Tirada a sua infância pela pessoa que mais dever tinha de o proteger.
Roubada e assassinada, num momento de loucura, de desespero, de crueldade...
Queria ter tempo para si? Espero que agora tenha todo o tempo do mundo, fechada e enclausurada, sem ninguém para lhe ditar horários, sem ninguém para a acordar de manhã, sem ranho para limpar, sem lágrimas para secar... sem um sorriso daquele que seria o seu melhor companheiro para a vida.
Algumas mulheres nunca deviam ter filhos.