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sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

Adeus 2010...

Estamos a entrar no último dia de 2010 e é hora de fazer um balanço destes últimos 365 dias. Tudo começou quando a um de janeiro de 2010, pelas 00h e poucos segundos alguém pensava... "desejos, saúde... blá,blá,blá..." e depois pensava "de manhã vou trabalhar... não me apetece nada..."

Depois o ano começou a correr, cada vez mais depressa, com muito trabalho, mão na sirene, o turno a chegar ao fim, ter de ir para o ensaio...

Só que entretanto, no meio de tanta azáfama e sem me aperceber, algo crescia dentro de mim. Algo gerado ainda em 2009... a maior felicidade da minha vida e também o que mais me fez recear pelo futuro. Um misto de medo e de alegria juntaram-se e deixaram-me durante uns dias sem saber o que fazer, guardando este segredinho só para mim...

Neste ano, tantas coisas eu fiz... tanto aconteceu... fiquei triste e fui feliz, ri e também chorei, amei e senti-me amada...

Fui mãe! Aprendi que o amor é o melhor sentimento do mundo e que o sentimos se formos um pouco mais pacientes e olharmos a vida de outra forma! Aprendi a olhar à minha volta e a antecipar os perigos e as dificuldades que nos rodeiam, a planear a vida ao minuto e a depender só de mim e não dos outros - porque se eu não olhar por mim, ninguém olhará....

Fui tia! Aprendi que a família está lá quando menos esperamos e que não interessa o tempo que passemos afastados... vão sempre haver divergências, zangas e encontros; almoços, jantares e muitas fotografias para mais tarde recordar!

Desfilei no Carnaval! Aprendi que ainda sou capaz de curtir a vida e de fazer algo mais pela sociedade onde vivo.

Trabalhei como socorrista, trabalhei numa Central, fui formadora e fui aprendiz... e aprendi muitas coisas novas... como a conhecer as minhas capacidades e a antecipar as minhas dificuldades. A olhar os outros com respeito. A ver além do que a vista alcança...
Agora que o ano está a acabar, balançar podia deixar-me tonta porque este foi um ano de loucos. Muitas incertezas, mas também uma alegria que preencheu as nossas vidas e deu um novo ânimo a toda a família. Nem tudo é mau, a crise passa-nos ali ao lado porque olho e aqui está o meu belo ser a sorrir enquanto dorme na inocência da sua infância.

O balanço é positivo quando olho para a nossa mais bela criação. O trabalho faz falta e está à minha espera, mas não importa se ele não estiver bem! Dinheiro? Que importa se ele não compra a felicidade dos teus lábios a encherem-me a cara de baba enquanto treinas os primeiros beijinhos? Saúde? Sim quero-a toda para ti e para nós, mamã e papá, para te podermos criar e ver crescer!

Por isso, para 2011, desejo muitos momentos plenos de felicidade e desejo ter muito tempo livre para passar com a minha pequena sementinha! Para vê-lo crescer, ouvir a sua voz e sentir os seus beijinhos. Desejo saúde para amamentar o meu pequeno enquanto esse for o seu desejo e para ir trabalhar todos os dias! Desejo que cada conquista e cada descoberta do meu pequenino filho seja passada junto a mim, que possa assistir aos seus primeiros passos tal como assisti ao primeiro sorriso.

Para todos,

Um ano novo muito feliz!
Beijos.
Elsa Filipe.

terça-feira, 28 de dezembro de 2010

Em contagem decrescente...

... para ir trabalhar. Recomeço no dia 3 e o meu bebé começa na ama nesse mesmo dia. Estou um pouco ansiosa confesso, pois faltam poucos dias para o regresso e ainda não há certezas nenhumas.

Hoje fui pedir o período de amamentação no meu local de trabalho. Penso que vou ter horário reduzido e que vou entrar às 12h e sair às 19h, o que vai ser bom porque assim o menino vai passar apenas o período da tarde na ama.

Já começámos a adaptar a alimentação do bebé, uma vez que este menino não gosta lá muito do biberão. No dia 24 começámos com a sopa, tendo sido a primeira de batata cenoura, com um fio de azeite. No priimeiro dia a experiência correu bem - muita sopa espalhada e nem sei se chegou a comer alguma coisa, embora não tenha havido birra e até mostrou curiosidade pela colher, o que é positivo. A cada dia a quantidade tem sido maior e hoje o almoço foi já sopinha de batata, cenoura e abóbora e um bocadinho de banana migada. Comeu muito bem e só veio para a mama duas horas depois!

Quanto ao biberão, ontem experimentámos uma tetina nova e a coisa já correu melhor - já bebeu à tarde 40 ml e à noite 100 ml - sem choros o que foi uma vitória!

Também ontem começámos com a papa. Foi difícil escolher a que melhor se adequasse e depois de passar meia hora a ler rótulos no corredor das papas, comprei Milupa para 4 meses sem glúten. É preparada com o leite do bebé - neste caso, o meu. Provou ontem ao almoço e não correu mal, embora tenha comido muito pouquinho. Tenho já outra para lhe dar a provar, também da Milupa, que é preparada com Aptamil e que tem sabor a pêra. Basta juntar água.

Aos poucos vou ficando mais descansada quanto à alimentação. Continuo a amamentar e a tirar leite para congelar, o que é necessário tanto para a preparação da papa como para manter a habituação ao biberão até eu ir trabalhar.

quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

Adaptação ao biberão 3

Olá!
Por aqui poucas novidades. Vamos continuando a tentar pelo menos uma ou duas das mamadas do dia. Não quero forçar muito, porque quando tiver de ser, será.

Já consegui que bebesse 100ml numa das refeições, mas misturando ora maminha ora biberão, o que não me resolve o problema. Noutras lá vão 20ml ou 30ml mas pouco mais, porque é maior a quantidade que vem para fora do que a que é engolida... O leite é o mesmo, ele suga até encher a boca de leite e depois cospe-o! É roupa, babetes e fraldas de pano que não acabam! Mas isso é o menos, queria mesmo era que ele bebesse. O esperto já sabe onde fica "o tacho" e já me puxa a roupa para chegar à mama! Dizem que nascem ensinados, mas assim tanto!?

E obrigada pelos conselhos que me têm deixado, agradeço todos porque com as experiências de outras mamãs também aprendemos e pensamos em novas estratégias.

terça-feira, 21 de dezembro de 2010

Adaptação ao Biberão 2

Já tentei enganá-lo pondo-o na mama e quando ele começa a adormecer trocar pelo biberão. Abre os olhos e começa logo a chorar.

Vou continuar a insistir todos os dias pelo menos uma vez para ver se ele cria o hábito, porque vou trabalhar dia 3 de Janeiro e ele tem de comer não é?

Entretanto vou comprar uma tetina diferente. Pode ser da forma da tetina. E lá vamos a uma nova tentativa que ele já está a acordar...

segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

Adaptação ao biberão

O meu menino está com três meses e meio e em breve eu estou a ir trabalhar. Até agora tudo tem corrido bem com a amamentação e ele tem estado a crescer bem só com o meu leite. Mas agora começaram as minhas preocupações: ele não quer o biberão de forma alguma!

Já tinhamos experimentado, tanto com leite, como com água, e dessas vezes ele bebeu até bastante bem. Mas agora sempre que lhe apresento o biberão é um drama. Chora, grita, esperneia, fica quase roxo de tanto chorar!

E beber o leite nada! Tiro com a bomba e apresento-o logo, mas nem assim. Às vezes consigo que beba um pouco, mas mesmo assim é só após uma grande birra. Quando finalmente o deixo vir mamar, parece que não lhe dava comer à horas! Suga com uma sofreguidão! E fica agarrado à mama até eu o tirar, colocando o dedo mindinho no canto da boca dele para tirar o vácuo daquela boquinha sugadora!

E agora? O que é que eu faço para que ele se alimente enquanto eu estiver no trabalho? Falta menos de duas semanas!

sábado, 18 de dezembro de 2010

Parto na água - Portugal e o mundo

O parto na água é, para algumas mulheres, a concretização de um sonho. Ele permite a junção de dois elementos que mexem muito com a natureza humana: a água e a emoção do nascimento de um filho.

Tal como escrevi num post anterior, sobre este mesmo tema, conto com a participação das mamãs ou futuras mamãs para me deixarem o vosso contributo enriquecedor: as vossas experiências e expectativas. Assim, isto do parto na água tem muito ainda que se lhe diga. "É o parto onde a água é usada como elemento de relaxamento (para a mãe) durante o trabalho de parto."(1)

Mas há riscos? Sim e não. Sim como em qualquer trabalho de parto, mas se for feito com segurança e de forma informada, é apenas uma forma diferente do bebé nascer. Mais do que riscos, traz benefícios. "O bebé pode nascer debaixo da água ou não. Por definição o parto na água é o que o bebe nasce tendo a mãe o genital totalmente coberto de água."(1)

"Uma mãe primípara não deve entrar na banheira antes de atingir 7 cm de dilatação (pois diminuiria a progressão da dilatação). A que tiver o segundo ou terceiro bebé pode entrar desde que atinja 6 cm."


O que se faz pelo mundo e no nosso país:

Esta experiência não parece ser muito vasta se tivermos em conta outros países.
Em Inglaterra a realidade é diferente da do nosso país: "mais de metade das maternidades públicas britânicas têm piscinas de parto"(1), enquanto "em Portugal não existe esta opção. Falta conhecimento, sensibilidade e, sobretudo, condições logísticas para os hospitais poderem oferecer esta técnica."(2)

Em França, na maternidade de Pithiviers de onde Odent foi director a ideia do parto na água é uma realidade. Este é um hospital público, cuja maternidade "se tornou conhecida no mundo inteiro graças as idéias de seu diretor, o Dr. Odent, que dava uma atenção peculiar as parturientes. Ele procurava atender a uma reivindicação da mulher moderna: a de ser respeitada como mulher, principalmente num momento tão particular de sua vida, como o momento do nascimento."(3)

"Em Pithiviers acreditava-se que o parto não fosse uma doença, mas um ato natural e delicado e que a mulher tem condições de parir na maneira e na posição que ela própria desejasse. À medicina, a partir de então, só deveria providenciar a segurança necessária, sem desprezar as manifestações instintivas ligadas ao acto."(3)

"Em Portugal não se olha para o parto como um acto fisiológico, olha-se sim do ponto de vista mádico. Com eventuais riscos à partida e constante necessidade de intervenção."(2)

Segundo Victor Varela, enfermeiro obstetra, "a utilização da água no trabalho de parto, em recipientes adequados, é uma forma de favorecer o parto normal e fisiológico" o que poderia ser conseguido se se mudassem algumas mentalidades.(2)

sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

Partos diferentes - nascer na água

A história de cada parto é diferente e mesmo com a mesma mulher não há dois partos iguais.

A partilha destes momentos é uma forma de aprendizagem mútua - que beneficia quem lê, mas também quem conta - e por isso deixo agora aqui a descrição de uma forma diferente de dar à luz, para a qual peço a vossa colaboração, convidando-as a partilharem a vossa experiência caso esta tenha sido a vossa escolha.

"Popularizado pelo médico Francês Michel Odent, na década de 60, o parto na água foi inicialmente descrito como uma forma alternativa de controlo da dor durante o trabalho de parto.

Será utopia? Ou uma forma de parir que devolve o protagonismo à mãe e ao bebé e que lhes deixa a eles dois a responsabilidade, mas também o direito, de decidir quando e como o nascimento vai ocorrer, com o mínimo de pressão e de intervenção de terceiros possível?

A imersão em água à temperatura do corpo ajuda a reduzir o nível de adrenalina da mulher e estimula a libertação de ocitocina."(1) Na sua visão de mundo, Odent procura compreender a natureza em vez de a tentar modificar. Assim, através da sua observação crítica da vida humana (desde a concepção e nascimento) e ampliando os seus estudos em psicologia e antropologia, Michel Odent, deixa a sua carreira de cirurgião para se dedicar a obstetrícia.

Para este médico, "é importante que as grávidas percebam que, por si só, o parto na água não pode ser considerado como o ‘remédio’ providencial que evitará a dor e proporcionará um nascimento ‘ideal’".(3)
Este acrescenta ainda que "tem de fazer parte de um processo mais abrangente em que a natural dor fisiológica é gerida e atenuada através de um sistema de protecção fisiológica."(3)
"Esse sistema implica que as mulheres possam atravessar toda «a cadeia de eventos que constitui o parto», incluindo a dor mas também o «cocktail natural» de ocitocina e endorfinas que «atenua temporariamente as capacidades cerebrais para que as mensagens dolorosas não cheguem com a intensidade habitual ao córtex e sejam, por isso mesmo, mais facilmente trabalhadas»."(3)


quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

Os meus amores

Está muito frio e sabe tão bem estar em casa, no quentinho, com o meu bebé. Já esteve aqui no colinho, a dar miminhos à mamã. É tão bom ir levantá-lo da caminha e sentir o seu calorzinho! É o meu saquinho de água quente - pena é que ele não goste de dormir comigo, só dorme bem se for na caminha dele!

No Sábado passado, fomos os dois às compras com a minha irmã e a minha sobrinha. Os dois bebés da família portaram-se muito bem! À tarde juntámos os dois aqui no tapete e a interacção entre os dois foi linda! O meu filho, no alto dos seus três meses, descobriu que conseguia agarrar na mão da prima - com 1 mês e meio - e brincar com ela. Entretanto, descobriu também que, se esticasse um pouco mais o braço, chegava à orelhita da prima. Resultado: ela a chorar desalmada e nós as duas sem percebermos o porquê da birra! Afinal era aqui o maroto a atazanar a priminha... ai ai isto promete!!!

No Domingo foi a festa de Natal dos Bombeiros e aqui o meu fraldinhas teve direito a prendinha e foto com o Pai Natal. A prenda está debaixo da árvore junto com as outras para abrirmos no Natal. Sim, faço questão que ele "abra" as suas prendas. E tantos outros bebés que lá estavam na festa também! Claro que houve muita conversa entre mamãs sobre os nossos bebés lindos, com diferença de semanas ou poucos meses uns dos outros.

E aqui nos meus amores... mais um que já nasceu: a I., filha de uma amiga minha, que nasceu no final da tarde desta 3ª feira. Muitas felicidades minhas lindas! Cá estaremos para o que for preciso!

segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Parto vaginal pós cesariana

Embora já aqui tenha por várias vezes falado no tema das cesarianas, este post surgiu-me na ideia por causa de uma amiga minha. O seu primeiro parto foi de cesariana, programada, por motivos que não vou aqui explorar. Na segunda gravidez tudo estava preparado para um parto vaginal - dito normal - e que se iniciou sem problemas. Várias horas depois, mãe e bebé estavam em sofrimento, porque a dilatação estava concluída mas a mãe não conseguia expulsar o bebé. Este tentava também sair, mas algo lhe barrava o caminho. Só mais tarde se percebeu que a mãe tinha um problema físico que afecta algumas mulheres: o seu osso púbico por algum motivo fica no caminho do bebé que, mesmo descendo o canal de parto, esbarra na saliência que o impede de sair.

O que me incomoda é que tenham demorado várias horas a perceber esse problema, deixando que mãe e bebé sofressem em demasia. O bebé nasceu com marcas e equimoses - que com o tempo vieram a desaparecer - mas as marcas psicológicas da jovem mãe, dificilmente se apagarão.

Segundo alguns estudos, a cesariana tem quatro vezes mais risco de morte materna e dez vezes mais risco de morte neonatal. No caso do parto normal após cesariana, existem alguns riscos adicionais.
Se a cesariana foi feita com corte baixo, na linha do biquini, então os riscos são de fato muito baixos (corte segmentar transversal). O corte vertical (corte corporal ou segmento-corporal), pode trazer um aumento do risco de ruptura considerável.

No entanto, não encontrei estudos conclusivos que mostrem que mulheres com mais de uma cesariana corram um risco de ruptura significativamente maior que aquelas com uma só cesariana.

Após uma cesariana, o risco numa tentativa posterior de "parto vaginal é o de rotura uterina, devido aos efeitos das contracções uterinas sobre a zona de fragilidade uterina da cicatriz cirúrgica anterior."(1) Esta situação ocorre em apenas 1% dos casos e "depende de vários factores, como a duração do trabalho de parto (quanto mais longo maior o risco)"; há um risco maior nos partos induzidos e este aumenta com o "uso de estimulação farmacológica da contractilidade uterina."(1)
Por isso aqui fica este pequeno post, que nos fala um pouco dos riscos de realizar um parto normal após uma cesariana. Não que este caso tenha a ver com a cesariana anteriormente realizada, mas sim com o facto de que temos de estar alerta para possíveis complicações, sejam elas quais forem. O que aqui fica é: perguntem tudo!

Não deixem nenhuma dúvida para responder, mesmo que pareça uma pergunta estúpida!


segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

Acidente grave

Mais um trágico acontecimento que vitima uma criança. Aconteceu na passada sexta-feira e vitimou o pequeno Marcos de apenas 20 meses. Tragédia, descuido ou um acidente estúpido que não devia ter acontecido. Dói sempre saber que ainda morrem crianças em acontecimentos tão trágicos como estes.

Um menino de 20 meses morreu ontem, sexta-feira, atropelado por uma carrinha de transporte escolar. O trágico acidente ocorreu pouco antes das 9 horas, mesmo em frente à casa onde vivia, em Navió, Ponte de Lima. A família pretende levar o caso "até às últimas instâncias".

Segundo a avó do pequeno Marcos, Sameiro Silva, tudo se passou no momento em que ela saiu de casa para acompanhar uma neta à carrinha de transporte escolar, propriedade da junta de freguesia.

"Ele saiu, então, para a rua, enquanto eu levava a minha neta. Tive de ir por trás da carrinha para a meter no transporte, pelo que, por instantes, não o vi. Nesse meio tempo, ele foi para a frente do carro com um brinquedo. E foi nesse preciso momento que a carrinha arrancou, levando-o à frente", conta, profundamente transtornada, a avó do menor, assinalando que, mal o viu, deitado debaixo do veículo, junto à roda da frente, gritou para a condutora parar a viatura.

"Fui em desespero, a correr e a gritar, para que ela parasse a carrinha. Não andou mais de uns quatro, cinco metros. Mas ele estava muito ferido. Tinha o rosto todo negro. Peguei nele ao colo, mas ele não reagia. Só me apercebi dele abrir uma mão. Depois disso, nada", acrescentou, desolada.

Ao local, situado a meio caminho entre a sede de concelho e Barcelos, acorreram, de imediato, os bombeiros e o INEM, cujas equipas procederam, durante cerca de uma hora, a manobras de reanimação, esforço que viria, contudo, a revelar-se infrutífero. O óbito foi declarado no local, tendo, depois, o corpo do menino sido conduzido ao gabinete de Medicina Legal do Hospital de Viana do Castelo.

"Aqui houve negligência"



Mãe da criança, Rosa Pereira não escondia, ontem, a sua revolta, dando conta que é intenção da família "ir até às últimas instâncias no apuramento das responsabilidades do sucedido, para que uma tragédia como esta não volte mais a acontecer", pondo em causa os procedimentos do transporte escolar.
"Um acidente estúpido como este roubou a vida ao meu filho. Ninguém me dá o meu filho de volta, mas pretendemos apurar as responsabilidades do que aconteceu e ir com isto até ao fim. A culpa não pode morrer solteira. Aqui houve negligência. Alguém não fez o trabalho em condições", repetiu Rosa Pereira.
http://jn.sapo.pt/paginainicial/pais/concelho.aspx?Distrito=Viana%20do%20Castelo&Concelho=Ponte%20de%20Lima&Option=Interior&content_id=1726978

sábado, 4 de dezembro de 2010

O bebé e os seus papás - vinculação e comunicação

Ao observar o meu bebé crescer tenho reparado na simplicidade com que ele, que pouco mais de 50 cm tem, consegue dominar a minha vida e a do pai. Ele é um poço de sabedoria que usa todas as suas artimanhas para nos levar a fazer o que quer. E nós, simplesmente, fazemos.

Há 150 anos, pela mão de Freud, aventurámo-nos à procura do inconsciente," descobrindo muita coisa até aí secreta. "Hoje a investigação científica (...) propõe-nos «regredir» e voltar ao princípio, ir ao fundo de nós mesmos (...) e como se desenvolve o feto desde a concepção até ao nascimento," através de métodos como as ecografias, os ultra-sons, as fotografias e os filmes realizados no interior do ventre humano.(1)

Diversos autores têm vindo a defender ao longo dos anos que os bebés não são, afinal, tábuas rasas nem folhas em branco: "o que é espantoso (...) é verificar a quantidade de coisas que aquele minúsculo pedaço de vida já sabe."(1)

Criança morre afogada

Era um menino com dois anos. Um menino com uma vida inteira pela frente, a descobrir o mundo que o rodeava e que um dia podia ser piloto, bombeiro, camionista, professor... mas os sonhos foram-lhe roubados antes sequer de ter aprendido como é importante sonhar.
Tirada a sua infância pela pessoa que mais dever tinha de o proteger.
Roubada e assassinada, num momento de loucura, de desespero, de crueldade...
Queria ter tempo para si? Espero que agora tenha todo o tempo do mundo, fechada e enclausurada, sem ninguém para lhe ditar horários, sem ninguém para a acordar de manhã, sem ranho para limpar, sem lágrimas para secar... sem um sorriso daquele que seria o seu melhor companheiro para a vida.
Algumas mulheres nunca deviam ter filhos.

segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Cesariana - melhor opção quando o bebé vem de nádegas

Confesso que ler sobre este tema antes do meu bebé nascer, ajudou-me a interiorizar que me teria mesmo de submeter a uma cesariana, algo que antes eu punha de lado, pois não era de todo a minha vontade. O destino deu muitas voltas e o M. nasceu de parto normal ou seja, nasceu mesmo de nádegas, de parto vaginal. Sem complicações.

Era só um aparte. De seguida passo mesmo para o post e para este tema que poderá interessar a outras mulheres, como tanto me interessou a mim.

Segundo um estudo realizado "na Universidade de Oxford assinalam que, dos bebés que ainda estão de nádegas na semana 35, um em cada quatro colocar-se-à na posição cefálica."(1)

Mas caso isso não suceda, existem técnicas para ajudar o bebé a colocar-se nessa posição. No entanto, existe alguma controvérsia em relação à sua utilização. Se "antigamente, alguns obstetras conheciam técnicas para colocar a criança na posição cefálica, mediante mensagens, manipulação e pressões", a verdade é que hoje em dia "esta prática perdeu-se por poder provocar problemas com o cordão umbilical ou com o despreendimento prematuro da placenta."(1)

"Segundo os especialistas, conseguir uma mudança de postura é um trabalho muito difícil, que requer um vínculo emotivo muito importante entre mãe e filho." À medida que a gravidez avança, "as possibilidades são menores, pois o bebé conta com cada vez menos espaço para dar a volta. A apresentação podálica tem duas variantes: se a criança apresenta primeiro o rabinho é podálica pura, se primeiro vem um dos pés, ou os dois, chama-se podálica incompleta. Em ambos os casos, o parto vaginal é arriscado."

Por este motivo, a cesariana é uma opção a considerar. "Enquanto que num parto cefálico, a cabeça vai girando como um parafuso para ajustar-se ao pouco espaço que dispõe para atravessar a pélvis, num parto de nádegas o corpo passa com facilidade, mas é provável que a cabeça fique um pouco achatada, o que origina a perda de bem estar fetal. (...) A luxação da bacia no bebé é também uma situação muito frequente nestes partos."(1)

Apesar de tudo isto, o meu parto foi rápido e o meu bebé nasceu sem lesões ou marcas. Tive muita sorte, mas também devo isso à excelente equipa que encontrei no Hospital Garcia de Orta. E a eles o meu agradecimento!


Bibliografia:

(1)-LALANDA, Elvira, "Vem de nádegas", Babies, Janeiro de 2004;

domingo, 28 de novembro de 2010

Infertilidade

"Actualmente, entre 15 a 20% da população mundial tem problemas de fertilidade."(1) É um problema que afecta por isso muitos casais e pode ter diferentes causas. "A prevalência da infertilidade conjugal é de 15-20% na população em idade reprodutiva. A taxa de infertilidade masculina é similar à taxa de infertilidade feminina. Em média, 80% dos casos apresentam infertilidade nos dois membros do casal, sendo, geralmente, um mais grave do que o outro."(2)

"A infertilidade é o resultado de uma falência orgânica devida à disfunção dos orgãos reprodutores, dos gâmetas ou do concepto. Um casal é infértil quando não alcança a gravidez desejada ao fim de um ano de vida sexual contínua sem métodos contraceptivos."(2)

"Também se considera infértil o casal" em que, apesar de a mulher engravidar, ocorrem mais de três abortos seguidos. (2)

sábado, 27 de novembro de 2010

Fimose

Ainda no seguimento do post sobre marcas de nascimento, a fimose vem como uma situação que pode surgir em alguns bebés e que se pode resolver por si mesma com o tempo. Mas existem situações em que isso não chega a acontecer. A vigilância é feita no Centro de Saúde pela médica ou pediatra que segue o bebé e que encaminhará os pais para um especialista se tal for necessário e quando chegar a altura certa.

"A fimose é um problema de saúde que afecta exclusivamente os meninos" e que se caracteriza pela apresentação do prepúcio muito fechado "tornando difícil o seu deslizar para descobrir a glande."(1)
"O pênis é formado pela cabeça, chamada de glande, o corpo e a base (parte que fica junto ao corpo). Ele é revestido de uma pele chamada prepúcio que serve para proteger principalmente a glande, parte muito sensível do pênis. O prepúcio é retrátil, isto é, se puxarmos a pele em direção à base do pênis a glande ficará exposta."(2)

O problema:"A fimose é a dificuldade de expor a glande do pênis porque o prepúcio não retrai. Isso se deve pela aderência da pele na glande ou pelo anel do prepúcio ser muito estreito. A fimose em recém-nascidos é fisiológica, isto é, normal e regride espontaneamente."(2)
Cerca de 90% dos meninos nascem com fimose: é a proteção natural da glande. Aos seis meses de idade, esse número cai para 20 % e aos três anos os números invertem: 90% dos meninos já não apresentam fimose. De uma forma natural, "o prepúcio irá começar a soltar-se do extremo do pénis."(1)

Na maioria dos casos, não é necessário realizar qualquer intervenção cirúrgica, a não ser que o problema persista após os 4 anos.

Não fazer:Por muito que queira ver o problema resolvido, nunca se devem fazer "exercícios de retração à força da pele", pois estes "podem causar microtraumatismos, dor, inflamações e até sangramentos. A cicatrização dos microtraumatismos pode piorar a condição da fimose, já que a cicatriz leva a um estreitamento maior do anel do prepúcio."(2)



Bibliografia:(1)-"Fimose: um problema de meninos", Bebé Saúde, Fevereiro de 2004;
(2)-http://guiadobebe.uol.com.br/bb2a3/fimose_como_lidar.htm

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Marcas de nascimento - parte 3

Além dos sinais e manchas que podem aparecer no bebé, ainda existem algumas ocorrências físicas que podem ser alvo de preocupação.

Hérnia umbilical:

Ou seja, um "pequeno alto na zona do umbigo" mas que além de vigilância, a maioria "acaba por desaparecer com o tempo e só raramente é necessário operar, mas nunca antes dos 5 anos."(1)

Criptorquidia:

É a "ausência dos testículos nas bolsas, que pode acontecer em 3% dos bebés do sexo masculino." Nestes casos, torna-se necessário a realização de uma "ecografia para se descobrir onde estão os testículos e porque razões, ao longo da gravidez, não fizeram o seu trajecto normal desde a barriga até às bolsas. Pode vir a ser necessária uma cirúrgia no 1º ano de vida."(1)

Hérnia Inguinal:

"Chama-se hérnia inguinal a hérnia localizada na virilha. As hérnias inguinais geralmente aparecem em ambas as virilhas, pelo que, se a criança apresenta uma hérnia numa das virilhas, os médicos procedem a um exame cuidadoso da outra."(2)

"A hérnia inguinal surge na maioria dos casos quando o canal inguinal não se fecha completamente após o nascimento do bebé. Ou seja, durante a gestação, o bebé (menino) desenvolve os testículos no abdómen, e só posteriormente estes se deslocam para o escroto através de uma zona que se denomina canal inguinal.

terça-feira, 23 de novembro de 2010

11ª Semana

Partindo dos posts anteriores, já comecei a experimentar virar o M. de barriga para baixo, mas ele não gosta lá muito da ideia. Brinca muito com os brinquedos que vou pondo à sua volta segurando-os, puxando, empurrando. Brinca muito com as mãos e já começou a palrar mais! Converso imenso com ele e há uns sorrisos lindos como resposta!

Não há manta que páre em cima dele! As pernas não páram enquanto não consegue tirar a manta de cima.
Embora já se tivesse apercebido da existência das mãos, olha agora para elas como um pequeno Sherlock Holmes. Vira as mãos, para ver melhor os dedos de todos os ângulos. Abre e fecha as mãos, observando o movimento de cada dedo. É quase como se estivesse a utilizar as mãos como um fantoche e a dar um espectáculo para si próprio.
Para ajudar o bebé a desenvolver a sua crescente coordenação mãos-olhos, mostre-lhe um brinquedo que fique fora do alcance para que ele tente agarrá-lo. O seu bebé irá também colocar um dedo, ou até mesmo a mão toda, na boca. É a sua forma de aprender mais coisas sobre as mãos — as texturas, o tamanho e a que sabe.
A mão é, afinal, prática para este tipo de exploração porque está sempre ali, na frente do bebé, e nunca se perde. Mas verá que o bebé descobre também muitas outras coisas colocando-as na boca. É uma forma importante dos bebés recolherem informações sobre o seu mundo (e está na altura de ter atenção para evitar que o bebé ponha qualquer coisa na boca que o possa sufocar).

Chorar... a fazer rir

Ontem fartei-me de chorar enquanto assistia a uma reportagem da TVI sobre a Operação Sorriso. Particularmente pela história de uma menina que foi acompanhada por um palhaço durante a sua doença e permanência num Hospital e que, quando morreu, o próprio palhaço foi ao seu velório e funeral. Algo que pode parecer inadequado, mas que eu acho que foi de uma coragem imensa. Aquele homem, ao conseguir fazer esse acto para a menina e por amor a ela e à família, merecia ser aplaudido de pé.

Para esse palhaço, e para os outros que fazem parte dessa Operação, fazendo rir em momentos de grande sofrimento, um grande bem-haja e o meu obrigado!

E agora algo que me preocupa... estarei a ficar mais lamechas? Eu não costumava chorar com estas coisas, mesmo sentindo-me mais emotiva. É que em Janeiro regresso ao trabalho, às ambulâncias e às emergências e não quero desabar a chorar com situações deste género. Ai que isto está mau, está!

A construir álbuns!

Finalmente ontem fui mandar imprimir as fotografias do meu filhote. Ainda nem uma tinha! Mas agora já estou mais contente pois já pude começar a montar o álbum do piqueno! Mas ainda me faltam imensas!

Bem, e para quem anda nestas andanças: os preços numa loja fotográfica especializada são bem mais baixos - menos de metade!!! - do que numa loja de impressões e cópias de uma grande superfície comercial. Mas como é que eu caí nesta? Perde-se no preço e na qualidade e, ainda por cima, as fotos vêm em folhas A4 e temos de ser nós a cortar! Já não me enganam mais!
A qualidade das segundas são bem melhores e vou lá voltar para imprimir as próximas fotografias, até pela simpatia das pessoas que me atenderam e da rapidez.

domingo, 21 de novembro de 2010

Marcas de nascimento - parte 2

Alterações da pele:

Existem diversas alterações que podem surgir na pele do bebé, a maioria delas sem grande importância. Estas marcas de nascimento classificam-se em dois grupos:

- o primeiro é constituido pelas chamadas "manchas azuis", onde se inclui por exemplo a mancha mongólica;
- "o segundo grupo é o das manchas vermelhas, conhecidas também como hemangiomas e que são devidas à acumulação de vasos capilares situados sob a pele." São de facto manchas vasculares e por isso acentuam-se "quando a criança tem febre, chora ou está calor."(1)

Milia:

"Pequenos pontos esbranquiçados ou amarelados, com cerca de um milímetro, nas bochechas, nariz e à volta dos lábios." Surge em cerca de "40% dos bebés e desaparece sem ser necessário recorrer a qualquer tratamento."(2)

Eritema tóxico:

"O eritema tóxico ou eritema neonatorum é uma erupção papular rósea com vesículas espalhadas pelo tórax, costas, nádegas e abdómen."(3) São "pequenas manchas avermelhadas, muitas com um ponto esbranquiçado no meio."(2)

Mancha Mongólica:

"Mancha azulada ou acinzentada com cerca de 2 a 10 cms de diâmetro que aparece no fim das costas ou das nádegas." Desaparece ao fim de alguns meses.

Manchas e sinais:

Se forem pequenas manchas cor-de-rosa ou salmão, "mais frequentes na base do nariz, pálpebras, pescoço e na parte de trás da cabeça" acabam por se atenuar "durante o crescimento da criança" embora se possam voltar a manifestar em situações pontuais; por outro lado, os sinais são mais escuros e não desaparecem com a idade. (2)
"A não ser que mudem de cor ou de tamanho, são inofensivos."(1)

Fosseta sacrococcígena:

Surge em alguns bebés, "no fim da coluna vertebral". É importante verificar "que não apresenta nenhum orifício."(2)

Mancha de Oporto ou Vinho-do-porto:

É um "hemangioma plano, que costuma localizar-se no rosto e ter uma cor rosa ou púrpura forte e um tamanho variável."(1)
"Com o passar do tempo a mancha pode se avolumar (massa de tecido mais volumosa) tornando-se protuberante, nodosa e com a aparência de uma uva. A hipertrofia significativa pode provocar a distorção das características faciais."(4)

"A presença destas manchas pode provocar problemas emocionais e sociais na pessoa afetada, por causa de sua aparência cosmética. As manchas Vinho-do-Porto que comprometem as pálpebras superiores e inferiores (distribuição trigêmea) podem estar associadas ao desenvolvimento de glaucoma."(4)



Bibliografia:

(1)-CASTELO, Sílvia, "Manchas na pele, saem ou não?", Babies, Janeiro de 2004;
(2)-OOM, Paulo, "Porque é que nascemos com marcas?", Pais e Filhos, Abril de 2005;
(3)-http://pt.wikipedia.org/wiki/Eritema_t%C3%B3xico
(4)-http://adam.sertaoggi.com.br/encyclopedia/ency/article/001475.htm

sábado, 20 de novembro de 2010

Com 10 semanas...

Agora sim... isto está a ficar actualizado!
Ora bem, hoje temos aqui um bebé que já tem 10 semanas e a caminhar para as onze... por isso ele é:

...um excelente ouvinte. Reconhece a sua voz e demonstra-lhe o seu agrado sorrindo quando fala com ele.
Verdadinha! A coisa mais bela é o sorriso do meu filho. Converso imenso com ele. E rio-me quando ele sorri para mim - assim tipo dois tontos sabem?
Poderá notar que o seu bebé parece parar quando ouve um novo som — e só depois de perceber de onde vem é que começa a mexer novamente as pernas e os braços.
Agora, o seu bebé utiliza entusiasticamente todos os cinco sentidos para conhecer o mundo. De facto, pode notar como ele se esforça para assimilar todas as novas informações a que está exposto todos os dias. Se alguma coisa capta a sua atenção, veja como ele olha fixo. Está a assimilar todas as novidades.
Agora, o seu bebé fica fascinado com imensas coisas: as cores contrastantes de um novo brinquedo, o movimento de uma ventoinha de tecto ou das folhas das árvores, o som da água a correr e o entrechocar de tachos e panelas no lava-loiças.

Cada bebé é diferente...
Isto das semanas? Não levem a sério!
É que às vezes, também me apetece divagar... e comparar o que o meu bebé já faz com algumas destas afirmações, desperta-me para algumas acções que posso ir fazendo com ele e que às vezes, me esqueço. Serve como base para eu o estimular através de jogos e brincadeiras... Mas nada para levar a sério no que respeita às datas. Porque todos os bebés são diferentes, mamãs!

Dois meses e ...

... duas semanas!
Ou melhor, às 9 semanas de vida:

Na realidade, noto muitas diferenças no meu bebé... pelo menos eu como estou em casa com ele, vejo as suas pequenas conquistas dia a dia. Tem os seus gostos: a posição em que dorme - sempre de costas para nós e com a cabeça virada para a parede; a forma como acorda; a maneira como chama por nós pedindo atenção - a posição das mãos, o som do choro... o beicinho que faz...

Agora já consegue levantar a cabeça, peito e ombros do chão, quando está deitado de barriga para baixo. O seu super-bebé sentir-se-á orgulhoso e feliz por “voar” desta forma. Se for particularmente forte, poderá mesmo erguer o tronco utilizando os braços, quando está de barriga para baixo.
Ajude o seu bebé a exercitar esta capacidade segurando um brinquedo à frente dele e brincando com ele quando está deitado de barriga para baixo. Embora não consiga agarrar no brinquedo ou avançar para o agarrar, o bebé quererá erguer-se para olhar para o brinquedo. O seu bebé não conseguirá efectivamente gatinhar antes dos 6 meses, pelo menos, mas estes movimentos pré-gatinhar são a sua forma de desenvolver os músculos para que cresça mais forte. Antes de gatinhar, conseguirá rolar e mexer os pés. Não se esqueça que é importante o seu bebé ter a possibilidade de estar deitado de barriga para baixo.
Já o tenho colocado de barriga para baixo, mas poucos segundos na verdade. Ainda não experimentei isso do brinquedo enquanto está de barriga para baixo. Vou tentar...
Retire-o do berço, ou do porta-bebé para que tenha alguns momentos regulares de “brincadeira” quando está acordado e bem-disposto.
Já o ponho muitas vezes fora da caminha. Está numa espécie de tapete que eu e o pai fizémos para ele e onde costumamos brincar com ele durante o dia. Já se queixava quando o deixávamos no carro ou no ovo e assim tem mais espaço para se movimentar e podemos pôr vários brinquedos à sua volta sem estarem muito "em cima" dele. Além disso, fica com a coluna mais direita do que no porta-bebés...



Actividade da Semana:
As rocas e os brinquedos de borracha que chiam são música para os ouvidos do seu bebé.

Sobre o bebé - aos dois meses....

Ou melhor... 8 semanas de vida!

Actualizando mais um bocadinho sobre um bebé com dois meses e ... qualquer coisinha!
Agora que chegou aos 2 meses, o seu bebé é, cada vez mais, uma companhia agradável quando está bem-disposto.
Os seus reflexos de recém-nascido já não controlam os seus movimentos: o bebé está a aprender a controlar o seu corpo e mente. Está atento a novos e diferentes sons. Olha em redor do quarto à procura de pontos de interesse. Centra-se intensamente – embora por pouco tempo – naquilo que capta a sua atenção. Mas principalmente, adora olhar para as suas próprias mãozitas, juntando-as e levando-as à boca.
Os balbucios são a sua forma de expressar prazer, para além de servirem para exercitar as cordas vocais. Agora já pode “conversar” com o seu bebé. Quando ele balbucia, responda-lhe com breves palavras ou balbucie para ele. Depois, espere que ele “responda”. Este tipo de conversação alternada poderá não lhe parecer grande coisa mas é, na verdade, o princípio da aprendizagem da fala!


Actividade da Semana:
O seu bebé irá divertir-se imenso a agarrar e abanar objectos pendurados ao seu alcance.


In.: http://familia.sapo.pt/johnson/dos_0_aos_6_meses/etapas_de_desenvolvimento/829866.html/


Claro que concordo plenamente. O meu bebé é um sabichão nestas coisas de querer chegar a tudo o que vê!
Preferências: puxar o cabelo da mãe! E o pai incentiva: "Boa filho! Assim é que é!"
Estou tramada...
Começou a querer palrar à algum tempo, ou pelo menos vai tentando vários sons e formas de se expressar para comunicar connosco. E eu tenho grandes conversas com ele! Às vezes, obedece e dorme a noite toda como eu lhe peço! Não é um bebé lindo e esperto?

Marcas de nascimento - parte 1

Numa das aulas de preparação para o parto - que agora parecem tão distantes - a enfermeira alertou-nos para algumas das marcas com que o nosso bebé pode nascer. Falou-nos da coloração amarelada da pele em casos de icterícia e como se processaria no Hospital os primeiros tratamentos. Falou-nos também de outras marcas que podem demorar mais tempo a desaparecer.

Milia, mancha mongólica ou até deformações que podem ser causadas pelo trabalho de parto ou outros factores, são receios que afligem as mães, mas mais do que nomes complicados convém ver do que se trata cada uma delas. Fracturas da clavívula ou estrabismo assustam qualquer um, mas são recuperáveis.

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

Dois meses e qualquer coisa...

Hoje resolvi actualizar conquistas e descobertas do meu bebé aqui no blogue, agora que já temos dois meses e qualquer coisita para falar.
Ora bem, hoje são mesmo 10 semanas e 4 dias.

Com 7 semanas...

A capacidade do recém-nascido de agarrar os objectos por reflexo está a desaparecer. O seu bebé consegue agora agarrar objectos voluntariamente — rocas, colheres, a mãe. Pode agarrar durante algum tempo e depois largar. Durante um mês, mais ou menos, poderá ainda notar alguns movimentos mais sacudidos.
Agora que já consegue manter a cabeça direita, ver bem e compreender que os dedos e as mãos fazem parte do corpo, o bebé pode pensar que a roca é apenas um prolongamento da mão. Pode incentivar os movimentos das mãos deixando as mãos do bebé livres. Não as mantenha presas pelos cobertores nem as esconda com luvas para evitar que o bebé se arranhe. Utilize objectos e brinquedos que o bebé possa agarrar, com várias formas mas que não sejam nem muito grandes, nem muito pequenos para as suas pequenas mãos (mais ou menos o tamanho de uma roca). Os mobiles com bonecos suspensos são também divertidos para o bebé brincar enquanto está deitado de costas.


Ele detesta ter as mãos tapadas e por isso estão sempre geladas. Com o pai, fiz-lhe um género de tapete de actividades adaptado às suas necessidades - quentinho, com almofadas de várias formas e cores e com alguns brinquedos de texturas, formas, sons e cores diferentes - de forma a estimular as capacidades que agora está a desenvolver.

Aos poucos começou a esticar os braços para os objectos próximos de si e agora já os consegue agarrar. Puxa-os para si - umas vezes ficam demasiado perto da cara e choraminga para o irmos ajudar - e também os empurra - ao tentar agarrar acaba por empurrar um pouco o brinquedo para fora do alcance da mão e chora enquanto se estica; está a descobrir como usar as suas mãos. Chucha na mão e agonia-se quando lhe damos a chucha. Já tenta levar à boca o que alcança, mas ainda tem dificuldade em coordenar os movimentos necessários a essa acção.

O meu bebé adora o seu mobil. Como mãe, percebo que quando o seu olhar se dirige para o canto do quarto onde está a sua cama com o mobil e ele ri, me está a pedir à sua maneira para o pôr a tocar. Ele adora-o e, por vezes, adormece com o ritmo calmo da música de embalar.

Já dorme - quase - todas as noites, a noite toda. Adormece por volta das onze da noite - depois de um banhinho e de mamar - e normalmente acorda por volta das 6h ou 7h da manhã. Belas noites que eu tenho dormido! Durante o dia passa grandes períodos desperto, principalmente se ficarmos em casa. No carro ou na rua, embala e dorme mais horas, aguentando mais entre as mamadas.

Já experimentou o biberão, mas com leite da mamã é claro. Estamos a adaptá-lo para quando eu for trabalhar não ser uma mudança muito significativa para ele. Em princípio vai ficar com uma ama, que eu e o pai já fomos conhecer. Bem simpática! Eu confesso que ainda me estou a habituar à ideia. Falta cerca de mês e meio para voltar ao trabalho.

Na consulta dos 2 meses (no dia 10/Novembro) o bebé pesava 4660 gramas, tinha 55,5 cm de estatura e 38,5cm de perímetro cefálico.

E é assim que vamos por cá! Bem dispostos e cheios de energia! Com muitos mimos e carinho!

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

A coisa mais bela do mundo...

... é o sorriso doce do meu filho ao acordar depois de uma noite inteira a dormir...
... é ele a puxar com as suas mãozinhas o seu brinquedo para si e a fazer beicinho quando este fico juntinho à sua cara! "Tão perto não! Ajuda-me mamã!"
... são os seus olhos a fitar-me o rosto enquanto mama e a responder-me com um sorriso quando falo com ele - e o leite entretanto a escorrer pelos cantos da boca!
... é acabar de escolher uma roupa linda, vesti-lo e minutos depois estar suja e voltar tudo ao início - e a corda a encher só e só de roupa dele!

Existe alguma coisa melhor do que vê-los crescer e descobrir o mundo à sua volta?

terça-feira, 16 de novembro de 2010

O método Cangurú

Baseia-se no conceito pele com pele. É utilizado no Reino Unido, na Suécia e em Espanha, no acompanhamento de bebés prematuros, mas começou na década de 70 na Colômbia, devido à "massificação dos hospitais com uma elevada taxa de natalidade", o que "obrigava a que os bebés prematuros tivessem de dividir a encubadora, o que aumentava consideravelmente o risco de contrair infecções."(1)

A solução encontrada era enviar os bebés prematuros para casa com as mães, criando-se uma espécie de faixa "que permitia o contacto pele com pele, entre o bebé e a mãe" o que conduziu à diminuição da mortalidade dos prematuros. "Além disso, o crescimento e o amadurecimento do recém-nascido era mais rápido e a taxa de infecções era menor."(1)

segunda-feira, 15 de novembro de 2010

Corrente de sorrisos

Aqui deixo o meu elo, desta corrente!

Corrente de Sorrisos - Projecto de Solidariedade Pioneiro em Portugal:



Um simples brinquedo, para uma criança que está internada num Hospital, pode ser a porta de entrada de mundo imaginário e alegre, que a vai fazer esquecer, nem que seja por um momento, todo o sofrimento e dor pela qual passa.


Convido-vos a visitar este blog - http://correntedesorrisos.blogspot.com/ - tal como eu já fiz, seguindo o convite da Sónia (cocó na fralda).
Trata-se de dar a crianças que estão internadas um motivo para sorrir. É que quem já teve filhos internados sabe que um sorriso nas suas caras é uma alegria imensa para qualquer pai ou mãe.

Nas nossas barbas...

Ama nega abusos sexuais



O caso da menina que, segundo a mãe, terá sido vítima de abusos sexuais pelo filho de uma ama, na Torre da Marinha, Seixal, já foi entregue ao Ministério Público para investigação. A PSP do Seixal já identificou o alegado agressor, um homem de 34 anos, e ouviu a ama, Maria Luísa Carvalho. Contactada pelo CM, ‘tia Luísa’, como é conhecida na zona, nega as acusações, garantindo que nenhum dos dois foi contactado pela polícia. A mãe da menina de nove anos, Tânia, nome fictício, reitera as acusações. (1)

Passa-se aqui tão pertinho. Nas barbas da PSP, que já tem conhecimento. Mas até que haja provas destas afirmações... a dita "Creche" continua a funcionar.
De Creche não tem nada. Creche acolhe crianças até aos 3 anos - aqui fala-se de uma criança de nove. Que faz numa creche?
Porventura, será uma mulher que na sua casa toma conta de crianças, sem alvarás ou licenciamentos, sem tão pouco respeitar as normas mais básicas. Pelo menos, que respeitasse o número de crianças de que poderia tomar conta. Mas parece que o caso é bem mais grave do que isso. Passará por um caso de abuso sexual que a ser verdade, é mais um caso grave no nosso país que parece estar a ficar impune.

sábado, 13 de novembro de 2010

Análise ao sangue pode substituir amniocentese

A amniocentese:

Uma das principais funções da Amniocentese é detectar malformações genéticas durante a gravidez - tais como síndrome de Down. Mas este é um método invasivo, que poderá brevemente ser substituído por outras formas de detecção.
"Uma análise ao sangue, rápida, segura e não invasiva, pode ser a alternativa ideal à amniocentese, para detectar malformações no feto. É sabido que a amniocentese acarreta vários riscos, incluindo para o bebé. Por isso, a comunidade científica deposita grandes esperanças nesta alternativa. O Departamento de Saúde do Reino Unido investiu quase 2,4 milhões de euros para investigar a nova tecnologia.

A amniocentese exige a retirada de líquido amniótico, o que provoca aborto em um por cento dos casos. A técnica agora anunciada consiste apenas na recolha de sangue da mãe, que contém pequenos fragmentos de ADN do bebé. A imprensa britânica lembra que, desta forma, se podem salvar vidas de centenas de bebés.
De acordo com o «The Guardian», os investigadores estão tão optimistas em relação a esta nova técnica que contam tê-la disponível nos serviços de saúde dentro de três ou cinco anos.
O Reino Unido não é o único país a investir na investigação desta nova técnica. Também os Estados Unidos, a França, a China e a Espanha estão a fazer ensaios já bastante avançados com este tipo de técnica."(1)
Bibliografia:

(1)-http://www.tvi24.iol.pt/tecnologia/gravidez-amniocentese-analise-malformacoes-tvi24-ciencia/1081242-4069.html

sexta-feira, 12 de novembro de 2010

Mãe sente, bebé reage

Como é que as nossas acções e as emoções que sentimos, são sentidas pelo bebé que aí vem?

"Desde o momento da fixação do futuro embrião às paredes do útero, até ao final da gravidez, muita coisa pode acontecer."(1) Existe um conceito chamado Inteligência fetal, uma identidade própria a cada feto c e uma relação especial entre mãe e filho que começa antes do nascimento.

À medida que evolui, o feto vai adquirindo conhecimento potencial, ou seja, um conjunto de representações (pré-concepções) que, desde sempre, são inconscientes e determinam reacções e comportamentos, bem como uma intuição inata a que podemos chamar inteligência fetal."(1) Esta inteligência começa a criar-se através das próprias acções do feto ainda dentro da barriga materna, quando começa a conhecer o seu corpo e quando começa, mais tarde, a receber sensações do mundo exterior. Está de facto, intimamente ligada à relação que mãe e bebé vão criando desde cedo. A sua voz mais calma ou mais irritada origina reacções diferentes no bebé.

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

Maus tratos infantis nas Famílias

Infelizmente este é um tema sempre actual.
Todos os dias há casos que escoam para a comunicação social. Digo escoa porque muitos não saem do silêncio de quatro paredes. Os maus tratos infantis que aqui abordo são de diversos tipos, desde os verbais aos sexuais, passando pelas agressões físicas e psicológicas, estas últimas transversais a todos os outros.

Segundo um estudo de uma Universidade da Flórida, "humilhar, envergonhar ou ameaçar pode ter tantos efeitos negativos numa criança quanto bater ou abusar sexualmente."(1) Bem eu por aí não sei. Acho que são coisas diferentes, cada uma delas graves, mas com graus de gravidade que não podem ser comparados de ânimo leve. "Os especialistas alertam para o facto de a baixa auto-estima na infância causada pelos maus tratos verbais se prolongar até à idade adulta."(1) Tal como acontece com os outros tipos de maus-tratos, mas volto a referir que mesmo que deixem marcas graves, não serão comparáveis aos abusos sexuais. Comportam ambos uma coisa em comum: o desrespeito pela criança e pela condição humana.

Os maus-tratos infligidos ba infância podem, segundo um estudo canadiano publicado na Nature Neuroscience, alterara alguns genes "deixando a vítima mais vulnerável a doenças mentais e ao suicídio."(2)

Ainda no campo do "infelizmente", as estatísticas dão-nos conta de que "cerca de 18% dos menores sofrem algum tipo de abuso sexual."(3) Estes dados têm já cerca de 8 anos, mas estarão ainda actuais ou até serão peocupantemente piores. No que respeita ao flagelo dos abusos sexuais, "tudo indica que, na sua maioria, os agressores sexuais tÊm uma clara preferência por crianças do sexo feminino."(3)

E tal como faço referência no título do post, estes abusos decorrem muitas vezes no seio familiar. Vários casos podem ser descritos como sendo um exemplo para as milhares de situações que ocorrem pelo país fora escondidas entre quatro paredes. "O anonimato protege uma mulher comum de 30 anos (...) Durante sete anos, entre os cinco e os doze, foi violada dentro de casa, quatro mudas paredes, pela pessoa que mais obrigação tinha de a proteger."(4) Não vou aqui copiar a história nem os pormenores que a tornam especial de entre tantas. tal como em tantos casos a agressão passava-se na presença de outras crianças, o que resulta num duplo abuso. "Na mesma cama, os irmãos dormiam sem, aparentemente, nada notarem. O silêncio, à semelhança da escuridão, encobria um abuso sexual que aniquilou a inocência e deixou marcas difíceis de apagar."(4) A verdade é que não era a única vítima naquela casa. A irmã, um ano mais nova, também tinha sofrido no corpo por pelo menos duas vezes a mesma situação.

Poucos são os casos que chegam às barras dos tribunais, apenas se vê a ponta do iceberg. As crianças abusadas são muitas vezes convencidas de que é errado falar. "O agressor encarrega-se de fazer acreditar que o que está acontecendo é normal e que acontece a todas as crianças. Por outro lado, as ameaças e as chantagens a que são submetidas costumam dar lugar à chamada síndroma de acomodação ao abuso que consiste em a criança acomodar-se a uma situação da qual não consegue escapar."(3)

Não devemos esquecer que a denúncia é o primeiro e mais eficiente meio de ajudar a criança. Ajudá-la a verbalizar o que se passa, embora seja por vezes uma tarefa bem complicada. "Muitas vezes, as crianças não falam porque receberam a ordem de não contar nada, mas se alguém lhes dá licença para o fazer, sentem-se aliviadas e falam."(3)

"É mais fáci, mesmo assim, falar com pessoas de fora do que com as de dentro porque isto são segredos familiares que os envolvidos não querem ver revelados", diz a pedopsiquiatra Ana Vasconcelos.(4) Segundo a psicóloga Francisca Rebocho, existe no interior do país "uma subcultura que aceita que os pais iniciem sexualmente as filhas."(4) Uma desculpa para um acto de barbaridade e de completo desrespeito pelas filhas das quais deviam ser responsáveis por amar e não "um direito do pai" que as trata como objecto sexual.


Bibliografia:

(1)-"Maus tratos verbais iguais a maus tratos físicos", Pais e Filhos, Agosto de 2006;
(2)-"Comportamento", Revista Domingo, 1 de Março de 2009;
(3)-"De olhos bem abertos", Superbebés, Dezembro de 2002;
(4)-SILVA, Marta Martins, "Infância enganada pelo pai", Revista Domingo, 20 de Setembro de 2009;

terça-feira, 9 de novembro de 2010

Amniocentese

Algumas mulheres têm de passar por ela durante a gravidez, mas de que se trata afinal este procedimento e para que serve?

É um exame cujo objectivo é o de recolher "uma amostra de líquido amniótico" a fim de se poder analisar o carótico, ou seja, os cromossomas "do feto e detectar eventuais anomalias, tais como as trissomias."

Realiza-se habitualmente após a 14ª semana, "sob controlo ecográfico e consiste numa punção que vai da pele da barriga à cavidade uterina." É aconselhado a grávidas a partir dos 35 anos, "bem como se forem detectadas anomalias na ecografia e/ou se os resultados dos exames sanguíneos deixarem antever anomalias."(1)

"A amniocentese implica alguns pequenos riscos para a mulher e para o feto. Entre 1 % e 2 % das mulheres verificam-se perdas vaginais de sangue ou de líquido amniótico transitórias. Depois de fazer uma amniocentese, calculou-se que o risco de aborto espontâneo é de 1 entre 200, embora alguns estudos apontem para um risco menor. Em casos muito raros, a introdução da agulha lesa o feto. Habitualmente, a amniocentese pode ser feita mesmo que a mulher esteja grávida de gémeos ou até de mais fetos."(2)




Bibliografia:

(1)-PÁSCOA, Elsa, "Afinal o que é isto mesmo?", Pais e Filhos, Setembro de 2009;
(2)-http://www.manualmerck.net/?id=268&cn=1759

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Humanizar o parto

"Do ponto de vista psicológico, o parto é um momento marcante de rompimento e de renovação."(1)

Quem passa por um parto poderá dizer o que para si seria a humanização do mesmo. Penso que só depois desta experiência se poderá declarar que isto ou aquilo seria ideal. O que para mim seria a humanização não seria talvez para si que lê esta postagem. Eu queria muito, muito mesmo, que o M. ao nascer lá tivesse o pai para o segurar. Para lhe dar, junto comigo o primeiro colo. Para que, tal como eu fiz, pudesse ver os seus olhos ávidos de vida e de contacto humano. Para mim, seria essa a humanização do meu parto, do meu momento: Transformar o meu parto num momento a três, embora num hospital público e com médicos, enfermeiras e instrumentalização, mas no fundo ser um momento traduzido na magia da criação de uma família nova.

Mas o parto humanizado não se trata apenas do parto ideal. Ricardo Jones, médico, deixa-nos algumas afirmações sobre a humanização. Convido à reflexão.

"... é a restituição do protagonismo à mulher."
"... é a autonomia feminina na tomada de decisões. As mulheres (...) precisam de ter os seus filhos de forma mais digna e, acima de tudo, de acordo com os seus desejos, vontades e valores."
"... é entender a mulher como sendo essencialmente competente para lidar com questões do nascimento dos seus filhos."(2)

E eu acrescento: é deixar que a mulher possa escolher quem quer ao seu lado naquele momento. É dar-lhe privacidade - fechar a porta da sala de partos teria sido óptimo para mim. Mesmo sabendo que havia ali dentro mais gente além de mim, olhei várias vezes pela porta aberta e ver quem passava no corredor deixava-me ansiosa e desprotegida. Não sei explicar o porquê, mas aquela porta ali escancarada mexeu comigo.

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Será possível?

Estava a ver agora as notícias na televisão. Fiquei completamente de boca aberta. Mas isto é possível?
Parece que sim, mas não deveria acontecer. Não no século em que estamos, não numa sociedade informada, não com uma criança. E não em venham com a história que é pobre, ou que é culturalmente aceite na sua terra de origem! Isto é abuso de uma criança, de uma menina cujo corpo não está preparado para uma gravidez! Ainda nem passou pelas alterações fisiológicas da adolescência! Mas onde é que isto pode ser aceite?

Não devia ter acontecido, mas se aconteceu deveria ser possível - e até obrigatório - que ela abortasse! Não me cabe na cabeça que a opção de ter a criança seja a melhor. Mas pelo que parece, com o consentimento dos pais, esta menina tinha já a sua infância estragada à muito. Se é que alguma vez teve oportunidade de brincar e de ser criança.

Menina com 10 anos deu à luz bebé com 2,9 quilos

2010-11-02

Uma menina de 10 anos, de origem romena, deu à luz, há uma semana, no hospital de Jerez (Cádiz), estando mãe e bebé de perfeita saúde. Serviços sociais analisam se a família poderá cuidar da menina e do bebé.
O pai, que também é menor de idade, só soube que tinha tido um filho quando foi contactado pelo hospital de Jerez. Segundo o "Diário de Jerez", a menina vivia com o noivo antes de se mudar para Espanha com a família.
Micaela Navarro, a conselheira para a Igualdade e o Bem-Estar Social da Junta da Andaluzia, que se mostrou bastante surpreendidas por este acontecimento "sem precedentes" na Andaluzia, informou ainda que a instituição que tutela está a analisar o caso e irá decidir se o bebé, que nasceu com 2,9 quilos, irá permanecer com a família.
A menina pediu a previamente a tutela, pelo que, em princípio, o bebé ficará com ela.
Caso os serviços sociais concluam que os pais não estão em condições de cuidar da menina e do bebé, "tentará reforçar a protecção e verificar se outros familiares, como avós ou tios, podem assumir essa responsabilidade", explicou Micaela Navarro.
O parto desta menina de 10 anos surpreendeu os médicos que a assistiram, uma vez que tanto ela como a mãe permaneceram tranquilas e não manifestaram qualquer sinal de nervosismo.
A agora avó mostrou-se feliz pelo nascimento do neto, explicando que, no seu país, é habitual as meninas serem mães muito cedo.


De acordo com o Diário de Jerez, apesar da idade, a menina teve um parto natural.
O mesmo jornal adianta ainda que mãe e filho receberam alta no último fim-de-semana.
Na Andaluzia, 48 raparigas menores de 15 anos deram à luz em 2008, último ano com registos por parte do Instituto Nacional de Estatísticas espanhol.
De acordo com os mesmos registos, consultados pela agência de notícias Efe, nesse mesmo ano, 4585 jovens menores de 18 anos deram à luz.

http://jn.sapo.pt/PaginaInicial/Mundo/Interior.aspx?content_id=1701228
 
Será que vai acontecer alguma coisa aos pais desta criança de 10 anos? E vão lhe dar a guarda da criança? Como? Tiram filhos a pais adultos por questões bem menores e agora dão um bebé a outra criança?

quarta-feira, 3 de novembro de 2010

Regurgitações

Ou o chamado "bolsar". Consiste "na emissão repentina de um pouco de leite e ar ingerido durante a toma."

Mas porque é que isto acontece?

"Quando a toma é abundante e o bebé fica com o estômago - que é pequeno - cheio, expulsa um pouco de leite pela boca, dado que inicialmente a transição entre o estômago e o esófago é um pouco imatura." Chama-se a isto "laxa". Não é nada de preocupante a não ser que se torne demasiado frequente ou que seja em grande quantidade. Acontece tanto a bebés amamentados, como a bebés alimentados a biberão e vai desaparecendo gradualmente com o tempo.

Alguns conselhos úteis:
- não mover muito um bebé depois da toma: o movimento em excesso pode fazer com que o bebé vomite o leite que acabou de ingerir;
- endireitar o bebé e colocar-lhe a cabeça apoiada no seu ombro para facilitar o arroto: evita os soluços e se o bebé bolsar entretanto facilita a expulsão dessa quantidade de leite;
- não deitar logo o bebé após a refeição: esperar alguns minutos antes de o deitar facilita a digestão do leite e diminui as hipóteses que acorde indisposto e irrequieto por uma má digestão.

Bibliografia:

"Soluços, vómitos e regurgitações", Bebé Saúde, Fevereiro de 2004;

domingo, 31 de outubro de 2010

Tema da semana

S. Martinho:

No calendário litúrgico, o dia de S. Martinho celebra-se a 11 de Novembro, data em que este Santo, falecido dois ou três dias antes em Candes, no ano de 397, foi a enterrar em Tours, França. Este é o mote para a exploração deste tema que pode ser tratado de imensas maneiras... basta imaginação!

Actividades:

- trazer o tema "à baila" no tempo de grande grupo, levando ouriços para a sala;
- pesquisar com as crianças este tema em livros ou na Internet - fazendo uma pré-selecção de conteúdos interessantes, levando imagens, vídeos, canções alusivas ao tema;
- construir uma peça de teatro em redor do tema "Eu sou um castanheiro", deixando as crianças, a partir de algumas dicas do adulto criarem as próprias personagens e registar os textos que daí surgirem;
. construir um livro com as histórias que as crianças criarem a partir da actividade da peça, ilustrado totalmente pelas crianças;

Sites interessantes:

http://www.malhatlantica.pt/netescola/omouro31/Smartinho.htm
http://smartinho.blogspot.com/
http://educacaodeinfancia.com/lenda-de-s-martinho/
http://proverbios.aborla.net/pesquisa/s.%20martinho


sábado, 30 de outubro de 2010

Soluços

Termina a mamada, arrota e fica todo satisfeito. Umas vezes desperto, outras mais sonolento. Tudo bem, excepto os soluços. Aparecem do nada, ele começa a ficar irritado e chora. Acalma quando o volto a colocar no peito. Falei deste problema nas consultas e reponderam-me que é "mesmo assim" e para não dar peito porque ele não tem fome e isso só vai provocar gases e cólicas. E o problema continua.

Agora descobri um artigo numa revista sobre este tema. É um problema fisiológico que passa de forma espontânea.
"Os soluços são contracções bruscas e repentinas - por vezes ritmadas - do diafragma, um músculo que separa as cavidades torácica e abdominal. No caso dos lactentes, quando uma pequena quantidade de leite retorna ao esófago, irrita as terminações nervosas da mucosa, provocando a contracção do diafragma."(1)

E então, apresentam uma solução:

"A melhor forma de ultrapassar esta crise é limpando a zona irritada." Isto é fácil, bastará dar ao bebé um pouco de leite ou água que "ao ser ingerido, limpará as mucosas do esófago."(1)


Bibliografia:

(1)-"Soluços, vómitos e regurgitações", Bebé Saúde, Fevereiro de 2004;

sexta-feira, 29 de outubro de 2010

Contacto materno - primeira relação humana

"A primeira relação humana que o bebé aprende a estabelecer é com a mãe", sendo com ela "que desenvolve a primeira relação social e afectiva marcada por uma grande dose de dependência."(1)


A importância do contacto pele com pele precoce foi estudada por dois investigadores norte-americanos (Klaus e Kennell) nos anos 70. Os seus estudos revelaram "que os bebés colocados junto das mães, pele com pele, logo após o parto e que assim permanecem durante uma hora revelam, nos dois anos seguintes, uma ligação de maior qualidade com as mães. Outra constatação é o desenvolvimento linguístico dessas crianças que é, também, mais rápido do que o habitual."(2)

Após o parto, esta vinculação torna-se num acto de conhecimento mútuo, "e que termina num gesto físico de adopção daquele filho como seu."(2)

Este gesto foi depois desenvolvido como método de estimulação de bebés prematuros acreditando-se que o contacto pele com pele beneficiava o seu crescimento e desenvolvimento em diversas áreas - método cangurú. Por outro lado, a relação entre mãe e bebé é a base das relações humanas que o bebé vai desenvolver ao longo da vida. A segurança que esta primeira relação lhe transmite facilita posteriormente a sua confiança, a comunicação, o pensamento e a própria aprendizagem ao longo da vida.

quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Vamos ajudar?

"O objectivo da Ajuda de Berço é procurar responder com eficácia, segurança e afectividade à situação de desamparo em que se pode encontrar uma criança. Enquanto o fazemos damos abrigo, colo e todos os cuidados necessários aos pequeninos que nos são confiados.

Tudo na Ajuda de Berço se orienta de acordo com este fim: que a criança encontre um projecto de vida definido no qual seja respeitada a sua dignidade, a dignidade humana."


Esta IPSS conta com duas casas de acolhimento. Ultimamente têm vindo a pedir uma ajuda "extra" em alguns programas de televisão - hoje, no "Você na TV", na TVI - porque estão em risco de ter de encerrar uma das casas onde acolhem bebés e crianças pequenas. A crise infelizmente chega a todos, inclusivé aqueles que tentam ajudar.
 
Esta é uma das formas de ajudar:
 
http://www.projectovaquinha.com/abcdavaquinha/
- comprando uma colecção de livros infantis - 3€ por livro - total: 18 €

Ligando para um destes números:

760 100 410 - contribui com 0,60 €
761 100 410 - contribui com 1 €
762 100 410 - contribui com 2 €
Eu comecei por tentar conhecer um pouco melhor esta instituição. A contribuição de cada um é pessoal, mas divulgar é a primeira parte. Eu já comecei por fazer um bocadinho dessa pequena parte.

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Tema da Semana

Halloween.

Jardim-de-Infância:
Uma bruxa vem visitar a sala dos meninos e traz histórias de encantar com fadas e bruxas:
- oposição bem e mal;
- trabalhar a biblioteca da sala;
- ordenar os livros por assuntos;
- construir bruxas a partir de materiais de desperdício;
- recriar uma história com fantoches feitos pelas crianças e apresentar noutra sala a outros meninos.

Cores do halloween - preto e laranja, fazer uma actividade com essas duas cores. Explorar como se conseguem essas cores.

A Abóbora:
- levar uma abóbora para a sala;
- visitar uma quinta pedagógica - observar a abóbora na terra, explorar texturas, cheiros, sabores...
- fazer doce de abóbora com as crianças;


Creche:

Trabalhar com os mais pequeninos:

Com os mais pequeninos penso que explorar um tema semanal, pode parecer mais difícil, mas é possível de se fazer na medida em que se podem explorar diversos aspectos. Por exemplo, a educadora pode trazer uma abóbora para a sala e deixar as crianças explorá-la de diversas formas:

- deixá-los mexer, tocar, cheirar, provar... as crianças pequenas aprendem através de todos os seus sentidos, nunca esquecer disto!
- aproveitar a oportunidade para fazer mais uma actividade de digitinta, usando a cor laranja e expor na sala todos os trabalhos das crianças!
- fazer alguns bonecos recortados em cartolina preta e laranja e oferecer às crianças - elas também podem receber prendinhas sem terem de participar na sua produção - silhuetas de bruxas, morcegos, abóboras...

Canções para todas as idades:

 - do "Avô Cantigas" - Fantasminha Brincalhão.

Hum... lembrei-me agora: lençóis espalhados pela sala, fingir que somos fantasmas, dançar com lençóis... trabalhar a motricidade global, os jogos em equipa, o faz-de-conta...

domingo, 24 de outubro de 2010

Canção do Pintinho

Crescimento do Bebé

Para começar este post, aqui fica um excerto da Newsletter da Sapo sobre as seis semanas do bebé:
http://ardina.sapo.pt/verNewsletter.html?hr=fd621dac8749f2b47fff78f4bf25a0b6&hc=b6e3fc0d19a616941a8a2a7d1078d845
"Às 6 semanas, praticamente todos os bebés já reconhecem os pais e muitos mostram o seu contentamento com um sorriso de boas-vindas. Este "sorriso social" é um dos primeiros sinais de que o seu bebé está a desenvolver a capacidade de socializar. Já para não falar que é um dos momentos mais ternurentos e emocionantes a que assistirá.
E não é tudo. O seu bebé pode também franzir o sobrolho, fazer beicinho, alçar as sobrancelhas e arregalar os olhos. Estes maneirismos são inconscientes, nesta altura – quando franze o sobrolho, não será porque está embrenhado em profundos pensamentos. Mas o seu bebé tem observado com atenção o seu comportamento e está a experimentar as diferentes expressões faciais que observou. Pense nisto como um "treino expressional." Ao fazê-lo o bebé está a tornar-se cada vez mais apto a aprender a comunicar, o que o irá ajudar a lidar com o mundo."

A verdade é que amanhã o meu bebé completa sete semanas de vida. Esta semana, começamos duas novas etapas com ele. A primeira foi a alteração do banho. Antes colocavamos pouca água e o banho era algo rápido, só mesmo para limpar, mas como ele manifesta tanto agrado na água, na semana que terminou começamos a encher um pouco mais a banheira e a deixá-lo na água mais tempo. O bebé fica apoiado nas nossas mãos, mas com as mãos e os pés livres para poder espernear e mexer à vontade. Assim pode experimentar melhor a sensação da água no corpo e é uma forma de conhecer melhor o seu próprio corpo. Como está a chegar a altura em que vai ganhando algum controlo nos seus movimentos, optámos por esta pequenina, mas para ele, tão importante alteração na hora da banhoca.
A segunda instituimos ontem. Fizemos um tapete de actividades, na sala, para ele. Colocámos então cobertores e almofadas, com alguns brinquedos. E ele fica deitado no tapete e pode mexer o corpo consoante a sua vontade. O resultado:

- reparámos que dirige a mão mais próxima para os objectos para onde está a olhar; estica-se e tenta alcançá-los;
- sorri e faz outras expressões enquanto dirige o olhar para os brinquedos e objectos em redor;
- às vezes sorri para quem se deita ao seu lado - mãe, pai, mana... - outras vezes, choraminga porque quer atenção, dizer: "estou aqui";
- hoje conseguiu segurar na ponta de um dos bonecos e puxá-lo para si até ficar junto à sua cara;
- fica mais tempo "sozinho" sem reclamar.

E hoje, para completar estas mudanças, começamos com as canções. Ele já ouvia música, mas habitualmente era dos brinquedos - aquelas melodias calmas, ou sons diversos - mas hoje pus a tocar várias canções infantis tradicionais (viva o youtube - é uma vergonha, mas eu sou educadora e confesso que não tenho cd's infantis, tinha tudo no meu computador e nunca cheguei a passar para cd). Hoje ouvimos:

-"os patinhos" (hora de deitar), "a loja do mestre andré", "doidas, doidas, doidas" (andam as galinhas), "olha a bola manel" (tudo em português);
-"o pintinho", "a galinha amarelinha", "o sapo não lava o pé", "a baratinha" (versão brasileira);

Hoje também houve um almoço de família em que estiveram presentes mais dois bebés. O meu ficou pasmado a olhar para uma das bebés quando os pusémos frente a frente nos nossos colos. Esticou a mão enquanto fazia várias expressões com a cara. Estava a treinar a sua "conversa" - mas ela não lhe deu muito troco. É mais novinha, por isso é normal. Mas aqui o meu filho fartou-se de rir para toda a gente, ia ao colo de todos e estava sempre contente. É muito sociável!

Quanto ao excerto que aqui coloquei, o meu filho também faz beicinho. Muitas vezes até. Quando falo com ele, "responde-me" com várias expressões faciais. É capaz de passar todo o tempo da mamada na "conversa" comigo, eu a falar, muitas vezes a dizer parvoíces, e ele atento a olhar fixo para mim e, de vez em quando, ri. Quando o faz, larga a mama e depois abre muito a boca para a tentar apanhar. Com a ajuda aqui da mamã, consegue, e volta a rir... deixa a maminha sair outra vez! Ai ai e a culpa é de quem? Da mãe, que não consegue estar calada!

As experiências-chave em Creche

São conhecidas de quem aplica o modelo High Scope, ou Aprendizagem activa, em Jardim-de-Infância. Podem ser utilizadas na prática educativa de Creche. E existem formas de as aplicar e avaliar, tal como o fazemos no Jardim-de-Infância.

As Experiências-Chave:
As experiências-chave estão organizadas em 9 domínios abrangentes da aprendizagem de bebés e crianças pequenas, sendo uma estrutura de apoio ao desenvolvimento. Ainda que interligadas, este modelo apresenta estratégias de sustentação para cada uma:

Desenvolver o sentido de si próprio – as acções com objectos e interacções com os adultos têm como suporte experiências-chave como: expressar iniciativa, distinguir “eu dos outros, resolver problemas com que se depara ao explorar e brincar, fazer coisas por si próprio, que permitem à criança “desenvolver um sentido do self.” (1).

Aprender acerca das relações sociais – O envolvimento nas experiências-chave (estabelecer vinculação com a educadora responsável, estabelecer relações com outros adultos, criar relações com os pares, expressar emoções, mostrar empatia pelos sentimentos e necessidades dos outros, desenvolver jogo social), permitem à criança confiar nela própria e nos outros. Estas interacções sociais são importantes na medida em que as “relações precoces influenciam o modo como no futuro irão abordar as pessoas.” (1)

Aprender a reter coisas através da representação criativa – As experiências-chave permitem que a criança de tenra idade actue sobre os objectos através dos sentidos e do seu corpo, construindo a partir dessas experiências imagens mentais desses mesmos objectos. Assim, “o inicio da internalização, ou visualização mental, de qualquer coisa constitui a primeira experiência (...) com aquilo que se chama representação.” (1). Trata-se de aquisições importantes, pois a utilização de imagens mentais e a imitação, ou seja, o “conhecimento figurativo” da criança de idade pré-escolar “desenvolveu-se a partir de acções realizadas no período sensório-motor (do ano e meio aos dois).” (2)

Ganhar competências no movimento e na música – Experiências-chave tais como movimentar o corpo, partes dele ou objectos, proporcionam situações nas quais os bebés e crianças pequenas “(...)aprendem a medir a sua força física e os seus limites e exercitam padrões de movimentos(...).” (1)

Aprender competências de comunicação e linguagem – A linguagem do bebé inicia-se muito antes de saber falar, “comunicam os seus sentimentos e desejos através (...) de choro, movimentos, gestos e sons.” (1). Quando o adulto reage correctamente aos sinais ou gestos da criança, desenvolve a sua confiança, encorajando-a no seu desejo de comunicar, pois “não são precisas palavras para veicular e compreender segurança, aceitação, confirmação ou respeito.” (1). As experiências-chave: ouvir e responder, comunicar verbalmente e não verbalmente, participar na comunicação dar-e-receber, explorar livros de imagens, apreciar histórias, lengas-lengas ou cantigas, promovem oportunidades de comunicação para os bebés e crianças pequenas que “os integra na comunidade social e lhes permite participar nela como contribuintes.” (1).

Aprender sobre o mundo físico explorando objectos – o bebé e/ou a criança mais pequena apreende as características dos objectos explorando-os activamente, numa “intensa sede de experiência sensorial” (1) através das seguintes experiências-chave: explorar objectos com as mãos, pés, mãos, boca, olhos, ouvidos e nariz, descobrir a permanência do objecto, explorar e reparar como as coisas podem ser iguais ou diferentes.

Aprender os primeiros conceitos de quantidade e de número - Através de experiências-chave tais como explorar o número de coisas, experimentar “mais” e a correspondência de “um para um” os bebés e as crianças pequenas “começam a estabelecer as bases de compreensão da quantidade e do número” (1)a ter a percepção que os objectos existem, que se podem encaixar ou adaptar um ao outro. Mais tarde, “irá conduzir à compreensão da classificação, seriação, (...) conservação do número” (2)

Desenvolver a compreensão de espaço - “A consciência e o domínio do espaço levam muito tempo a desenvolver-se” (Idem, ibidem:293). Assim, experiências-chave como, explorar e reparar na localização dos objectos, observar pessoas e coisas de várias perspectivas, encher e esvazia, pôr dentro e tirar para fora, desmontar coisas e juntá-las de novo, permitem que a criança à medida que tem uma maior mobilidade e actividade, comece “ a expandir o seu sentido de espaço” (1).

Desenvolver a compreensão de tempo – “Para bebés e crianças, tempo significa agora, (...) o presente” (1). Assim, proporcionar ocasiões de aquisição de noções básicas baseadas nas experiências-chave (antecipar acontecimentos familiares, reparar no inicio e final de um intervalo de tempo, experimentar depressa e devagar e repetir uma acção para fazer com que volte a acontecer, experimentando causa e efeito) permite à criança construir, um sentido temporal dos acontecimentos.

Bibliografia:

(1) - POST, Jacalyn, HOHMANN, Mary (2004), Educação de bebés em infantários, Fundação Calouste Gulbenkian, 3ª Edição, Lisboa.
(2) - POST, Jacalyn, BERNARD, Banet, WEIKANT, David P.(1992), A criança em acção, Fundação Calouste Gulbenkian, 3ª Edição, Lisboa.

sábado, 23 de outubro de 2010

Viagem pelo trabalho de parto

"O nascimento de um bebé e de uma mãe é muito mais do que um assunto do corpo."(1)

Cada mãe terá a sua própria descrição deste momento. Não vou falar do meu parto, apenas colocar algumas afirmações acerca da forma como este decorre. Apenas aspectos técnicos que podem ser ponto de reflexão para as futuras mamãs.

Os sinais que antecipam o parto são vários e podem ser sentidos de forma diferente por cada mulher. Começam quando ocorre o apagamento do colo do útero - pré-parto. A occitocina é a hormona responsável pelo início das contracções, "muito irregulares e pouco perceptíveis: a cada meia hora, quinze minutos, uma hora depois..."(2)

A tranquilidade no início de todo o processo é importante para que o parto ocorra da melhor forma. "A Adrenalina, hormona que segregamos em momentos de stress, pode parar o trabalho de parto e isso é precisamente o que costuma acontecer, quando com um parto ainda numa fase muito inicial, chegamos a um hospital onde o lugar, o odor, as pessoas, são desconhecidas e nos falta intimidade."(2)

sexta-feira, 22 de outubro de 2010

Episiotomia

Este é um tema que eu já queria ter apresentado há algum tempo, mas o afastamento em relação ao meu parto também me ajudou a explorá-lo de uma forma diferente, com experiência pessoal nesta que é uma das práticas cirúrgicas mais usadas em Obstetrícia em Portugal, muito além da "meta traçada pela OMS para o número ideal de episiotomias em cada país - 10% dos partos vaginais."(1)

Consiste numa "incisão no períneo e na parede vaginal que tem por objectivo facilitar o parto e evitar uma ruptura." É um dos poucos procedimentos "realizados sem qualquer consentimento da mulher."(1)

Aqui começa a minha discórdia em relação a esta questão. O parto na sua parte física já é um acto de violência para a mulher cujo corpo sofre várias alterações que ocorrem de forma natural. Mas a episiotomia não é natural e nem sempre se justifica, embora seja preferível a deixar que o períneo rasgue por si. Se nos questionam e nos fazem assinar tantos documentos quando estamos a entrar no bloco de partos, porque não sermos consultadas acerca deste assunto? É uma violentação do nosso corpo, de uma área sensível e que tem uma recuperação difícil. Afecta a mulher tanto física como psicologicamente, podendo interferir também na recuperação da vida sexual do casal. Mas sem darmos conta, já está, já nos cortaram e agora resta esperar que nos cosam e que a recuperação ocorra da melhor forma.

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Amamentar - Diferença de ideias

Hoje estive a conversar com a minha irmã sobre a minha sobrinha e voltamos a perceber as diferenças que ainda há nas enfermeiras e médicas de um centro de saúde para outro. A ela ensinaram-na a dar apenas 10 minutos em cada mama. Não estranhei quando ela me disse que a menina tinha perdido peso - é normal visto amanhã ainda fazer apenas 1 semana - o que não concordo é com a opinião da médica que a mandou acordar a menina de duas em duas horas para mamar porque perdeu peso. Afinal, não é normal na primeira semana haver perda de peso? Não foi nada de relevante, cerca de 150 gramas mais ou menos pelo que parece. Qual é o stress?

Ora dando apenas 10 minutos de cada maminha, não chega a usufruir de todas as qualidades do leite da mamã. A menina bebe apenas o início do leitinho de cada uma das mamas.

Não desfazendo... a minha sobrinha é linda, linda, linda!

Dia de consulta

Ontem foi dia de consulta aqui do piqueno - só para pesar: 4090 gramas! Já está a ficar pesadinho! O tacho é bom! É o meu orgulho e estou muito contente por ter optado por o amamentar. Desta vez esperamos quase uma hora para entrar - o que não é habitual - e durante esse tempo, houve uma altura em que estavam três crianças a brincar na salinha. Coloquei-o ao colo para ele ver os meninos e não é que se fartou de rir? Começou por dirigir o olhar para onde estavam as outras crianças, depois começou com sorrisinhos e a seguir já se ria e fazia vocalizações - nova conquista, mas ainda só se ouvem de vez em quando... Foi giro vê-lo a interagir à sua maneira com as outras crianças. Eram mais velhas e passavam pertinho dele e sorriam e falavam com ele. O mais pequenino estava ainda na fase de aquisição da marcha e usava as cadeiras e as nossas pernas para se apoiar. Quando passou por mim, descobriu o meu bebé e começou a rir-se para ele. Assim comunicaram os dois, sem que fosse preciso falarem e sem a intervenção de nenhuma das mães.

E durante a espera assisti a uma cena, que só me apeteceu levantar e bater na mãe - ok, se calhar não era caso disso, mas fiquei espantada com tamanha estúpidez - estava uma mãe com um bebé que se tinha um mês era muito, a dar biberão. Até aqui nada estranho, não fosse a quantidade absurda de leite. A meio, o bebé afastou a tetina e bolçou imenso leite para fora. Ora a dita senhora, limpou a boca do menino e toca de lhe voltar a enfiar o biberão. Teve de beber todinho até ao fim, obrigado, ele afastava a tetina e ela voltava a pô-la na boca dele. Seria necessário que ele bebesse aquele leite todo? Deviam ser aí uns 150 ou 200 ml sem exagero nenhum.

terça-feira, 19 de outubro de 2010

Simbiose mãe-bebé - aprendendo a comunicar

"Do que já não parece haver dúvidas é que a relação entre a mãe e o filho, no decorrer da gravidez, revela uma importância enorme em termos de interferência no bem-estar da criança que vai nascer. Ou seja, as trocas emocionais entre ambos vão muito mais longe do que se pensava." (1)

Esta é a primeira etapa do relacionamento do bebé com o mundo que o rodeia. Depois de nascer, um olhar bastará para o bebé comunicar com a mãe e provocar nela um sorriso. "Como primeira relação humana", esta vinculação "tem uma importância fundamental no desenvolvimento somático, psicomotor, afectivo e social da criança."(2)


segunda-feira, 18 de outubro de 2010

Tema da Semana

Para trabalhar no tapete, ou na mesa redonda, numa sala de Jardim-de-infância.

Esta semana proponho que se trate o binómio pobreza/riqueza, enquadrado no Dia Internacional para a Erradicação da Pobreza, que se assinalou ontem (dia 17).

Perante algumas imagens alusivas a este binómio, as crianças devem tecer livremente os seus comentários acerca do que ali vêem. Cada criança poderá ter uma forma diferente de interpretar uma imagem, assim como os seus conceitos de pobreza e riqueza poderão divergir. Cabe ao adulto orientar e facilitar o diálogo e a partilha de ideias entre as crianças. É uma boa oportunidade de trabalhar com as crianças algumas regras: esperar pela sua vez para falar, ouvir o que os colegas têm a dizer...

Poderá também ser uma oportunidade de trabalhar a escrita.

domingo, 17 de outubro de 2010

Mais uma menina na família

Estamos todos babados com o nascimento de mais uma menina na família. A S. nasceu na sexta-feira, dia 15 por volta das 20h. com 3645gramas e 51 cm. Nasceu no HGO, de 41 semanas, parto normal, induzido horas antes, com ajuda de uma episiotomia porque a bebé apresentava uma circular do cordão umbilical.

Sou tia de uma menina linda! A minha irmã ainda continua na maternidade. Estão a fazer análises à bebé porque está um pouco amarela, mas brevemente deve vir para casa.

sexta-feira, 15 de outubro de 2010

Vinho nos lanches escolares!

Ora algo que não me tinha apercebido, mas que merece uma reflexão - perdoe-me a Bárbara Wong (http://educaremportugues.blogspot.com/) por lhe roubar este excerto da postagem... as minhas desculpas - pois parece que o vinho é mais importante no nosso país do que o leitinho para os nossos filhos levarem na mochila para lanchar!

O IVA: a ideia de se taxar a 23 por cento bens que para muitas famílias são essenciais (não na minha, mas eu sou solidária) como os leites achocolatados, aromatizados, vitaminados e enriquecidos, as bebidas e sobremesas lácteas, os sumos e néctares de frutos; para não falar das latas de grão, ervilhas, pêssego, ananás e salsichas, etc... (essas já entram em minha casa). E o vinho mantém-se nos 13 por cento. Sim, leite com chocolate e sumos naturais a 23, mas vinho a 13 porque, mais uma frase estafada, - dá de comer a muitos portugueses...



Nem queria acreditar nisto quando li, mas é mesmo verdade. Já o IVA a 23% me chateia imensamente e me deixa ainda mais fula, agora que o vinho seja taxado a 13% isso sim ainda me faz passar mais. Sim, sou contra os bêbados e tudo o que se associa aos excessos de consumo de álcool. Sou contra as pessoas que pagam "um copo" ou "uma mine" a uns amigos, mas que não se lembram de lhes perguntar: "É pá! Queres levar uns pacotes de leite para os putos lancharem? Eu pago." E olhem que conheço alguns casos de "bons" pais que bebem um café e um digestivo, ou passam a tarde de garrafa de cerveja na mão - para matar a sede (???) - mas cujos filhos andam mal nutridos e mal vestidos e que sobrevivem com a ajuda dos subsídios sociais e do apoio de familiares.

Mais um desabafo... Hoje estou em dia não!