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quinta-feira, 29 de novembro de 2012

:(

Hoje estou em casa com o meu pequenote... mais uma bronqueolite. Está a fazer Ventilan e Atrovent. Mas energia não lhe falta e boa disposição! E ontem portou-se muito bem no Hospital, mesmo doentinho.

domingo, 25 de novembro de 2012

Fim de semana!

Adoro esta chuva, este tempo casmurro, sem sol, molhado e com cheiro a terra. Ontem foi dia de piscina de manhã, mas de tarde ficamos os dois em casa a brincar. Fiquei com a sala revirada mas isso não interessa nada! Importa que eu e o meu filho partilhámos momentos, numa tarde fria de Inverno. Tão bom.
E hoje, custou sair de casa cedo com ele, mas tinha os meus meninos da escola de infantes e cadetes à espera e não podia voltar a faltar.
Agora estamos no quentinho, a brincar, a ver televisão. Já fizémos pinturas com as mãos, desenhámos com lápis de cor e com canetas de feltro e agora tenho a sopa dele ao lume para irmos jantar.
Bom fim de semana!
...e ele é só ver-me no computador que pede logo o "ioioio" (dança kuduro) para dançar!











Sabiam que...

...hoje se comemora o Dia Internacional da Não violência contra as mulheres?
Eu acho triste ter de haver um dia para se falar deste assunto. É um sinal de que ainda há muito por fazer neste campo. Calamos e não pedimos ajuda para os gritos na porta ao lado? Quem nunca fez isso?

Já lá vai o tempo em que entre marido e mulher não se podia meter a colher! Haja quem não tenha medo de meter a colherada! Ligue 112 e denuncie. Peça ajuda por quem já não o consegue fazer.

domingo, 18 de novembro de 2012

Quando é que uma criança está em risco?

A Lei 147/99 (n.º 2 do artigo 3.º) considera que uma criança ou o jovem está em perigo quando, designadamente, se encontra numa das seguintes situações: está abandonada ou vive entregue a si própria; sofre maus tratos físicos ou psíquicos ou é vítima de abusos sexuais; não recebe os cuidados ou a afeição adequados à sua idade e situação pessoal; é obrigada a actividade ou trabalhos excessivos ou inadequados à sua idade, dignidade e situação pessoal ou prejudiciais à sua formação ou desenvolvimento; está sujeita, de forma directa ou indirecta, a comportamentos que afectem gravemente a sua segurança ou o seu equilíbrio emocional; assume comportamentos ou se entrega a actividades ou consumos que afectem gravemente a sua saúde, segurança, formação, educação ou desenvolvimento sem que os pais, o representante legal, ou quem tenha a guarda de factos, se lhes oponham de modo adequado a remover essa situação.


(BRÍGIDO, Pedro Luís Silva, Intervenção do Serviço Social com Crianças e Jovens em Risco – Ética e Prática Profissional - Departamento de Ciência Política e Políticas Públicas, ISCTE-IUL)

É importante pensarmos nas definições existentes para criança em risco?
Se isso nos levar a agir e não a esconder a cabeça na areia, sim. É importante sabermos o que é, como se determina, que profissionais estão envolvidos nas Comissões de Proteção, quais as suas funções e como estas se interligam entre si. A lei pode ser difícil de perceber, mas não é de todo impossível distinguir uma situação em que uma criança se encontra em risco. Basta olharmos os jornais diários para acharmos diversos casos. Muitos a mim me revoltam, outros trazem-me as lágrimas aos olhos pela sua violência. Aumentaram os casos, ou aumentou a sua difusão pelos media? Eu acho que é a segunda hipótese, sem no entanto descartar à partida a existência de um maior número de casos, caso tivesse dados concretos dessa situação. Terá havido um real aumento dos casos? Talvez sim, mas o que houve mesmo foi o aumento da sua difusão e do apareciemento de cada vez mais gente sem medo de falar, desde a mediatização do caso Casa Pia. Se teve alguma coisa de positivo, foi isso: dar voz aos que foram abusados e aos que sobrem maus tratos.

sábado, 17 de novembro de 2012

Dos maus tratos: o abuso sexual e o síndrome de Munchausen por procuração


Abuso Sexual: corresponde ao envolvimento de uma criança ou adolescente em
actividades cuja finalidade visa a satisfação sexual de um adulto ou outra pessoa mais velha.

Baseia-se numa relação de poder ou de autoridade e consubstancia.se em práticas nas quais a criança/adolescente, em função do estádio de desenvolvimento:

‐ Não tem capacidade para compreender que delas é vítima;
‐ Percebendo que o é, não tem capacidade para nomear o abuso sexual;
‐ Não se encontra estruturalmente preparada;
‐ Não se encontra capaz de dar o seu consentimento livre e esclarecido.

O abuso sexual pode revestir-se de diferentes formas – que podem ir desde
importunar a criança ou jovem, obrigar a tomar conhecimento ou presenciar
conversas, escritos e espectáculos obscenos, utilizá‐la em sessões fotográficas e
filmagens, até à prática de coito (cópula, coito anal ou oral), ou introdução vaginal
ou anal de partes do corpo ou objectos, passando pela manipulação dos órgãos
sexuais, entre outras ‐ as quais se encontram previstas e punidas pelo actual art.º
171.º do Código Penal (CP)6, que trata expressamente do crime de abuso sexual
de crianças.
Sempre que do acto resulte gravidez, ofensa à integridade física grave ou morte da vítima, infecções de transmissão sexual ou suicídio, a pena será agravada em metade ou em um terço, nos seus limites máximos e mínimos, conforme o caso em apreço e de acordo com a idade da vítima. O mesmo sucede se esta for descendente, adoptada ou tutelada do agente – art.º 177º CP.
Frequentemente, o abuso sexual é perpetrado sem que haja qualquer indício físico
de que tenha ocorrido, facto que pode dificultar o diagnóstico. Recomenda-se, sempre
que possível, a colaboração da saúde mental infantil, tanto na ajuda para o diagnóstico
como para a intervenção. Contudo, em algumas situações, é possível identificar sintomas/sinais deste tipo de mau trato.
Alguns sinais, sintomas e indicadores de abuso sexual

- Lesões externas nos órgãos genitais (eritema, edema, laceração, fissuras, erosão, infecção);
- Presença de esperma no corpo da criança/jovem;
- Lassidão anormal do esfíncter anal ou do hímen, fissuras anais;
- Leucorreia persistente ou recorrente;
- Prurido, dor ou edema na região vaginal ou anal;
- Lesões no pénis ou região escrotal;
- Equimoses e/ou petéquias na mucosa oral e/ou laceração do freio dos lábios;
- Laceração do hímen;
- Infecções de transmissão sexual;
- Gravidez.


Síndrome de Munchausen por procuração diz respeito à atribuição à criança, por
parte de um elemento da família ou cuidador, de sinais e sintomas vários, com o
intuito de convencer a equipa clínica da existência de uma doença, gerando, por vezes,
procedimentos de diagnóstico exaustivos, incluindo o recurso a técnicas invasivas e
hospitalizações frequentes.
Trata-se de uma forma rara de maus tratos, mas que coloca grandes dificuldades de diagnóstico, dado que sintomas, sinais e forma de abuso são inaparentes ou foram provocados subrepticiamente.

São indicadoras de Sindroma Munchausen por Procuração situações como, por
exemplo, as seguintes:
ministrar à criança/jovem uma droga/medicamento para provocar determinada sintomatologia; adicionar sangue ou contaminantes bacterianos às amostras de urina da vítima; provocar semi-sufocação de forma repetida antes de acorrer ao serviço de urgência anunciando crises de apneia.

A lei na questão da criança e jovem em risco:

Quando falamos em maus tratos falamos em leis. Mas o que dizem realmente as leis sobre este assunto. Aqui fica um artigo para analisarmos e pensarmos sobre algumas das suas alíneas.

Lei de protecção de crianças e jovens em perigo (N.o 204 — 1-9-1999 DIÁRIO DA REPÚBLICA — I SÉRIE-A 6117)

Artigo 3º
1 — A intervenção para promoção dos direitos e protecção da criança e do jovem em perigo tem lugar quando os pais, o representante legal ou quem tenha
a guarda de facto ponham em perigo a sua segurança, saúde, formação, educação ou desenvolvimento, ou quando esse perigo resulte de acção ou omissão de terceiros ou da própria criança ou do jovem a que aqueles não se oponham de modo adequado a removê-lo.
2 — Considera-se que a criança ou o jovem está em
perigo quando, designadamente, se encontra numa das
seguintes situações:

a) Está abandonada ou vive entregue a si própria;
b) Sofre maus tratos físicos ou psíquicos ou é vítima de abusos sexuais;
c) Não recebe os cuidados ou a afeição adequados à sua idade e situação pessoal;
d) É obrigada a actividades ou trabalhos excessivos ou inadequados à sua idade, dignidade e situação pessoal ou prejudiciais à sua formação ou desenvolvimento;
e) Está sujeita, de forma directa ou indirecta, a comportamentos que afectem gravemente a sua segurança ou o seu equilíbrio emocional;
f) Assume comportamentos ou se entrega a actividades ou consumos que afectem gravemente
a sua saúde, segurança, formação, educação ou desenvolvimento sem que os pais, o representante
legal ou quem tenha a guarda de facto se lhes oponham de modo adequado a remover essa situação.

Tipos de maus tratos (cont.)


Mau trato Físico:
Este resulta de qualquer acção não acidental, isolada ou repetida, infligida por pais, cuidadores ou outros com responsabilidade face à criança ou jovem, a qual provoque (ou possa vir a provocar) dano físico.
Este tipo de maus tratos engloba um conjunto diversificado de situações traumáticas, desde a Síndroma da Criança Abanada até a intoxicações provocadas.

Sinais que podemos observar nestas crianças:

- Equimoses, hematomas, escoriações, queimaduras, cortes e mordeduras em locais pouco comuns aos traumatismos de tipo acidental (face, periocular, orelhas, boca e pescoço ou na parte proximal das extremidades, genitais e nádegas);

- Sindroma da criança abanada (sacudida ou chocalhada);

- Alopécia traumática e/ou por postura prolongada com deformação do crânio;

- Lesões provocadas que deixam marca(s) (por exemplo, de fivela, corda, mãos,

chicote, régua…);

- Sequelas de traumatismo antigo (calos ósseos resultantes de fractura);

- Fracturas das costelas e corpos vertebrais, fractura de metáfise;

- Demora ou ausência na procura de cuidados médicos;

- História inadequada ou recusa em explicar o mecanismo da lesão pela criança ou

pelos diferentes cuidadores;

- Perturbações do desenvolvimento (peso, estatura, linguagem, …);

- Alterações graves do estado nutricional.   Para saber mais:   Alopécia ou alopecia é a redução parcial ou total de pelos ou cabelos em uma determinada área de pele. Ela apresenta várias causas, podendo ter uma evolução progressiva, resolução espontânea ou controlada com tratamento médico. Quando afeta todo os pêlos do corpo, é chamada de alopécia universal.  
Mau trato psicológico ou emocional:O mau trato psicológico resulta da privação de um ambiente de segurança e de bem-estar afectivo indispensável ao crescimento, desenvolvimento e comportamento equilibrados da criança/jovem.
Engloba diferentes situações, desde a precariedade de cuidados ou de afeição adequados à idade e situação pessoal, até à completa rejeição afectiva, passando pela depreciação permanente da criança/jovem, com frequente repercussão negativa a nível comportamental.
Alguns sinais e sintomas que podemos observar nestas crianças:

- Episódios de urgência repetidos por cefaleias, dores musculares e abdominais sem causa orgânica aparente;

- Comportamentos agressivos (autoagressividade e/ou heteroagressividade) e/ou auto-mutilação;

- Excessiva ansiedade ou dificuldade nas relações afectivas interpessoais;

- Perturbações do comportamento alimentar;

- Alterações do controlo dos esfíncteres (enurese, encoprese);

- Choro incontrolável no primeiro ano de vida;

- Comportamento ou ideação suicida.   Para saber mais...   Enurese é a falta de controle da micção em idade que em que isto já deveria ter ocorrido. Encoprese é a dificuldade de controlar o esfíncter anal para a eliminação de fezes, voluntária ou não, em que eventualmente podem-se sujar as roupas do indivíduo. É uma desordem de causa fisiológica ou emocional, pode ocorrer tanto em adultos como em crianças, e é mais frequente nos indivíduos de sexo masculino.

Nas crianças a causa geralmente é psicológica, podendo estar ligada ao medo, ao stress, raiva e angústia.

Ainda sobre o tema dos maus-tratos...

Os maus tratos em crianças e jovens dizem respeito a qualquer acção ou omissão não acidental, perpetrada pelos pais, cuidadores ou outrem, que ameace a segurança, dignidade e desenvolvimento biopsicossocial e afectivo da vítima.

Temos que pensar que este deve ter uma abordagem multi-disciplinar, ou seja que existem vários tipos de maus-tratos.
Quanto ao conceito em si, existe uma multiplicidade de situações que consubstanciam a prática de maus
tratos, os quais podem apresentar diferentes formas clínicas, por vezes associadas: negligência (inclui abandono e mendicidade), mau trato físico, abuso sexual, mau trato psicológico/emocional e Síndroma de Munchausen por Procuração.

Negligência:
é a incapacidade de proporcionar à criança ou ao jovem a satisfação de necessidades básicas de higiene, alimentação, afecto, educação e saúde, indispensáveis para o crescimento e desenvolvimento adequados. Regra geral, é continuada no tempo, pode manifestar-se de forma activa, em que existe intenção de causar dano à vítima, ou passiva, quando resulta de incompetência ou incapacidade dos pais, ou outros responsáveis, para assegurar tais necessidades.
Podemos destacar alguns sinais de negligência:

- Carência de higiene (tendo em conta as normas culturais e o meio familiar);
- Vestuário desadequado em relação à estação do ano e lesões consequentes de
exposições climáticas adversas;
- Inexistência de rotinas (nomeadamente, alimentação e ciclo sono/vigília);
- Hematomas ou outras lesões inexplicadas e acidentes frequentes por falta de
supervisão de situações perigosas;
- Perturbações no desenvolvimento e nas aquisições sociais (linguagem,
motricidade, socialização) que não estejam a ser devidamente acompanhadas;
- Incumprimento do Programa‐Tipo de Actuação em Saúde Infantil e Juvenil e/ou
do Programa Nacional de Vacinação;
- Doença crónica sem cuidados adequados (falta de adesão a vigilância e
terapêutica programadas);
- Intoxicações e acidentes de reptição.

segunda-feira, 12 de novembro de 2012

A criança em risco...

...é a criança:
- vitima de maus tratos;
- em absentismo / insucesso escolar;
- pertencente a minorias étnicas;
- vinda de meios desfavorecidos - ou seja, a criança que vem de uma família que não dispoem de recursos que assegure as condições necessárias para essa criança, ou que omita a satisfação das suas necessidades.
- integrada numa família disfuncional;

A UNESCO, na Declaração de Salamanca definiu o conceito de alto risco como “a presença de
características ou condições da própria criança ou do meio no qual cresce e se desenvolve, as quais
implicam uma alta possibilidade de produzir efeitos negativos sobre o seu processo de crescimento e
desenvolvimento, até ao ponto de determinar um atraso de maior ou menor amplitude”.

Esta criança:
• Não tem reunidas as condições necessárias para usufruir dos seus direitos;
• Tem condicionado o seu estado de saúde, a sua educação, os seus relacionamentos…

Fatores a considerar nestes casos:
• Reprodução do Ciclo de Pobreza – Condiciona a igualdade de oportunidades futuras.

A criança em risco é...

...“Aquela que pelas suas características

biológicas ou enquadramento sócio-familiar,
apresenta maior probabilidade de ser alvo de
dificuldades que comprometem a satisfação
das suas necessidades e o seu processo de
desenvolvimento”

(Penha – 2000)
 
 
Às vezes não há é tempo de olhar para o lado e observar o que se está a passar mesmo debaixo do nosso nariz. O risco não está apenas nos bairros pobres, nem são apenas as crianças "sujas" que vemos na rua a brincar. O risco pode estar no lar mais rico ou na família que, aparentemente, parece ser perfeita. O grande problema é esse. Estas crianças não têm um letreiro na testa!

domingo, 11 de novembro de 2012

Um joguinho

Este foi-me enviado pela Luana do blog "Uma mãe para dois". Então é assim:

As regras são estas:

- Escrever onze coisas aleatórias sobre você.
– Responder as onze perguntas que a pessoa lhe mandou e criar onze novas perguntas para as pessoas para quem irá mandar.
– Escolher onze pessoas para repassar esse meme e colocar os links de seus respectivos blogs.
– Avisar os blogs escolhidos.
– Não retorne esse meme para quem te enviou.
– Postar as regras.


11 coisas sobre mim:

- Adoro chocolate.
- Não gosto de sardinhas.
- Adoro sol.
- Gosto de frio e de roupa de Inverno.
- Adoro escrever.
- Gosto de estar em casa, no sofá, no quentinho.
- Destesto pessoas que não respeitam o trabalho dos outros.
- Não tenho paciência para esperar.
- Queria ser perfeita, mas não sou.
- Amo duas pessoas na vida.
- Sou feliz.

As respostas:
1- Como você imagina o mundo daqui 20 anos?
Não muito diferente, ainda em crise e com mais gente a usar a tecnologia. Vamos talvez perceber que perdemos muitos valores e que deixamos para trás as coisas mais importantes, mas vamos ganhar muito mais coisas boas e vamos sair por cima.

2- Qual a maior loucura que você já fez na vida?
Sair de um bom emprego para arriscar um novo trabalho. E correu mal.

3- O que levaria com você se fosse para uma ilha deserta?
Livros.

4-O que não pode faltar no seu dia?
Um beijo do meu menino.

5-Você concorda que o tempo muda as pessoas?
Não. O tempo não muda ninguém. As pessoas vão-se revelando com o passar do tempo.
6-Qual foi o maior mico que você já pagou?
Não sei, talvez chegar atrasada num sitio importante.
7-Você já chorou sem motivo?
Claro.

8-O que mais te irrita: Internet caindo, horário eleitoral, telemarketing, fila de banco ou trânsito?
Fila de banco.

9-O que mais se orgulha em sua vida?
Do meu filho.

10-Quanto tempo passa em frente ao computador?
Apenas o suficiente.

11-Qual palavra define o que você está sentindo esse exato momento?
Dúvida. Será "qual" ou "Que" palavra? Esse novo acordo dá cabo de mim.
Os blogs que escolhi para o próximo jogo:

Educar em Português
O Mundo Catita da Rita ♥.
A Sala da Carmo
Sala da Marta
No Mundo das Crianças
Caixinha de Sorrisos
às nove no meu blogue

A História das Carochinhas
Este é meu!
Manias de ser MÃE
blogue da Martinha

As perguntas que eu faço a estes blogues:

1- Quando começou a blogar?
2- Escrever pode ser: um vício, uma obrigação ou um prazer?
3- Que qualidade mais gosta de ver numa pessoa?
4- Qual a primeira coisa que faz quando se levanta da cama?
5- Que livro está a ler neste momento?
6- Que pessoa você tem mais saudades?
7- Que cheiro lhe traz mais recordações?
8- Qual a viagem que nunca fez e que quer mesmo fazer?
9- Faria tudo por amor?
10- Acredita no Pai Natal ou no Menino Jesus?
11- Os seus filhos (ou sobrinhos, irmãos mais novos) ainda esperam pelo Pai Natal?

O "Re(c)tângulo"

Ontem foi um dia especial para mim. Foi o lançamento daquele que foi o meu primeiro livro. O meu e o da Donzília Martins, do Eugénio Bernardes, do Humberto Oliveira, do João Barreta, da Marta Martins Silva, da Raquel Silva e do Vitor Batista. O "Retângulo" nasceu de oito contos, que foram escolhidos de entre uns cem retângulos que concorreram. Eu gosto imenso de escrver, mas nunca tinha tido a oportunidade de editar nada e por isso esta experiência foi tão importante para mim. Fiquei orgulhosa de fazer parte deste trabalho e o resultado foi um livro que vou guardar com todo o carinho, por ser o primeiro com o meu nome, a circular nas livrarias.

Foi o meu primeiro lançamento e não posso dizer que tenha corrido mal, aliás, não correu porque cheguei na parte final, já depois do lançamento em si, de cantarem os parabéns à "Alfarroba" e de cortarem o bolo. Saímos de casa a tempo e fomos buscar a avó, o Martim a dormir no banco de trás e nós dois convencidíssimos que seria fácil encontrar algo na Cidade Universitária. O Museu da República? Não ninguém ouviu falar, ninguém conhecia nada ali com aquele nome. Bati a inúmeras portas, descobrimos outros museus, a Torre do Tombo estava fechada, as faculdades e universidades, desertas, exceto um grupo de escuteiros que se passeava por ali. Ninguém sabia nem havia sinais, placas ou indicações que nos dissessem onde era o dito cujo. Depois de uma hora às voltas, conseguimos aceder ao email através do telemóvel e chegar a um número de contato. Após várias explicações que nos levaram a perder mais duas vezes, lá chegámos a um sítio que não tinha nada a ver com a Cidade Universitária que eu conhecia. Já tinha terminado tudo naquele momento, mas ainda havia um lugar vago na mesa para me sentar e assinar alguns livros. Não deu para conhecer melhor os outros autores - dos outros 4 que lá estiveram ontem. No fim trouxe 10 livros, um dos quais assinado pelos outros autores presentes no lançamento do livro.


Gostei de partilhar este dia com o Paulo, o meu filhote Martim e a avó Clarisse. Sempre presentes nos momentos bons e maus da minha vida. Não tive grande vontade de convidar mais pessoas, até porque as que quiseram saber de mim, sabiam onde eu estava. Agora resta-me ler o livro e conhecer os contos dos outros autores. E vocês se tiverem curiosidade, comprem o livro. Obrigado.

sexta-feira, 2 de novembro de 2012

Projetos com bebés?

Em creche, os projetos são possíveis. Mas como?

Os projectos com bebés têm os seus temas derivados basicamente da observação e da leitura que a educadora realiza do grupo e de cada criança. Ela deve prestar muita atenção ao modo como as crianças agem e procurar dar significado às suas manifestações. É a partir destas observações que ela vai encontrar quais os temas, os problemas, a questão referente aos projectos. São pensados em moldes diferentes do que os projetos dos mais velhos. São uma construção do dia-a-dia, da relação dos adultos com os bebés e dos adultos entre si. Tem como primeiro objetivo o desenvolvimento são e harmonioso do bebé, como um todo.

O trabalho com bebés e crianças mais pequenas faz-se na relação entre o educador e o bebé, na sua motivação para o abraçar e acarinhar e para o entender. Mãe de um bebé de dois anos, é para mim ainda mais real que estas manifestações de carinho e de mútuo entendimento, valem mais do que mil palavras e do que atividades feitas só por si sem nexo nem objetivo. Eles aprendem mais da exploração dos objetos e do seu próprio corpo, bem como da cinestesia entre estes dois vetores. O material educativo, é muitas vezes, se não supérfulo, apenas um recurso a usar. Uma roca, um carro, uma bola são coisas que se tornam extensões da própria criança e dos movimentos que ela faz com eles. O que importa é a forma como leva as mãos à boca ou mexe nos próprios pés, como consegue segurar uma argola entre os dedos, é o chutar, o atirar, o agarrar, o brincar, não o objeo em si mesmo.