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terça-feira, 31 de agosto de 2010

Importância da água na alimentação da mamã

Como curiosidade, visto ser daquelas coisas em que temos de ter especial atenção durante a gravidez, embora seja essencial em qualquer fase da vida.


Água

É importante para uma pele hidratada.
Na gravidez ainda mais necessária de forma a evitar as tão indesejadas estrias*.
Reduz o risco de obstipação e de infecções urinárias.
Deve beber-se cerca de 2 litros ao longo do dia (já me falaram em três, mas acho que também é demais - pelo menos para mim - a não ser naqueles dias de muito calor).

Também se diz que...

Uma boa hidratação ajuda a uma boa circulação sanguinea , principalmente para o útero e para a placenta , melhorando as condiçoes nutricionais da criança.



*Estrias são...

Cerca de 90% das gestantes são afetadas pelas estrias, que deixam cicatrizes eternas nas mamas, abdômen, coxas, nádegas e quadris. Mas calma, você pode iniciar a prevenção agora!

As estrias nada mais são do que cicatrizes provocadas pelo aumento da massa corporal, sem falar nas alterações hormonais que ocorrem nessa fase. O primeiro passo para proteger sua pele das estrias é saber como elas se formam. O tecido que reveste o corpo é composto de camadas conhecidas como epiderme e derme. É na derme, a mais profunda delas, que se localizam as fibras de elastina e colágeno, responsáveis por toda a firmeza.


Em algumas mulheres grávidas, as fibras não acompanham o aumento do volume corporal e então se rompem. São as estrias dando as caras.


As avermelhadas são as mais recentes e têm essa cor porque ainda estão inflamadas, nesse caso, ainda dá para apagar as marcas da gestação. As esbranquiçadas, por outro lado, não têm cura, mas podem ser amenizadas.

Da concepção à formação

Pois é. Já estou quase com 39 semanas de gravidez, o que significa que o bebé deve estar quase quase a nascer. Esta certeza tem-me deixado muito muito ansiosa pela chegada do bebé. Desde a sua concepção, muita coisa se passou.  São nomes às vezes um pouco complicados, mas saber como, de facto, se forma um bebé é algo de maravilhoso.



1ºmês:

Quando começamos a perceber que algo se passa dentro de nós, já uma série de alterações mágicas ocorreram sem que tivéssemos dado conta. "A acção situa-se em plena ovulação. A meio do ciclo - o 14º dia, se o ciclo for de 28 dias - um óvulo maduro é libertado pelo ovário e avança pelas trompas de Falópio."(1) Quando a fecundação desse óvulo acontece despoleta-se um caminho longo que conduzirá à formação de um bebé.

A primeira célula que se forma - Zigoto - multiplica-se tão rapidamente que, em "apenas 3 ou 4 dias, já se formou um complexo sistema celular, o blastocisto ou mórula, cujo aspecto é semelhante ao de uma amora."(1)

Graças à acção da Progesterona, o útero está preparado para receber o blastocisto. Normalmente, este processo ocorre em sete dias. No final do 1º mês, "o embrião parece um minúsculo girino." É tão pequenino que ainda só pesa 1 grama. "A cabeça é uma grande proeminência, o aparelho digestivo um simples tubinho."(1)
O coração já bate com força ao 1º mês.


2º mês:

O embrião já tem cerca de 4cm e pesa cerca de 3 gramas. "A partir da 6ª semana, fala-se de crescimento activo, porque os órgãos importantes, como os rins ou o fígado, começam a desenvolver-se. O tubo neural que liga o cérebro e a espinal medula, fechar-se-à nesta fase."(1)


"Com apenas 9 semanas, o futuro bebé começará a mover-se, dando voltas sobre si mesmo, como se fizesse piruetas." O seu crescimento é na ordem das 100.000 novas células por minuto! "A cabeça cresce muito mais rapidamente do que o corpo; os braços desenvolvem-se primeiro do que as pernas e o esqueleto completa-se em apenas 15 dias com mais de 100 peças articulares. Já se adivinham as mãos e os dedos."(1)

Bibliografia:

(1)-"Assim cresce o seu bebé" - Anuário 2004, Superbebés;

segunda-feira, 30 de agosto de 2010

Gravidez-hábitos nocivos a evitar - parte 4

O consumo de álcool é um dos vícios que mais afecta o bebé, aquando da sua ingestão durante a gravidez. Uma dessas lesões graves é o aparecimento de atraso mental. Há que reflectir sobre estes e outros factos:

"A ingestão regular de álcool pela mulher grávida (...) pode originar no feto um conjunto de alterações graves, designado por síndrome fetal alcoólico, que ocorre numa percentagem variável, mas que pode atingir os 30% nessas mulheres. No entanto, mesmo com doses menores de álcool, já são observadas alterações fetais."(1)

É por certo sabido, que "o álcool tem efeitos tóxicos directos no processo de divisão das células. O risco de malformações é mais elevado, quando a alcoolização da grávida se faz por episódios agudos, nos primeiros meses de gravidez."(2)


Alguém precisa de mais alguma razão para não beber durante a gravidez?

Então, aqui fica:

"Os recém-nascidos com síndrome fetal alcoólico apresentam habitualmente um peso baixo, atraso mental, distúrbios do comportamento (irritabilidade) e alterações características da face e do crâneo: microcefalia (cabeça pequena e alterações do cérebro), microftalmia (olhos e/ou fendas palpebrais pequenas), nariz pequeno, lábio superior com fenda e fino, maxilar superior pouco desenvolvido e achatado. Podem ainda ser observadas anomalias do coração e do esqueleto, nomeadamente da coluna vertebral."(1)




Ou seja, são crianças com:

- "dismorfia da face, mais evidente entre os 8 meses e os 8 anos: fissura palpebral (espaço entre as 2 pálpebras) pequena, ptose palpebral (queda da pálpebra superior), região média da face achatada, narinas (orifícios nasais) mais anteriores, filtro do lábio superior (região por cima do lábio superior) liso e fino;"
- "deficiente crescimento intra-uterino e após o nascimento;"
- "lesão e disfunção do sistema nervoso central: atraso do desenvolvimento neuropsicomotor, défice de atenção e/ou hiperactividade, dificuldades de aprendizagem, comportamentos inapropriados e imaturos, problemas na fala e audição, etc."(2)
"Os distúrbios comportamentais, como por exemplo o síndrome de hiperactividade e défice de atenção e as dificuldades de aprendizagem só se tornam aparentes em idade escolar."(2)
Qual é o mecanismo?
"O álcool atravessa livremente a membrana placentária, uma vez que as suas moléculas são pequenas e rapidamente solúveis na água e nos lípidos. A passagem do álcool vai fazer-se então facilmente e na dependência, somente, do fluxo de sangue e segundo um gradiente de concentração, isto é, da zona de maior concentração para a de menor concentração."(2)

"Quando a mãe bebe, a concentração do álcool no seu sangue sobe rapidamente, enquanto que no feto a concentração máxima tem lugar algum tempo mais tarde, embora nunca atinja valores tão elevados."(2)
"Como a mãe metaboliza o álcool, a concentração no seu sangue vai descendo. No feto, pelo contrário, a concentração de álcool no sangue manter-se-á elevada durante mais tempo, uma vez que o feto não é capaz de metabolizar esta substância."(2)
Quais as mulheres grávidas que estão em risco?
O "National Institute on Alcohol Abuse and Alcoholism Guidelines recomenda que qualquer mulher que beba mais de 7 bebidas por semana ou mais de 3 bebidas no mesmo dia deve ser tratada, dado o risco de problemas relacionados com o álcool."

"O aconselhamento de mulheres em idade fértil que bebem pequenas quantidades de álcool antes de saberem que estão grávidas é um problema complexo mas muito importante, já que cerca de 30% das grávidas portuguesas se encontram neste grupo." Assim sendo, poderá a mãe estar a consumir sem saber que entretanto engravidou, e "a criança cuja mãe ingeriu bebidas alcoólicas de forma regular no primeiro trimestre de gestação possui risco aumentado de lesão do sistema nervoso central."(2)

"Não existe uma abordagem terapêutica directa para o síndrome alcoólico fetal. É, no entanto, importante estabelecer o diagnóstico antes dos 6 anos de idade, de forma a ser possível uma intervenção atempada."(2)

"O limiar mínimo de álcool necessário para o desenvolvimento de malformações no feto de causa alcoólica não está bem estabelecido, pelo que se deve: "evitar qualquer ingestão de bebidas alcoólicas durante a gravidez". O síndrome alcoólico fetal é 100% evitável!"(2)

O conselho é que em caso de dúvida não deve mesmo beber nada alcoólico, para desta forma não prejudicar o correcto desenvolvimento e a saúde do seu bebé.

Bibliografia:

(1)-SANTOS, Antónia, "Perigos a evitar na gravidez", Pais e Filhos, Junho de 2002;
(2)-http://cssernancelhe2.com.sapo.pt/alcool-gravidez.htm

CTG

Ou Cardiotograma.

"Foi introduzido, na prática clínica obstétrica, há cerca de 40 anos." Durante a sua realização "são registadas pelo cardiotocógrafo a frequência cardíaca fetal ou ritmo cardíaco (...) e os movimentos sentidos pela grávida que vai accionando um botão durante o exame (...). O objectivo final é a interpretação do conjunto destas informações, principalmente dos padrões da frequência cardíaca fetal, permitir avaliar a oxigenação e o bem-estar fetal."(1)

"É preciso colocar eléctrodos na barriga da grávida, presos com umas faixas elásticas, e ligados por fios ao aparelho. Os resultados surgem em dois gráficos diferentes: um relativo à intensidade das contracções, o outro relativo ao batimento cardíaco do feto. Estes dados são importantes para avaliar a forma como o trabalho de parto está a progredir e permitem também avaliar o bem-estar fetal. De resto, o CTG não é usado apenas durante o parto, mas também no final da gravidez, para avaliar o bem-estar do bebé."(2)


Contínuo ou intermitente?

"O registo contínuo das contracções através do CTG é a rotina nos hospitais portugueses. Ou seja, assim que a grávida chega é ligada ao CTG e só depois de o bebé nascer é liberta dos eléctrodos. No entanto, a Organização Mundial de Saúde considera que o CTG não deve ser usado de forma contínua em gravidezes de baixo risco. O CTG limita os movimentos da grávida o que pode ter mais desvantagens do que a monitorização contínua, sobretudo quando se trata de gravidezes de baixo risco. Se não existe risco acrescido no parto para si e para o seu bebé, pode solicitar no seu plano de parto que a monitorização com o CTG não seja contínua, mas apenas esporádica, de forma a avaliar pontualmente a intensidade das contracções e o bem-estar fetal."(2)

Tipos de CTG:

"Existem diferentes tipos de CTG, conforme o contexto e o objectivo do exame. O mais conhecido (e que muitas vezes é desigando por CTG) é o NST ("non stress test"). É o mais simples, exige apenas" que a grávida esteja em repouso, deitada de lado ou semi-sentada "e pode ser feito antes do parto, em consulta com o médico assistente" ou "num serviço de urgência."(1)

É importante porque na altura do parto permite manter uma monitorização constante e antes do parto, "o registo do ritmo cardíaco fetal é sempre realizado de modo indirecto, através de um doppler seguro por uma cinta no local do abdómen materno onde os batimentos fetais são mais audíveis." Foi através de um aparelho destes que eu passei a noite a ouvir o coração do meu bebé, quando caí e fui internada. Outra mãe, de 41 semanas, andava pela sala com um semelhante, mas com uma tecnologia diferente, sem fios. Quanto às contracções, o seu registo é também indirecto, através de um aparelho chamado "todinamómetro, seguro no fundo uterino que lê a pressão por ele exercida."(1)

"O menos conhecido é o CST ("contraction stress test"). Se o primeiro (NST) não for conclusivo, realiza-se o CST."

"Após um período inicial em que se verifica que a grávida não tem contracções e em que o traçado se mantém inconclusivo, é administrada ocitocina à grávida a fim de serem provocadas contracções regulares (stress test)" e daí é então analisada "a resposta fetal."(1)


No parto:

"Durante o parto, a frequência cardíaca fetal pode ser avaliada como antes do parto pelo doppler no abdómen materno ou, após a ruptura da membrana amniótica através de um pequeno eléctrodo colocado na cabeça fetal que faz uma leitura directa do seu ritmo cardíaco."(1)


Bibliografia:

(1)-BRAVO, Inês, "O que é o CTG", Pais e Filhos, Setembro de 2006;
(2)-http://www.mae.iol.pt/artigo.php?div_id=3629&id=933478

As insónias

Mais uma noite horrorosa, sem pregar olho! Toda a noite acordada, toda mesmo. Só adormeci pelas 9h da manhã, mas às 11h e tal tinha a campainha a tocar -  publicidade de uma empresa qualquer, que com imenso barulho nas escadas, tentava impingir um telefone ou uma rede telefónica qualquer à minha vizinha do lado. Nem a porta abri, se o fizesse acho que não ia ser nada bem educada.

Vi os noticiários quase todos, filmes, séries e tudo o que imaginar se possa. Quando apagava a televisão ainda ficava pior, saía da letargia e começava a ficar cada vez mais desperta. E ontem nem 4 horas sequer tinha dormido, por isso, nem sei de onde vem esta espertina toda.
Só sei que é horrível.

domingo, 29 de agosto de 2010

Encontro sobre aleitamento materno

Mitos sobre Aleitamento Materno - 5 de Setembro de 2010

Este é um encontro divulgado no blogue: http://aquihabebe.blogspot.com/ e que achei interessante divulgar aqui também. Gostava de lá ir, mas ainda não sei se vai dar. Aqui fica:
Informações sobre o encontro:
Moderadora: Sofia Carvalho (Conselheira em Aleitamento Materno OMS/Unicef)

Local: Art of Living - Largo Ferreira de Castro nº3 r/c Sintra – Telef: 21 924 89 69 - 96 674 1439

Destinatários: Grávidas, mães a amamentar, pais e todos os que se interessem pelo tema (os bebés são bem-vindos)

Hora: 19h

Entrada Livre
Para mais informações:
aquihabebe@gmail.com ou art.of.living1@gmail.com

Cesariana: de que se trata e que riscos acarreta?

A realização de uma Cesariana é uma opção que se coloca em cima da mesa para muitas mães decidirem. Noutros casos, é um mal necessário ou, pode até ser um recurso de emergência. Mas de que se trata em concreto? Aqui ficam algumas informações sobre esta intervenção cirúrgica que descobri nas minhas pesquisas.

Sim porque aqui o menino ainda está pélvico e posso bem ser uma candidata a Cesariana e quero estar bem preparada para perceber tudo o que se está a passar.

Mas em primeiro lugar, como se realiza?

"A cesariana é uma intervenção cirúrgica abdominal com pós-operatório."(1)
"A grávida é transferida para a sala de operações – ou para uma sala de partos que possa converter-se em sala de operações. Depois, coloca-se um catéter na bexiga para drenar a urina durante a cirurgia, e uma agulha numa veia do braço (geralmente na prega do antebraço), por onde passará o soro e outros fármacos que sejam necessários. Após a desinfecção da parede abdominal, realiza-se uma incisão por cima do velo púbico (incisão de Pfannestiel), ou em forma vertical, desde o umbigo até ao limite do velo púbico (incisão mediana infra-umbilical)."
"A segunda incisão realiza-se no segmento do útero, logo acima do colo do útero. Depois, mediante uma pinça ou simplesmente com o dedo, rompe-se a bolsa e extrai-se o bebé."(2)
"Nesse momento, a mamã poderá sentir o anestesista e o obstetra a empurrar o abdómen para facilitar a saída da cabecinha ou a pélvis em caso de apresentação pélvica. Depois extrai-se a placenta e sutura-se o útero e a incisão no abdómen. A intervenção demora aproximadamente 30 a 60 minutos. Se a saúde do bebé o permite, a mamã terá oportunidade de pegar-lhe e beijá-lo tal como se tivesse nascido de parto vaginal. Embora dependa da política de cada instituição, é frequente que o pai possa assistir pelo menos ao nascimento do seu filho. Depois, juntamente com o bebé e o neonatologista, poderá entrar na sala de recepção do recém-nascido."(2)


De que forma se administra a anestesia?

"A anestesia habitualmente é epidural. Pode administrar-se no espaço peridural ou no espaço raquidiano, em ambos os casos através de uma punção nas costas. Devido ao facto de estar desperta, a mamã pode ver e ouvir o seu bebé. Em caso de emergência, algumas vezes pode requerer-se anestesia geral."(2)


Que riscos poderão estar associados?

Tratando-se de uma intervenção cirúrgica, poderá trazer alguns riscos:

Para a mamã:

- Morbilidade e mortalidade significativa, mais elevadas do que no parto vaginal;
- Maior risco de internamento nos Cuidados Intensivos;
- Risco hemorrágico 6 a 8 vezes superior;
- entre outros. (3)

No caso de cesariana anterior, já se sabe que nem sempre significa haver necessidade de efectuar esta técnica nos partos seguintes, uma vez que "hoje em dia, o tipo de incisão efectuada é horizontal, na zona inferior do útero e resulta numa menor perda de sangue durante a cirurgia e menor risco de rotura uterina nos partos seguintes"(4) enquanto que antigamente se utilizava a incisão vertical.
Este tipo de incisão permite que um cada vez maior número de mulheres possa ter um "parto por via vaginal após cesariana prévia."(4)
Por outro lado, "a cesariana anterior associa-se a uma maior incidência de placenta prévia e de placenta acreta (quando a placenta invade a parede uterina, tornando difícil a normal separação que deverá ocorrer depois do nascimento do bebé). Esta situação pode levar a hemorragia abundante no pós-parto, com necessidade de transfusão de sangue e pode mesmo ser necessária a histerectomia (tirar o útero) para o seu controlo."(5)
Também se fala de um maior risco de gravidez ectópica e de aumento da infertilidade. Estas e outras complicações devem ser ponderadas embora muitas destas cirurgias decorram normalmente sem qualquer complicação, sendo estes aqui apresentados alguns dos casos excepcionais.

Para o Bebé:

- Risco de lesão fetal na altura da histerectomia e da extracção;
- Risco de síndroma de distress respiratório nas cesarianas electivas efectuadas antes das 39 semanas. (3)

No que respeita ao bebé, em opção ao parto vaginal, uma curiosidade: segundo "uma investigação feita nos EUA", a cesariana faz aumentar o risco de cáries no bebé. "A explicação avançada pelos investigadores prende-se com o facto de os bebés nascidos por cesariana serem menos resistentes à acção de bactérias por serem menos expostos à sua presença na altura do nascimento."(6)




Bibliografia:

(1)-"A Cicatriz da Cesariana", Bebé d´hoje, Maio de 2010;
(2)-http://familia.sapo.pt/gravidez/parto/mae_ideal/825167.html
(3)-CAMPOS, Diogo Aires, in: AMORIM, Mª João, "Sai uma cesariana", Pais e Filhos, Janeiro de 2006;
(4)-"Cesariana: outra forma de vir ao mundo"-Anuário, 2004, Superbebés (pp 68 a 70);
(5)-BERNARDO, Ana, "Cesarianas: abrir e fechar quantas vezes?", Pais e Filhos, Outubro de 2005;
(6)-"A cesariana faz aumentar o risco de cáries no bebé", Pais e Filhos, Outubro de 2005, p.99;

Pré-eclampsia, Eclampsia e Sindrome de HELLP

Os nomes parecem complicados e são-no na medida em que estas intercorrências podem prejudicar gravemente a mãe e o bebé durante a gravidez. Tal como já falado anteriormente em postagens sobre a hipertensão durante a gravidez, estas três situações "pertencem ao grupo das complicações hipertensivas da gravidez."(1)

"Na pré-eclampsia, a hipertensão arterial associa-se à perda de proteínas pelo rim" a que se dá o nome de proteinúria. A eclampsia distingue-se "pelo aparecimento de convulsões em grávidas com pré-eclampsia." No entanto, "pode aparecer sem hipertensão ou proteinúria surgindo estas só algum tempo depois."

"No síndrome de HELLP, que pode ou não estar associado à pré-eclampsia e eclampsia, há destruição de glóbulos vermelhos do sangue (hemólise), alteração da função do fígado e de coagulação."(1)

Existem diversas precauções a ter, entre estas, estar alerta aos sinais e sintomas da Hipertensão Arterial, tais como cefaleias, alterações de visão e outros, como edemas e ter "cuidados gerais de dieta" e "repouso".(1)


Bibliografia:

(1)-AVILLEZ, Teresa, "Quando a tensão sobe demais", Pais e Filhos, Abril de 2005;

sábado, 28 de agosto de 2010

Quando a hipertensão afecta a gravidez

Quando a Hipertensão afecta a gravidez, seja esta crónica ou induzida pela própria gestação, há que ter em atenção uma vigilância mais apertada da mãe e do bebé. "A Hipertensão crónica, prévia à gravidez, provoca alterações nos vasos sanguíneos da mãe, por isso, pode interferir no crescimento do feto e aumentar o risco de morte do bebé dentro do útero e mesmo no pós-parto, já que muitas vezes a gravidez tem de ser terminada muito antes do termo."(1)

No entanto, "na maioria dos casos, os fetos não são afectados pela hipertensão", salvo quando esta conduz a "redução do fluxo sanguíneo placentar devido às anomalias da implantação" o que pode limitar o aporte de nutrientes e oxigénio ao feto."(2)

Nestes casos, há o risco de o feto não crescer de forma normal e o risco de parto prematuro aumenta, devido a complicações, tais como o descolamento da placenta.

"Tem-se verificado que a gravidez é um teste cardiovascular e de stress metabólico para toda a vida da mulher. As alterações do organismo durante a gravidez alertam as mulheres e os seus médicos para situações de saúde a que terão de ficar mais atentos."(3)



Bibliografia:

(1)-AVILLEZ, Teresa, "Quando a tensão sobe demais", Pais e Filhos, Abril de 2005;
(2)-LEITE, Cristina, "Quando a Hipertensão complica a gravidez", Pais e filhos, Junho de 2007;
(3)-"Quase 6% das grávidas são Hipertensas", Superbebés, Agosto de 2006;

Grande reportagem

Na Sic está a passar neste momento uma reportagem intitulada "Irmãos de Leite". Fala de bebés prematuros que beneficiam de leite que outras mães doam aos Hospitais para alimentar estes bebés.

Bebés de 1kg e de 875 gramas e que sobreviveram, apesar de algumas dificuldades. Mães que têm medo de tocar nos seus bebés e a forma como vivem com o facto de terem os seus bebés hospitalizados nas maternidades, enquanto tentam fazer uma vida razoavelmente normal.

Já tinha visto uma vez esta Reportagem. Vale a pena rever. É muito interessante.

Imaginar o bebé que aí vem

Quem das mamãs que aqui me visitam imaginou como seria o seu bebé antes de nascer?
Eu sonho por vezes com o meu bebé mas acreditem que é sempre tudo muito estranho: uma vez sonhei que ele era enorme do género daqueles bonecos "chorões" com que brincava quando era miúda. Nascia a saber falar e conversava comigo. De outra vez era uma menina pequenina, bonitinha, mas não era o meu rapaz e eu estava muito ansiosa durante o sonho e acordei cheia de vontade de chorar. Outras vezes é apenas um rosto escondido. Como esta noite: nada de concreto, só a sensação de que ele ali está e que já fui mãe, mas sem perceber como tal aconteceu.

A nossa cabeça é mesmo uma caixinha fechada. Pouco nos lembramos dos sonhos, o que por vezes pode ser bom, senão iamos andar para aí o dia inteiro a pensar naquilo que tínhamos sonhado. Não era nada saudável.

Azia

Ora aqui está uma coisa que me tem atormentado cada vez mais: Azia!
Há uns meses atrás nem sabia o que era. Agora não me deixa dormir como deve ser, nem tomando anti-acidos...
Todas as noites desde umas semanas para cá, embora umas piores que outras. Tem sido o meu pior tormento durante a gravidez, de resto tem sido tudo 5*.


Porque tenho azia?
Da mesma forma que as ancas e a pélvis relaxam e se expandem durante a gravidez, a válvula que normalmente evita a subida dos ácidos do estômago para o esófago também relaxa e expande, causando azia quando esses ácidos sobem pelo tracto digestivo, explica o Dr. Mark Taslimi, professor de obstetrícia e ginecologia no Lucille Packard Children's Hospital em Palo Alto, Califórnia. À medida que aumentam de tamanho, o bebé e o útero comprimem o estômago, agravando o problema. Se sofrer de azia, tente dormir inclinada, evite debruçar-se para a frente e, se o problema continuar, peça ao seu médico um medicamento para azia que seja seguro na gravidez.
 
In.: http://familia.sapo.pt/johnson/calendario_de_gravidez/o_seu_corpo/828845.html

Algo que me preocupa também

Já aqui falei de cesarianas e vou voltar a falar porque é quase certo que serei submetida a uma. É algo que não me assusta em si, mas que complicações poderá vir a causar no momento exacto que tiver de ocorrer. Chego lá e digo que o bebé tá sentado e quero cesariana? Como se vai processar esse momento? É que quero ter algum poder de decisão sobre o que me vão fazer e não ter essa certeza assusta-me um pouco.
E há tanta coisa por aí sobre este tema, que às vezes parece mais complicado...

Cesarianas


Quais as probabilidades de ter que realizar uma cesariana e o que deve esperar deste procedimento.

P1. Qual a probabilidade de ter de fazer uma cesariana?
Actualmente, uma em cada cinco mulheres, na sua primeira gravidez, dá à luz por cesariana, e a grande maioria não fazia ideia de que isso iria acontecer. Por isso é importante que todas as mulheres se preparem para essa possibilidade. Pode ser sujeita a um parto cirúrgico imprevisto por uma variedade de motivos, como a paragem da dilatação do colo do útero, o bebé pára o seu avanço pelo canal de parto ou existem sinais de que a placenta está a começar a separar-se da parede uterina. Poderá ser recomendável planear uma cesariana se:
• tiver sido anteriormente submetida a cirurgia invasiva ao útero, uma cesariana clássica (incisão vertical) ou várias cesarianas
• o bebé estiver ao contrário (a sair pelo rabinho) ou em posição transversal (de lado)
• estiver grávida de três ou mais gémeos
• tiver placenta prévia, uma exacerbação de herpes genital ou agravamento da pré-eclâmpsia, entre outras situações.

P2. O que devo esperar durante uma cesariana?

Normalmente, o seu companheiro pode ficar consigo durante a maior parte dos preparativos para a cirurgia, durante a própria cirurgia e no momento do nascimento. As enfermeiras colocam um resguardo para que não tenha de ver o procedimento em si. Receberá uma epidural ou um bloqueio sub-aracnoideu, que anestesiam a parte inferior do corpo. A sua equipa médica começará por lhe introduzir soro intravenoso e uma algália para drenar a urina durante o procedimento. O médico faz normalmente uma pequena incisão horizontal na pele, acima do osso púbico e, em seguida, efectua um segundo corte na secção inferior do útero. O médico retira suavemente o bebé, levantando-o de modo a poder vê-lo antes de o entregar aos cuidados de um pediatra ou enfermeira. Enquanto o pessoal clínico observa o bebé, o médico procede à expulsão da placenta e começa a coser. Muitas mulheres ficam surpreendidas pelo facto deste procedimento demorar entre 45 minutos e uma hora, dado que a cirurgia em si pode demorar apenas alguns minutos. A sutura de um corte de cesariana pode demorar muito tempo porque o médico tem de fechar cada camada — útero, músculo, pele — em separado.



P3. Como me sentirei após uma cesariana?
Se tiver sido submetida a anestesia geral, vai sentir-se tonta e possivelmente enjoada. Nas 24 horas após a cirurgia, precisará de ajuda para se levantar da cama e dir-lhe-ão para se movimentar, já que estimula a circulação e reduz substancialmente a probabilidade de coágulos sanguíneos. Assegure-se de que recebe medicação adequada para as dores, para que se possa movimentar, sentar e amamentar comodamente. Passadas 24 horas, será retirado o soro e a algália e poderá tomar alimentos muito suaves e ligeiros, caso tenha vontade. Em dois a quatro dias, as suturas, agrafos ou clamps serão provavelmente removidos e é provável que possa ir para casa.

In.: http://familia.sapo.pt/johnson/calendario_de_gravidez/perguntas_frequentes/829704.html

Curiosidade da uma da manhã

Porque rebentam as águas?


"A membrana que retém o líquido amniótico é composta por uma matriz de células de colagénio em forma de barra que pode ser enfraquecida pelas hormonas, a pressão do útero ou a força das contracções do trabalho de parto, explica o Dr. Mark Taslimi, professor de obstetrícia e ginecologia no Lucille Packard Children's Hospital em Palo Alto, Califórnia. Quando esta matriz rompe completamente, o resultado é o chamado rebentamento das águas. Quando isto acontece, o mais provável é que o trabalho de parto se inicie pouco tempo depois."
 
In.: http://familia.sapo.pt/johnson/calendario_de_gravidez/desenvolvimento_fetal/828703.html
 
A esta hora podia dar-me para pior... mas como estou com insónias...

Cursos de preparação para o parto

Hoje a minha irmã e o meu cunhado vieram cá jantar. Como ela também está barriguda e hoje foi fazer uma eco, claro que a conversa tinha de ir parar aos nossos bebés que aí vêm.

Ora não é que ela paga as aulas de preparação para o parto visto em Sesimbra não haver no Centro de Saúde e ainda por cima parece que aquilo é só treinar respirações e passar tempo. Nada como foram as minhas. Nunca treinaram ou lhe ensinaram o banho do bebé, como fazer quando há subida de leite, como fazer a massagem do períneo... e ainda por cima, cúmulo dos cúmulos, a Enfermeira está na aula com um livro que eu também cá tenho. Normalíssimo não fosse esse livro o que a minha mãe usou quando estava grávida de mim - ora eu faço 27 já a 1 de Setembro - e está completamente desactualizado em muitos aspectos. Uma óptima obra, mas que agora serve de recordação, não para ensinar as futuras mamãs. Mas onde é que nós chegámos?

E quando ela perguntou com quanto tempo de contrações deveria deslocar-se ao Hospital, a resposta foi: Não sei, quando começarem vai logo para lá.

E são 120 euros que ela paga olarila! Pois é!

Ainda bem que me mudei para a "cidade"... Ai ai.

sexta-feira, 27 de agosto de 2010

A Pré-eclampsia

A pré-eclampsia está associada à hipertensão durante a gravidez bem como à albumonúria e à retenção de água nos tecidos, "provocando um excessivo aumento de peso."(1)

Este "é o nome dado ao aumento da tensão arterial, acompanhada pela eliminação de proteínas pela urina ou de retenção de líquidos (edema). Geralmente manifesta-se entre a 20.ª semana de gravidez e o final da primeira semana depois do parto. A eclampsia é uma forma de pré-eclampsia mais grave, que provoca convulsões ou coma. As causas da pré-eclampsia e da eclampsia são desconhecidas. Na pré-eclampsia, a tensão arterial é superior a 140/90 mmHg, aparecem edemas no rosto ou nas mãos e são detectados valores anormalmente elevados de proteínas na urina."(2)

Além da Hipertensão que afecta "6%das grávidas" portuguesas (3) são factores de risco também "mulheres grávidas pela primeira vez, diabéticas, obesas e com menos de 18 anos e mais de 40."(1)

Os sintomas mais frequentes são as "cefaleias diferentes do habitual, alteração da visão, dor na zona superior do abdómen (...) Mais raramente uma sensação indefinida de mal-estar, náuseas e vómitos. Em qualquer destas situações deve procurar ajuda médica."(4) Pode ocorrer o "desprendimento prematuro da placenta", bem como casos de "crescimento intra-uterino retardado, parto prematuro e mortalidade peri-natal."(5)

"A pré-eclampsia exige vigilância rigorosa e pode ser necessária a hospitalização. O tratamento consiste em fazer baixar a tensão, através de repouso ou terapia medicamentosa," a fim de evitar a própria eclâmpsia, a qual se pode manifestar através de "convulsões repetidas associadas a um coma que pode ser fatal para a mãe e para o bebé,"(1)

Segundo um estudo da OMS, "tomar suplementos de cálcio durante a gravidez pode evitar a pré-eclampsia."(6)


Bibliografia:

(1)-PÁSCOA, Elsa, "Afinal, o que é isto mesmo?", Pais e Filhos, Setembro de 2009;
(2)-http://www.portalis.co.pt/pre-eclampsia-e-eclampsia/
(3)-"6% das grávidas são hipertensas", Pais e Filhos, Agosto de 2006, (p.19)
(4)-LEITE, Cristina, "Quando a hipertensão complica a gravidez", Pais e Filhos, Junho de 2007;
(5)-"Gravidez de risco - cuidados especiais", Anuário 2004 - Superbebés;
(6)-"Cálcio evita pré-eclampsia", Bebé d'Hoje, Maio de 2006.

quinta-feira, 26 de agosto de 2010

Parto de joelhos dói menos

Existem diversos tipos de parto. Hoje nesta postagem quero apenas focar-me neste estudo publicado já há 4 anos numa revista (1) que refere que o parto de joelhos dói menos, uma vez que a força da gravidade ajuda na expulsão do bebé.

"A percepção da dor" torna-se por isso menos intensa em grávidas de 1ª viagem " que experimentaram o parto de joelhos do que as que têm o bebé sentadas." É claro que o factor "dor" também é difícil de mensurar, mas foi esta a conclusão a que chegaram com este estudo. Não me parece de todo uma estupidez, visto que se a mulher escolhe a posição, terá mais domínio sobre o seu corpo e provavelmente uma maior flexibilidade e facilidade em encaixar o bebé no canal de saída. Daí a ter menos dor não sei, mas se calhar lidam melhor com toda a situação e com a dor em si.

Alguém teve esta experiência ou sabe mais sobre este assunto?

Seria bom que pudessemos realmente escolher a posição em que queremos ter o bebé, mas parece-me que isso se torna sempre um pouco complicado. Em Portugal, penso que se investe pouco em partos alternativos, como os partos na água por exemplo, embora existam já alguns casos.


Bibliografia:

(1)-"Parto de joelhos dói menos", Pais e Filhos, Setembro de 2006, p.29

A burocracia antes do parto

É algo em que tenho pensado bastante, uma vez que a data para o parto se aproxima e depois sei que não terei cabeça para pensar nestas coisas chatas. Mas a consulta do site da segurança social não me ajudou lá muito.
A minha dúvida é em relação ao tempo que temos de licença - mãe e pai - e como a requerer.
Quem está a passar pelo mesmo?

Sites a visitar:
-www.seg-social.pt (808 266 266)
-www.irn.mj.pt (21 798 5500)
-www.portaldocidadao.pt (707 24 11 07)

O registo dos recém-nascidos é gratuíto e pode ser efectuado em qualquer conservatória do registo civil ou no serviço "Nascer Cidadão" nas próprias unidades de saúde, até ao momento em que a parturiente recebe alta.

Pode ser requerido pelos pais ou por alguém por eles incumbido.

Fonte:
"Toda a burocracia", Bebé d'hoje, Maio 2010;

Em contra-relógio

Hoje completei 38 semanas de gravidez, o rapaz continua sentado comodamente a mexer quando lhe apetece e com algumas contrações mas pequeninas, daquelas que não dão dores, mas ficamos só com a barriga rija. De resto tudo parece estar bem e, sem stress, é só esperar agora que o miúdo lhe apeteça vir experimentar o calor que cá tem estado fora.

Ontem tive consulta no centro de saúde, com nova médica e nova enfermeira, mas foi só mais uma de rotina para a médica ver a eco que fiz no sábado. Que ele continua em posição pélvica eu também já tinha visto. Já agora, em relação ao líquido amniótico reduzido, alguém sabe o que é? Devia ter perguntado ontem, mas esqueci-me. Deve ser normal porque a médica também não se referiu a nada disso.

Dia-a-dia normal, com muitas arrumações de última hora, descanso, sestas a meio do dia, praia (menos do que eu gostaria) mas com banhos de mar e ondas!

segunda-feira, 23 de agosto de 2010

Mitos na gravidez - parte 2

Ainda ninguém veio comentar ao mitos que coloquei na primeira postagem sobre este tema. Ninguém se atreve?

E quanto aos desejos? Daqueles que não podem mesmo ser contrariados? Que coisas malucas lhes apetecia comer durante a gravidez? Dizia-se que "a pena poderia recair sobre a pessoa que não permitiu a realização desse desejo e sobre o próprio bebé."(1)

Ainda há o mito de fetos que "adormeciam no ventre materno e aí permaneciam vários anos. E esta era uma teoria sustentada pelo direito Muçulmano que autorizava um período de gravidez que podia ir até aos cinco anos."(1) Ora se houvesse subsídio pré-natal nessa época, imaginem os bebés de cinco anos que nasciam?

"As gravidezes longas, dizia-se, eram fruto do medo que o bebé tinha do parto e da sua recusa categórica em sair do ventre da mãe."(1)

"Avernois, ilustre filósofo e médico árabe do século XVII, conta a história de diversas mulheres que engravidaram, apesar da ausência do acto sexual." E eram diversas as explicações para esse fenómeno, que iam desde águas minerais que engravidavam as mulheres até se desconfiar do próprio vento: "Fetos microscópios, provenientes da condensação e evaporação do esperma deixado ao ar livre eram um perigo para qualquer mulher."(1)

Estas teorias eram valorizadas pelo desconhecido que envolvia a gestação e tudo o que se passava na barriga de uma mulher. Na Idade Média acreditava-se no nascimento de "bebés com cabeça de gato, homens com mãos e pés de boi ou com pele de serpente."(1) Muitas destas descrições poderiam derivar de deficiências desconhecidas à altura e que foram passando de boca em boca até aos nossos dias e como quem conta um conto acrescenta um ponto, tomariam proporções alucinantes.

Nos dias que correm as proibições de fazer isto ou aquilo continuam a povoar o imaginário popular e qual é a grávida que nunca ouviu uma dessas proibições ou relatos de coisas que aconteceram com o bebé X ou Y da família ou dos vizinhos do lado.

"Se tem azia, o seu filho vai nascer com muito cabelo" - então o meu vai ser cabeludo de certeza -, "quando a grávida tem a cara feia, é porque está à espera de uma menina"(2)- oh p'ra mim tão linda à espera de um rapaz!


Bibliografia:

(1)AMORIM, Mª João, "Gravidez, mitos e superstições", Pais e Filhos, Agosto de 2002;
(2)"Verdades e mentiras", Superbebés, Maio de 2010, pp. 8 a 12;

domingo, 22 de agosto de 2010

Mais uma ecografia

Ontem fomos fazer mais uma ecografia mas aqui o garoto continua sentadinho. Já não tenho grandes esperanças que se vire, já falta tão pouquinho para terminar o tempo previsto! Mas nunca se sabe, não é?

sexta-feira, 20 de agosto de 2010

Barra da Costa

A pouco gostei de ouvir Barra da Costa, no programa Você na TV, da TVI, falar acerca dos incendiários e dos pirómanos. É um homem que fala sem papas na língua e que não se importa se fere consciências.
Gosto de pessoas assim.

Mais do que discutir meios de combate aos fogos e responsabilidades, é ainda mais importante trancar os culpados. Castigá-los pelo mal que fizeram. Este ano, em que até já houve mortes, muitos danos a registar, pessoas que ficaram sem o sustento da sua vida, quem será responsabilizado? Não se pode apenas pôr os culpados em prisão domiciliária ou num desses regimes abertos em que durante a semana são cidadãos livres, para poderem fazer o que quiserem.

Não temos capacidade para tratar de forma adequada esta questão?

Muito já se poderia ter feito no passado. E, agora, até me estou a lembrar de um outro senhor, Alberto João Jardim que diz não ser a favor da justiça popular, mas se as pessoas defendessem as suas terras destes bandidos... era defesa pessoal, defesa de um património que é de todos nós e para o qual todos pagamos. Bem vistas as coisas...

Mitos na gravidez - parte 1

Esta é uma postagem para as que como eu esperam o primeiro filho (e não só), mães de primeira viagem e que "engravidam pelas orelhas" como se diz na minha terra. Para as que se dividem entre o que diz a vizinha e o que diz a médica assistente, entre o que diz a sogra e o que diz a avó, sem saber para que lado se hão-de virar, em quem acreditar, ou mesmo quando não rir para tentar parecer simpática.

Os mitos são ditos que passam de geração em geração, de boca em boca e podem ser diferentes de terra para terra. Se calhar serão mais usuais nas aldeias pequenas, mas nas cidades também se ouvem embora não tenham um peso tão acrescido. Muitos deles sabemos logo que são fantasias que já têm barbas enquanto que outros nos poderão fazer ficar a ponderar na sua veracidade.

Desde os mais incríveis relatos de acontecimentos algo "sobrenaturais" e inexplicáveis até à influência das fases da Lua, muitos são os mitos que povoam os nove meses que dura habitualmente a gestação. Algumas mulheres ainda acreditam em alguns e seguem à risca ditos e costumes. Mas de onde, na história, nos chegam esses mitos?

"Já ninguém acredita que uma mulher só por comer grandes quantidades de chocolate vai ter um filho negro. Ou que até ovos de galinha podem sair do ventre de uma grávida." Havia ainda quem ponderasse sobre a quantidade de esperma necessário para conceber um bebé perfeito."(1)

Na verdade pouco se sabia do que se passava no interior do corpo humano e a concepção e a gravidez eram um dos maiores mistérios da antiguidade.

E quanto à dúvida de ser rapaz ou rapariga? "Parménides acreditava que a semente masculina e a semente feminina travavam no útero uma luta e a que vencia dava o seu sexo à criança." Para "Hipócrates, médico grego, considerado o pai da medicina (...) o testículo direito gerava rapazes e o esquerdo raparigas, daí que na Grécia antiga muitos homens atassem ou até removessem o testículo esquerdo por forma a terem filhos machos."(1) Tendo em conta a não existência de anestesia, imaginem como era ser mulher naquela altura, se os homens preferiam suportar essas dores a terem uma filha!

Outros ainda se ouvem nos nossos dias: "grávida de um rapaz, a mãe sente-se bem disposta, alegre e bonita" (oh, oh p'ra mim tã linda! eheh), "grávida de uma rapariga, ela está triste, rabujenta, adoentada e pálida", ou até outros como a "observação do ventre materno: a forma arredondada ou a forma pontiaguda é sinal do nascimento de um rapaz... ou rapariga, consoante as opiniões. E depois há o teste do pêndulo."

Aqui ficam apenas alguns dos exemplos que encontrei. Certamente pelo país/mundo fora haverão muitos outros. Convido-vos a partilhá-los e, quanto mais inacreditáveis, melhor!


Bibliografia:

(1)-AMORIM, Mª João, "Gravidez, mitos e superstições", Pais e Filhos, Agosto de 2002

quinta-feira, 19 de agosto de 2010

Obesidade: um risco acrescido na gravidez

Existem várias doenças associadas à obesidade, mas quando a estas se acresce uma gravidez, os riscos aumentam consideravelmente. Um desses riscos é "o aumento da incidência de diabetes e hipertensão arterial, calculado em 3 a 10 vezes superior ao de pessoas não obesas."(1)

Existem diversos problemas associados à obesidade:

- Doença coronária arterial - com risco aumentado para enfartes agudos do miocárdio;
- AVC's;
- Infertilidade;
- Cancro;
- Dislipidémias - alterações do processamento das gorduras corporais;
- Osteoartrite - doença dos ossos e articulações que limita a mobilidade;
- Patologia da Vesícula Biliar;
- Apneia do sono;
- Alterações do estado de saúde mental;
(1)

"A obesidade durante a gestação está associada ao alto índice de mortalidade dos recém-nascidos, além do nascimento de crianças com defeito no tubo neural, que dá origem ao cérebro e à medula,"(2) entre outras possíveis complicações:

- Macrossomia fetal - bebés grandes, com partos potencialmente mais complicados e com mais riscos neo-natais;
- Prematuridade;
- Parto distócito instrumental;
- Infecções urinárias de repetição e Pielonefrite (infecção das vias urinárias superiores);
- Aborto;
- Diabetes permanente - após terminar a gravidez, com ou sem necessidade de insulina.
(1)
"A obesidade é um factor de risco independente para o desenvolvimento de pré-eclampsia" e está igualmente "associada ao aumento da prevalência de doenças respiratórias maternas, como a asma e a apneia do sono, que se podem intensificar durante a gravidez e que, num pequeno número de casos, pela dificuldade de oxigenação, pode ter consequências também no feto."(1)

"Mantém-se ainda alguma controvérsia no que diz respeito ao aumento do risco de defeitos congénitos do feto, estruturais, especialmente do tubo neural (espinha bífida)", embora se ache que "este tipo de defeitos é mais comuns nas mulheres diabéticas sem controlo apropriado prévio à gravidez."(1)

O estreitamento do canal de parto, bem como a macrossomia fetal, podem conduzir a um parto por cesariana. No entanto, "no caso de necessidade de anestesia geral, existe uma maior dificuldade na introdução do tubo necessário para a ventilação, dificuldade no ajuste das dosagens dos fármacos anestésicos e reversão do efeito dos mesmos. No caso de utilização de anestesia loco-regional (epidural) existe uma maior dificuldade no acesso ao local onde se deve introduzir o anestésico."(1)

Apontam-se então três níveis principais de intervenção, nos casos de obesidade na gestante:

- Prevenção Primária - inclui "redução do peso", "através de modificações nos hábitos alimentares e de exercício físico."(1)

- Prevenção Secundária - "deverá ter um acompanhamento especial da sua alimentação, para que não haja um aumento exagerado de peso durante a gestação"(1).
A partir do terceiro mês de gravidez, a mulher deveria ingerir cerca de 2.800 calorias por dia. "Ganhar peso excessivo no período gestacional ou iniciar esse período com sobrepeso são fatores de risco para complicações como diabetes, hipertensão e pré-eclâmpsia, principalmente no final da gestação."(2)

Deverá ainda haver uma "vigilância adequada do bem estar-fetal."(1)
- Prevenção Terciária - "Devem tratar-se eventuais complicações que se desenvolvam durante a gravidez e reavaliá-las após o parto. Um exemplo é a diabetes gestacional,"(1) o qual tem um mecanismo "idêntico ao dos outros tipos de diabetes: tem a ver com a forma como o organismo usa o açúcar (glucose), a nossa principal fonte de energia."(3)



Bibliografia:

(1)-PINHO, João Campos e FERREIRA, José Carlos, "Obesidade e gravidez", Pais e Filhos, Dezembro de 2005;
(2)-http://www.gestantes.net/obesidade-na-gestacao/
(3)-http://medicosdeportugal.saude.sapo.pt/action/2/cnt_id/2738/

Cesariana: recuperar de uma intervenção cirúrgica

Aqui ficam mais algumas informações sobre as Cesarianas, porque acho que é importante pesquisar para tirar dúvidas. Até porque só ao sabermos algumas coisas sobre determinado assunto, é que podemos colocar perguntas fundamentadas, não acham?

Se a Cesariana é uma intervenção cirúrgica simples, isso não significa que não implique riscos e que não necessite de um período de pós-operatório, antes deve ser levada a sério, com cuidados e atenções redobradas tanto para a mamã como para o recém.nascido. Ambos passaram por este processo e terão de ter o seu tempo de recuperação.

"Hoje em dia, a cesariana é uma das operações mais seguras, no campo da obstetrícia."(1)No entanto, tal como já referi, não deixa de ser uma cirurgia e necessita de um período de recuperação normalmente superior ao parto vaginal.

Para maior tranquilidade, "fale com o seu médico sobre a cesariana. Averigúe qual é a frequência de operações que tem o seu obstetra e em que instituição nascerá o seu filho. Analise os riscos e as vantagens de uma hipotética cesariana. Todas estas respostas seguramente lhe darão tranquilidade na hora de aceitar a indicação. Focalize a sua atenção no nascimento do seu filho e não tanto na forma de terminar o parto. Aceite que você não pode controlar tudo, e – o mais importante – não interprete a cesariana como um fracasso."(2)

"Se a evolução pós-operatória é boa, o internamento não deve prolongar-se mais de três dias."(2), Mas tamém poderá permanecer no Hospital entre 5 a 8 dias, dependendo de como evoluir a sua recuperação. Deverá começar a mexer-se o quanto antes, desde que o médico não o desaconselhe. "Quando se levantar, procure caminhar erguida mesmo que seja doloroso. Desta forma, conseguirá activar a circulação sanguínea, que é a melhor maneira de prevenir problemas vasculares e estimular a motilidade intestinal, evitando a obstipação."(1)

Há quem afirme que, "depois da operação, a mãe pode começar a ingerir líquidos após duas ou três horas, e nas 24 horas (ou antes, segundo o critério do obstetra) poderá começar com uma dieta leve. Assim, tentar-se-á que se levante rapidamente com uma faixa elástica, e também poderá tomar um duche."(2) Mas outras opiniões afirmam que apenas poderá começar a beber água nas 12 horas após a cirurgia e "um dia após a intervenção, começará com uma dieta mole, à base de purés, iogurte ou flocos; ao terceiro dia, é possível que já esteja a ingerir uma refeição normal."(1) Deve depender de Hospital para Hospital e até de caso para caso. A força de vontade também deve contar muito, penso eu.

"O tempo de recuperação depende muito do tipo de incisão e da forma de coser do cirurgião. Sentirá repuxar bastante dias e a ferida não estará totalmente cicatrizada senão passados dois meses."(1)

Quanto a amamentar, poderá fazê-lo "embora a subida do leite se produza umas horas mais tarde" do que aconteceria no parto vaginal. "Deverá avisar o médico da sua intensão de dar de mamar, para que ele estabeleça o tratamento adequado, quanto à administração de analgésicos."

Estas foram algumas das respostas que eu encontrei acerca da recuperação de uma Cesariana. Não me parece muito diferente do pós-operatório de qualquer intervenção cirúrgica, salvo a existência de um bebé no meio de todo este processo que necessita de toda a atenção da mamã e, claro, de uma mamã muito ansiosa por poder estar em casa com o novo membro da família e que deseja que tudo corra pelo melhor.

Se tiverem outras experiências nesta área ou quiserem colocar alguma questão/comentário, não se façam rogados/as. Terei todo o prazer em as ler e responder da melhor forma que souber. A cada dia que passa estou a aprender coisas novas e o que me estimula a isso são as vossas visitas e comentários.




Bibliografia:

(1)-"Cesariana: outra forma de vir ao mundo", Anuário 2004, Superbebés;
(2)-http://familia.sapo.pt/gravidez/parto/mae_ideal/825167.html;

quarta-feira, 18 de agosto de 2010

Cesarianas - razões que podem levar a esta opção

A Cesariana é uma outra forma de trazer um bebé ao mundo e várias podem ser as razões para se optar por este método em detrimento do parto "dito" normal, ou vaginal.

Uma das várias razões pode ser a idade da mãe. "Actualmente um número crescente de mulheres têm o seu primeiro filho depois dos 35 anos, sendo mais frequente as gravidezes de risco, os partos múltiplos e até os nascimentos prematuros."(1)

"Actualmente, em Portugal, cerca de 1 a 4 bebés nascem por cesariana",(2) mas existem diversos motivos para que se escolha este tipo de parto:

-"cirurgia uterina pélvica;
-"desproporção pélvico-cefálica;
-"distocias no canal mole do parto - se existem anomalias na vulva, vagina ou colo do útero, que impossibilitem a passagem do bebé por esta via;
-"infecções do canal de parto;
-"necessidade materna ou fetal de terminar com a gravidez - se é necessário antecipar o parto, por razões de saúde da mãe ou do filho, mas as condições para induzir por via vaginal não são favoráveis"(1), por exemplo quando exista "alterações do ritmo cardíaco do feto que, numa pequena percentagem de casos, podem traduzir aporte insuficiente de oxigénio ao bebé."(2)
-"Doença da mãe, que corra o risco de agravar-se durante o parto - se sofre de alguma cardiopatia ou patologia de outro tipo, que possa ver-se agudizada durante o parto;
-"placenta prévia oclusiva - se a placenta está situada à frente do feto, na metade inferior do útero, impedindo a descida do bebé;
-"alguns casos de gestação múltipla."(1)
-"Descolamento da placenta;
-"apresentação pélvica do feto;
-"prolapso do cordão umbilical;(2)

Bibliografia:

(1)-"Cesariana: outra forma de vir ao mundo" - Anuário, 2004, Superbebés (pp.68 a 70);
(2)-BERNARDO, Ana, "Cesarianas: abrir e fechar quantas vezes?", Pais e Filhos, Outubro de 2005;

Tanta mexidela!

Hoje o meu baby está farto de se mexer. Anda numa "rave" como há vários dias não fazia. Só espero que com tantas "voltas" ele se coloque em posição cefálica, senão lá serei uma bela candidata a Cesariana.

Sábado à tarde vamos a mais uma ecografia para ver a posição aqui do homenzinho, mas não sei se nestes poucos dias que faltam ele se vai virar.

Ainda não tenho tudo pronto para o receber - a cama ainda não chegou, a cómoda só vem lá para o final do mês - por isso, só espero que ele não se apresse, mas também me parece que isso não vá acontecer tão cedo por aqui.

Estando em casa, tenho aproveitado para pôr as leituras em dia, visitar outros blogues (principalmente para absorver tudo o que útil me podem ensinar), escrever nos meus blogues, fazer ponto cruz, ver muita televisão... o descanso está a fazer-me bem.

terça-feira, 17 de agosto de 2010

Cartoon

Este é um Cartoon que "roubei" do blog: http://raim.blogspot.com/

Também só me apetece chamar nomes nada bonitos aos senhores responsáveis pela aquisição dos belos dos submarinos, mas os meios que os bombeiros ainda estão à espera, encalharam nas águas muito profundas da burocracia... sem comentários.

Os movimentos fetais

O bebé cresce dentro da barriga da mãe e rapidamente começa a fazer sentir a sua presença, a lançar sinais de que está ali e de que é gente.

"Os primeiros movimentos perceptíveis marcam o início de uma longa conversa entre mãe e bebé. Uma conversa que às vezes pode ser engraçada quando a barriga começa a mexer-se sozinha."(1) Ficamos (eu fico) longos períodos a olhar embevecidas para a barriga, à espera que ela volte a mexer-se. Puxamos a mão do pai para ele tocar a barriga e sentir aquela sensação de que o filho está ali e se está a manifestar. Mas cá no fundo, sabemos que aquele é um momento nosso, privilegiadas que já temos uma relação com este bebé.

Quem já teve esta sensação sabe que é mágica, uma sensação de entendimento. Percepcionamos que ali há uma vida a crescer, tomamos consciência plena da sua existência e da sua vitalidade. Começa por ser apenas uma leve impressão, que nem sempre sabemos identificar como movimentos fetais. O bebé já se mexe desde as 9 semanas, mas provavelmente só muito mais tarde o sentiremos. Cerca das 12 semanas, os seus músculos, ossos e articulações já lhe "permitem realizar movimentos espontâneos com todo o corpo."(2)

"É muito variável, de mulher para mulher e de gravidez para gravidez, mas algures entre as 16 e as 22 semanas é quando é natural sentir os primeiros movimentos do bebé."(1)

No início da gravidez, sentiremos o bebé de forma "irregular" e até, podemos "sentir os soluços do bebé."
"Num dia podem notar-se várias vezes e no outro nem uma única."(1)

Em contrapartida, no "último trimestre, convém prestar alguma atenção à sua regularidade e avisar o médico na caso de sentir um decréscimo significativo de movimentos. No final do tempo de gestação, é aconselhável verificar diariamente se o bebé está a movimentar-se normalmente."

"Mesmo no final da gravidez, a partir das 38, 39 semanas, é normal notar uma redução dos movimentos, pois o bebé já tem muito pouco espaço. No entanto, mais do que nunca é conveniente estar atenta."(1)


Bibliografia:

(1)-"Movimentos fetais", Pais e Filhos, Julho de 2006, pp 18 e 19;
(2)-"Assim cresce o seu bebé", Anuário 2004, Superbebés;

domingo, 15 de agosto de 2010

Contagem dos movimentos fetais

Pois é. Esta semana entrámos numa nova tarefa. Aqui a je pensou que ia ser facílimo, afinal o miúdo farta-se de mexer, não é?
Pois, era.
Agora ando a contar um a um cada mexidela, a maioria quase nem as sinto. E o pior é que durante o período que é suposto fazer a dita contagem ele está sossegado, mas depois de jantar e quando já estou na cama mexe-se imenso. Deixa-me mais descansada, porque assim sei que está tudo bem, mas também me deixa frustrada. Tenho conseguido as 10 mexidelas diárias para a contagem, mas isto assim não me parece bem. A mim não se adapta e ter de fazer isto até ao final da gravidez está a deixar-me ansiosa.

Ontem fomos a beach. Fartei-me de andar dentro de água, contra a corrente que enchia a lagoa. Acho que não era muito indicado, por causa da contractilidade, mas soube-me muito bem e a verdade é que contrações nada. Até têm vindo a diminuir desde há uns dias para cá.

O rebentinho é que ainda está sentado. Sinto-o bastante bem, não é preciso eco nenhuma. Vou ter de marcar mais uma para verificar se se virou, mas isso ainda não aconteceu. Entretanto a minha médica assistente foi de férias e volta em principios de Setembro. Provavelmente a tempo de me ver uma última vez ainda de barriguinha. Dia 25 tenho consulta mas é com outra médica, vamos ver como corre.

sábado, 14 de agosto de 2010

Amamentação - reduz o risco de diabetes

"As mães que amamentam os filhos reduzem consideravelmente as suas hipóteses de vir a contrair diabetes mais tarde na vida."(1)

Hum, cá está uma notícia interessante, pois a Diabetes é uma doença que deixa muitas sequelas na vida de cada doente. Havendo dois tipos principais de diabetes, as consequências podem ser graves se não houver um controlo apertado da doença.

A "Diabetes mellitus é uma doença metabólica caracterizada por um aumento anormal da açucar ou açúcar no sangue. A glicose é a principal fonte de energia do organismo, mas quando em excesso, pode trazer várias complicações à saúde. Quando não tratada adequadamente, causa doenças tais como enfarte do miocárdio, derrame cerebral, insuficiência renal, problemas visuais e lesões de difícil cicatrização, bem como outras complicações."(2)


"E quanto mais tempo amamentarem, mais estarão a reduzir este risco."(1) Mas o que é que a amamentação tem a ver com a diabetes, pergunto eu?

Isto pode acontecer porque "durante o período de amamentação gasta-se em média 500 calorias por dia, o equivalente a uma corrida de cerca de oito quilómetros, para a produção de leite. A energia adicional requerida pela lactação está associada directamente às mudanças de curto prazo na insulina e glicose."(3)
"Amamentar até aos 12 meses do bebé é reduzir em cerca de 15% o risco de contrair diabetes tipo II. E amamentar 2 filhos até aos 12 meses é reduzir em um terço esse risco."(1)



Bibliografia:

(1)-"Amamentar reduz os riscos de diabetes", Pais e Filhos, Janeiro de 2006, p.18;
(2)-http://pt.wikipedia.org/wiki/Diabetes_mellitus
(3)-http://cliquesaude.com.br/amamentar-reduz-o-risco-de-diabetes-461.html

Hipertensão na Grávida

"A Tensão Arterial é o resultado da força exercida pelo sangue contra a parede das artérias." O seu valor máximo corresponde à contracção do músculo cardíaco durante o batimento e chama-se TA sistólica, enquanto o valor mínimo, diastólica, corresponde ao relaxamento do coração entre os batimentos sendo esses valores diferentes se estamos em stress ou actividade física, ou se pelo contrário estamos em repouso.

A Hipertensão é quando esses valores ultrapassam de forma persistente os 140/90 mmHg.

A hipertensão arterial associada à gravidez obriga a uma vigilância pré-natal mais apertada de forma a mais precocemente se diagnosticar complicações. No entanto, as complicações mais graves e que podem colocar em risco a mãe e o feto são consideradas raras, pese embora não devam ser descuradas. Segundo o Prof. Belmiro Patrício, coordenador do 1º estudo de Hipertensão na grávida (em 2005, em 47 maternidades portuguesas), "a hipertensão durante a gravidez é causa de morbilidade e de mortalidade materna e fetal, quer de forma directa, quer indirecta, pela prematuridade e restrição de crescimento fetal que implica."(2)

"Durante a gravidez, os valores de TA habituais descem, particularmente a partir das 12 semanas, para voltar a subir durante o último trimestre. Esta descida é fisiológica" ocorrendo também "se a grávida tem hipertensão prévia à gravidez."(1)

Podem existir 2 tipos de Hipertensão durante a gravidez:

- A induzida pela Gravidez - que surge habitualmente na 2ª metade da gestação e desaparece algum tempo após o parto. Esta pode levar nas situações mais graves ao compromisso de todo o organismo, podendo também conduzir a pré-eclampsia "reflectindo o compromisso renal com aparecimento de proteínas na urina."(1)

- A crónica - é prévia à gravidez e persiste durante a mesma.

"Quando a hipertensão surge nas últimas semanas de gestação, sem proteinúria (perda de proteínas na urina), a gravidez pode prosseguir com baixo risco matero ou fetal."(1)
Bibliografia:

(1)-LEITE, Cristina, "Quando a hipertensão complica a gravidez", Pais e Filhos, Junho de 2007;
(2)-"Quase 6% das grávidas são hipertensas". Superbebés, Agosto de 2006;

sexta-feira, 13 de agosto de 2010

Amamentação - Alguns conceitos e dicas

Certamente que muitas mamãs têm muita coisa a acrescentar nesta postagem. Eu sou inexperiente nestas andanças, mas quero muito, muito mesmo, devorar tudo o que possa aprender acerca deste tema para depois aplicar quando o meu M. vier ao mundo. Dúvidas? Tenho muitas e muitas vou manter até que as situações ou os problemas surjam. Só aí poderei perceber como será a minha reacção a cada uma delas.

Já tenho algumas gotinhas de leite que de vez em quando espreitam do meu peito. É normal, mas não convém estimular a sua produção com massagens no peito, uma vez que a saída de leite estimula a sua produção o que por sua vez estimula a contractilidade uterina. É o meu corpo a preparar-se para o grande dia que aí vem, para que quando o M. nascer eu estar pronta para lhe dar o meu afecto e dar-lhe de mamar como tanto desejo.

A hormona que ajuda o leite a fluir é a ocitocina.

"É raríssimo uma mulher não ter leite ou ter leite insuficiente. A essa condição dá-se o nome de hipogalactia e as causas podem ser hipotiroidismo não tratado, retenção da placenta, ausência de tecido mamário ou uma cirurgia de redução mamária."(1) Por outro lado, a "hipertensão ou a pré-eclampsia não condicionam a amamentação." (2)

Embora alguns medicamentos possam passar para o bebé durante a amamentação, no caso da hipertensão, "a medicação habitualmente utilizada não impede a amamentação. Caso ocorra um parto prematuro o bebé pode necessitar de cuidados especiais, não ficando com a mãe. Nestas condições pode ser feita estimulação da lactação, sendo o leite removido com bomba e utilizado para alimentar o recém-nascido até este poder mamar."(2)

O leite que produzimos é o melhor para o recém-nascido e todas as mães, excluindo as retratadas nos casos anteriores, podem dar de mamar. "O que pode acontecer é que o processo de adaptação do bebé à mama não é eficaz. Ou seja, o bebé faz uma má pega e não estimula a produção de leite."(1)

"Se o bebé não pega bem na mama, não consegue tirar o leite suficiente, cansa-se, desiste
e em pouco tempo começa a chorar porque tem fome. Para garantir uma sucção eficaz, o bebé deve ter a boca bem aberta, o lábio inferior virado para fora, agarrar a auréola quase toda e não só o mamilo, tocar com o queixo na mama."(1)

"Como é opaca e misteriosa, é natural que surjam dúvidas, inseguranças, que se questione se a quantidade de leite que o bebé mama corresponde às suas necessidades."(1)

"Mas basta estar atenta aos sinais do bebé e aprender a conhecer o próprio corpo para perceber que o leite está lá," e que essa quantidade também é a adequada. "O estômago de um recém-nascido é muito pequeno e a quantidade de colostro que a mãe produz nos primeiros dias de vida do bebé é a ideal para o satisfazer."(1) Depois essa quantidade, bem como as propriedades do leite vão-se alterando consoante as necessidades do bebé.

"Se o bebé aumenta de peso, em média 500 gramas mensais nos primeiros meses de vida (após ter recuperado o seu peso de nascença, o que pode demorar cerca de 3 semanas), se faz vários chichis durante o dia, se está esperto e não prostrado, se lhe é oferecida mama entre 8 a 12 vezes por dia durante os primeiros meses, então é sinal de que o bebé recebe leite suficiente."(1)

O bebé, por instinto, ao se aproximar o peito da sua boca, suga. O mesmo tende a fazer quando lhe aproximamos um dedo da boca, a chucha ou uma tetina. É um reflexo que ele já aprendeu no ventre quando experimentou chuchar no seu próprio dedo. Este é o imício de uma simbiose explêndida, uma vez que "a produção de leite estimula-se através da sucção: quanto mais o bebé mama, maior é a abundância de leite." (3)

"Quando o bebé não quer mais leite, larga a mama espontaneamente."(1)

É também muito importante não deixar o bebé adormecer à mama. Isto sucede porque o leite é rico em endorfinas que acalmam o bebé, mas deve-se acordar o bebé novamente para que ele se alimente correctamente. A duração das mamadas também não é importante em si, uma vez que "há bebés que comem muito depressa e outros que demoram mais."(3)


Bibliografia:

(1)-LAMÚRIAS, Patrícia, "O meu leite é bom?", Pais e Filhos, Abril de 2010;
(2)-LEITE, Cristina, "Quando a hipertensão complica a gravidez", Pais e Filhos, Junho de 2007;
(3)-"Crianças que mamam crescem mais saudáveis", Superbebés, Agosto de 2006;

Amamentação - o melhor para o bebé!

Ainda esta semana nas aulas de preparação falámos abertamente acerca do parto e da amamentação. Eu gostava de amamentar o meu filho até o poder fazer, pelos benefícios que esse acto pode trazer para ambos, seja no seu crescimento como na proximidade mãe-filho que dar de mamar traz, conduzindo a uma vinculação importante para ambos. "A amamentação permite uma simbiose que pode ser tão equilibrada quanto os nove meses que precederam o nascimento."(1) Mas amamentar traz-me dúvidas a mim como a outras mães, principalmente as de chamada "primeira viagem". Como começar? O que fazer? O meu leite alimentará bem o meu bebé? Conseguirei dar de mamar?

"Antes do seu bebé nascer, fale com o obstetra ou com a parteira e peça-lhes que o coloquem no seu colo logo após ele vir ao mundo. Nada será mais gratificante para ambos. O instinto do recém-nascido leva-lo-á a procurar o peito: dê-lho sem hesitações. Na realidade, esta será a melhor maneira de lhe dar as boas-vindas."(2)

Para quem tem dúvidas, temos de pensar em primeiro lugar que este é o alimento mais adequado para o bebé, uma vez que "responde às suas necessidades específicas de desenvolvimento", possuindo ainda "qualidades que incidem directamente na saúde dos bebés: protege contra a anemia - o índice de ferro é 20 vezes superior ao do leite de vaca - e reduz o risco de contrair alergias, infecções respiratórias e gastroenterites."(2)

Mas amamentar, embora possa trazer algumas complicações que poderão ser dolorosas e desconfortáveis para a mãe - não tenhamos ilusões - traz-lhe também outros benefícios, quando com ajuda a mãe consegue encontrar solução para os problemas que possam surgir. Se o leite subir, o que pode acontecer no 2º ou 3º dia pós-parto, a mãe poderá massajar o peito dolorido de forma a ajudar o leite a sair, bem como utilizar "uma bomba e guardá-lo no frigorífico" para dar mais tarde ao bebé se assim o desejar. O leite materno pode ser armazendo e utilizado mais tarde, uma vez que este se conserva "muito bem, graças aos glóbulos brancos e às defesas que destroem os possíveis gérmens."(2)

Outro dos benefícios para a mulher é que o leite permite a contractilidade uterina o que ajuda a mulher a retomar o seu volume e peso normais, bem como implica "um gasto de calorias importante."
"Em geral, durante a gravidez, costumam acumular-se 2 a 4 Quilos a mais. Esta reserva de gordura é muito útil, quando chega a altura de dar de mamar."(2)

É de lamentar que as dúvidas sobre a qualidade e a quantidade do leite sejam uma das razões que levam ao abandono precoce da amamentação."(3)

"Pedir ajuda não é uma vergonha e um pequeno pormenor pode fazer uma enorme diferença."(1)
A registar:

SOS Amamentação - 213880915 / 934169466

... e ainda, passem uma vista de olhos neste post:
Alimentar o bebé fora de casa, em: http://acegonhacorderosa.blogspot.com/



Biblografia:

(1)-ESTEVES, Ana, "Os primeiros dias de uma mãe", Pais e Filhos, Junho de 2007;
(2)-"Crianças que mamam, crescem mais saudáveis", Superbebés, Agosto de 2006;
(3)-LAMÚRIAS, Patrícia, "O meu leite é bom?", Pais e Filhos, Abril de 2010;

Gravidez-hábitos nocivos a evitar - parte 3

Fumar traz muitos riscos tanto para a mãe como para o bebé:

- Gravidez ectópica - "ocorre quando o ovo fertilizado se implanta fora da cavidade uterina. Conforme a gravidez se desenvolve causa dores e sangramento. Se não for tratada rapidamente pode romper a trompa e causar sangramento abdominal que pode levar ao colapso cardiovascular e morte da mãe."(1)
- Infertilidade;
- Aborto espontâneo/Morte "in útero";
- Parto pré-termo;
- Rotura prematura das membranas;
- Baixo peso ao nascer;
- Placenta prévia - "acontece quando a placenta se implanta no colo do útero, isto é, no fundo do útero. É caracterizada por um sangramento vaginal indolor nas últimas 12 semanas de gestação, mas pode acontecer antes. O posicionamento inadequado da placenta provoca hemorragia, afetando a oxigenação do bebé, colocando-o em perigo."(2)
- Descolamento da Placenta - "em que ocorre separação inopinada, intempestiva e prematura da placenta, normalmente inserta após a vigésima ou vigésima primeira semana de gestação. Gera alterações fisiopatológicas uterinas, decoagulação, renais e hipofisárias."(3)
- Defeitos genéticos: fenda labial e palatina (por exemplo);
- Doença periodontal na grávida. (4)

Depois do Nascimento:

- Síndrome de morte súbita;
- Asma;
- Insuficiência respiratória;
- Baixa estatura;
- Diminuição do QI;
- Deficit na percepção auditiva e no desenvolvimento da linguagem;
- Hiperactividade, deficit de atenção e impulsividade. (4)

Tendo em conta os malefícios do tabaco, muitas grávidas tentam deixar de fumar, mas isso nem sempre é fácil, devido ao elevado grau de dependência que este causa. Existem alguns sintomas de privação a ter em conta e que dificultam o processo: "desejo, ansiedade, insónias, tosse produtiva, tremores das extremidades, cefaleias, fadiga, distúrbios gastro-intestinais, entre outros."(5)

Para lidar de uma forma positiva com estes sintomas, poderá optar por:
-"aumentar a ingestão de fruta, legumes verdes, sumos naturais e leite;"
-"evitar a cafeína;"
-"aumentar os períodos de descanso;"
-"fazer exercício físico;" (5)

Por outro lado, a privação poderá conduzir a períodos depressivos. Se isto acontecer deverá aconselhar-se "com o seu médico assistente."(5)

O importante é lembrar-se que deixar de fumar é algo que se não quiser fazer pos si, poderá fazê-lo pela saúde do seu bebé, poupando-o a grande sofrimento tanto dentro do seu útero, como pós-nascimento.


Bibliografia:
(1)-http://www.multikulti.org.uk/pt/health/ectopic-pregnancy/;
(2)-http://guiadobebe.uol.com.br/gestantes/placenta_previa.htm;
(3)-http://pt.wikipedia.org/wiki/Descolamento_prematuro_da_placenta;
(4)-"Perigos a evitar na gravidez", Pais e Filhos, Junho de 2002;
(5)-"Grávida e fumadora", Pais e Filhos, Setembro de 2006;

quinta-feira, 12 de agosto de 2010

Gravidez-hábitos nocivos a evitar - parte 2

O tabaco é um dos hábitos que deve ser evitado durante a gravidez e, também benéfico seria, antes da própria concepção. Numa sociedade onde fumar é um comportamento aceite, o acto de fumar na gravidez ou de estar próximo a fumadores ou num ambiente de fumo é por certo nocivo tanto para a mãe como para o próprio feto. "Doenças malignas (do pulmão, da laringe, do colo do útero, da mama...) e cardiovasculares (hipertensão, enfarte do miocárdio, AVC)"são comuns em fumadores. "Na mulher grávida, estes efeitos são ainda mais marcados por diversas razões: o coração necessita de bombear uma maior quantidade de sangue, há uma menor resistência a doenças e, ainda, uma menor capacidade de o pulmão filtrar os tóxicos inalados."(1)

"Fumar não faz só mal à futura mãe, tornando-a mais propensa à bronquite crónica, à sinusite, à dispneia, como reduz a sua capacidade física que deve manter-se durante toda a gravidez e, em particular, no parto."(2)

Mas o tabaco deverá também ser evitado no pós-parto, uma vez que "a exposição ao fumo do tabaco durante os primeiros meses de vida aumenta drasticamente o risco de uma criança desenvolver rinite alérgica. É essa a conclusão de um estudo realizado na Universidade de Cincinnati e publicado no mais recente número da revista Pediatric Allergy and Immunology."(3)

"Os pulmões e sistema imunitário de um bebé estão ainda em desenvolvimento durante o primeiro ano e respirar regularmente as partículas de fumo que ficam no ar, pode conduzir ao desenvolvimento de problemas alérgicos, como a rinite e mesmo a asma."(3)

Bibliografia:

(1)-"Perigos a evitar na gravidez" - Pais e Filhos, Junho de 2002;
(2)-"Grávida e Fumadora" - Pais e Filhos, Setembro de 2006;
(3)-"Tabaco aumenta o risco de rinite alérgica" - Pais e Filhos, Julho de 2006;

quarta-feira, 11 de agosto de 2010

Alimentação Saudável - Parte 3

Em continuação do que foi falado nas postagens anteriores sobre este tema, existem ainda alguns itens a abordar.

"A influência da alimentação da mãe sobre a saúde do seu futuro filho é um facto inquestionável: hoje, sabemos que a ausência de certos nutrientes no feto pode ser causa directa de mal-formações congénitas, como a espinha bífida ou o baixo peso à nascença."(1)

Uma conclusão tirada por investigadores da Universidade de Southampton, que avaliaram a espessura das paredes das artérias de 200 crianças é que "uma alimentação com défice de calorias pode dar origem, no futuro, a problemas nas artérias do bebé."(2) Isto significa que quanto menor for o aporte calórico da dieta da mãe, mais espessas seriam as paredes arteriais dos filhos, o que aumenta os riscos de formação de coágulos e de ateroesclerose no futuro. Para uma grávida a dieta deve conter 2500 calorias diárias.

"Além de manter o crescimento do feto, a grávida tem de:

- atender às suas exigências habituais de energia para realizar as tarefas quotidianas;
- sintetizar tecidos novos - a placenta, o útero e as mamas em crescimento - bem como possiblitar a formação do líquido amniótico e um maior volume de sangue;
- constituir uma reserva de energia, que se armazenará sob a forma de gordura, principalmente nas coxas, ancas e mamas. (...)as hormonas da gravidez são responsáveis por um bom número de adaptações metabólicas, que afectam o aproveitamento dos açucares da dieta, as gorduras e as proteínas, bem como o aumento da absorção de minerais indispensáveis, como o cálcio e o ferro."(1)

A falta de cálcio pode levar "a sofrer de osteoporose em fases mais avançadas da vida", bem como de "hipertensão, durante a gravidez." Assim como, "a falta de ferro, pode levar a mãe a ter anemia, elevando "as probabilidades de parto prematuro e de baixo peso à nascença."(1)

Também é muito importante não esquecer que "é importante ter uma alimentação variada e equilibrada. É através de si que o seu filho receberá aquilo de que necessita para crescer e desenvolver-se."(3)
"Mas tome atenção: a mãe não precisa de comer por dois! Coma em qualidade e não em quantidade! Deve alimentar-se várias vezes ao dia e pouco de cada vez, procurando fazer refeições pequenas e com intervalos regulares."(3)
"Fale com o médico que a acompanha para saber qual o aumento de peso aconselhado para si durante a gravidez."(3)

"Deve evitar comer doces, fritos e beber sumos refrigerantes."(3)
"Há doenças, como a toxoplasmose, que se transmitem através dos alimentos mal lavados e mal cozinhados, entre outras formas de contaminação. Fale com o seu médico para saber se é, ou não, imune à toxoplasmose e outras doenças que podem implicar riscos para o bebé."(3)


Bibliografia:

(1)-Anuário-2004, Superbebés;
(2)-Pais e Filhos, Setembro de 2006;
(3)-http://www.portaldasaude.pt/portal

terça-feira, 10 de agosto de 2010

Gravidez-hábitos nocivos a evitar - parte1

Para que a gravidez corra da melhor forma possível existem alguns cuidados a ter em conta, como o descanso, a alimentação, a preparação para o parto, o ambiente familiar saudável, mas em alguns casos esta preparação passa por acabar com alguns hábitos nocivos tais como o consumo de álcool, tabaco ou drogas.

Consumo de drogas:

Existem diversas drogas que causam dependência e que afectam a saúde do consumidor em geral, mas da grávida e do feto em particular. São exemplos de drogas não apenas os opiáceos (como a heroína), a cocaína ou as anfetaminas, mas também o tabaco, o álcool e os próprios medicamentos.

As mulheres grávidas que consomem drogas "estão em muito maior risco de contrair infecções e doenças graves, tais como desnutrição, infecção pelo vírus da SIDA e da Hepatite, tuberculose, doenças de transmissão sexual, entre outras. Isto deve-se à sua menor resistência física e ao facto de descurarem hábitos de higiene e prevenção."(1)

Por outro lado, "a instabilidade psico-afectiva, os sentimentos de culpa e a baixa auto-estima frequentes nestas mulheres determinam uma vivência problemática da gestação e do parto, com reflexos negativos para o recém-nascido e para a família mais próxima."(1) "Estudos constataram que pelo menos 70 por cento das mulheres consumidoras de drogas, foram abusadas sexualmente com idade inferior a dezesseis anos. A maioria destas mulheres teve pelo menos um progenitor que abusou de álcool ou drogas."(2)

Assim, tendo em conta esta instabilidade e as doenças associadas ao consumo destes produtos, os riscos para a saúde associados ao abuso de drogas afecta as mães...
* Má nutrição
* Pressão arterial elevada
* Batimento cardíaco rápido
* Baixo ganho de peso
* Baixa auto-estima
* Doenças Sexualmente Transmissíveis
* Parto Prematuro
* O HIV / AIDS
* Depressão
* Abuso físico

... e os bebés:
* Prematuridade
* Baixo peso ao nascer
* Infecções
* Cabeça pequena
* Síndrome de morte súbita do lactente
* Defeitos Congênitos
* O crescimento atrofiado
* Pobres habilidades motoras
* O HIV / AIDS
* Deficiência de Aprendizagem
* Problemas neurológicos

Bibliografia:
(1)-SANTOS, Antónia, Perigos a evitar na Gravidez, Pais e Filhos, Junho de 2002;
(2)-http://gravidez.awardspace.com/gravidez-e-drogas.html

Bombeiros de Luto... mais uma morte a lamentar

Lamentamos mais uma morte de um bombeiro durante o combate às chamas, bem como de um ferido grave.

Os Bombeiros da Lourosa estão de luto pela morte de um dos seus homens.

Estou a acompanhar a notícia na televisão e em http://bombeirosparasempre.blogspot.com/

Actualização:

Afinal, lamentamos a morte de uma voluntária dos Bombeiros de Lourosa, que vão continuar no terreno a combater as chamas para "vingarem" a morte da sua colega. Há ainda a lamentar um ferido grave e quatro ligeiros.

segunda-feira, 9 de agosto de 2010

Bombeiros de luto













Este não é um blog sobre Bombeiros.

No entanto, quero aqui deixar uma palavra de conforto para com as Famílias e colegas dos Bombeiros que este ano perderam a vida no combate aos fogos florestais. Vida por vida... é uma frase muito injusta não é? Não deveríamos nós bombeiros criar uma nova frase, mais justa? E não deveriam estes homens e mulheres ser mais considerados e respeitados em Portugal? Heróis? Alguns... apenas os mortos. Os outros são pessoas com vidas normais, com uma paixão cega por uma causa, que saem a qualquer hora para ajudar quem precisa, para muitas vezes serem acusados de falta de profissionalismo. Existem? Claro que sim como em todas as áreas. Deveriam sim ter mais formação, ter ordenados melhores para não serem bombeiros-em-part-time... Seria bem melhor... mas afinal, este não é um blog sobre Bombeiros, mas sobre educação. E eu vejo muitas crianças de olhos a brilhar e a desejarem um dia ser como os seus heróis.

Acabei de ouvir na rádio e corri para casa para tentar perceber o que se tinha passado. Mais um?

Faleceu o sub-chefe João Pombo, dos Bombeiros de Alcobaça.
Para já, aqui fica a notícia:
(http://www.publico.pt/Sociedade/bombeiro-morre-em-acidente-de-viacao-durante-combate-a-incendio-em-sao-pedro-do-sul_1450630)
Um bombeiro morreu e outro ficou ferido, com uma fractura num braço, num acidente de viação que envolveu a viatura da corporação de Alcobaça em que seguiam e que participava nas operações de combate ao incêndio que lavra há quatro dias em São Pedro do Sul.
Segundo ouvi agora na Sic Notícias, em mais uma entrevista com Duarte Caldeira, este ano temos tido um número crescente de incêndios.
Como sabem todos os que são bombeiros, a adrenalina é muita quando saímos para fogo, mas com o cansaço, o calor e a fome esta esbate-se, tornando-nos mais susceptíveis a acidentes. Muitas vezes, só após várias horas de estar cercados de floresta, chega algo para comer, nem sempre suficiente. Muitas vezes os próprios bombeiros não sabem alimentar-se da melhor forma, não se hidratando bem e esse também devia ser um assunto que os comandos deveriam ter em conta na formação dos seus homens. O problema muitas vezes é alterar mentalidades.
Estes homens e mulheres deixam as suas casas e as suas famílias, muitos em alguns pontos do país faltam ao trabalho e já lá vai o tempo onde "ir para fogo" era uma justificação válida para uma falta. Os que recebem, que não são todos, atenção, trabalham horas a fio, 24, 36, 48... sem descanso, a menos de 2€ por hora. Corrijam-me os que ganham mais, ficarei muito contente por estar enganada.

Mas aqui ficam outras notícias para as quais não devemos ficar indiferentes:
(http://www.cmjornal.xl.pt/detalhe/noticias/nacional/actualidade/bombeiro-morre-apos-semana-de-combate-a-fogo)

Bombeiro morre após semana de combate a fogo

Depois de uma semana de trabalho intenso a combater as chamas, em Fafe, os Bombeiros Voluntários de Cabo Ruivo, de Lisboa, sofreram ontem um trágico acidente, na A1, quando regressavam a casa. O capotamento de um camião de combate a incêndios causou a morte do segundo comandante e feriu mais cinco elementos da corporação. A violência foi tal que a viatura ficou partida ao meio. O camião de combate a incêndios era conduzido por Carlos Santos, de 43 anos, que faleceu no local. Circulava no sentido Norte-Sul, na Mealhada, quando entrou em despiste na sequência do rebentamento de um pneu. Embateu no talude e capotou. Todas as vítimas foram projectadas para o exterior do veículo. O corpo de Carlos Santos encontrava-se a cerca de 50 metros dos destroços.

"Depois de uma semana de tanto trabalho olha no que deu...", comentava um dos companheiros das vítimas, perante os destroços. A violência do desastre chocou os habitantes de Sepins, aldeia próxima da A1. "Só se via poeira e pedaços do carro pelos ares", descreveu uma moradora que foi alertada por um "enorme estrondo". Quatro dos feridos estão internados nos Hospitais da Universidade de Coimbra. Não correm risco de vida, embora um inspire mais cuidados por apresentar traumatismo craniano e torácico. A quinta vítima foi levada para o Centro Hospitalar de Coimbra e encontra-se fora de perigo.

Segundo o CM apurou junto de alguns colegas das vítimas, os Bombeiros de Cabo Ruivo estavam desde terça-feira no Norte do País. A equipa que ontem teve o acidente tinha ido na sexta-feira, cerca da meia-noite. Esperaram por Carlos Santos, que é segurança e que tinha saído uma hora antes. Ontem, regressavam para serem rendidos por outra equipa.
Mais palavras para quê?