Chora, grita, esbraceja.
Grita, transpira... abraço-o e está completamente encharcado.
Acalmo-o, mas ele não acorda daquele estado de medo, chora compulsivamente. Mesmo com a luz acesa, de olhos bem abertos, grita e esbraceja, ainda tentando afugentar o pesadelo.
Quando acorda, parece ainda não saber distinguir a realidade do sonho e volta a adormecer, em cima de mim, a soluçar.
Mas não o queria apenas proteger. Se o pudesse fazer, ia lá ao sonho dele e dava uma vassourada nos monstros maus que o assustaram!
(Elsa Filipe)