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terça-feira, 31 de julho de 2012

O seu filho é uma boa pessoa!

Hoje estou de voluntário aqui nos bombeiros e aproveito as horas mortas para completar o curso de e-learning que estou a fazer e para ver os meus emails- Enquanto passava por mensagens já algo antigas, revi uma que tinha guardado para ler mais tarde. É sobre um excerto de um livro. Fiquei com vontade de o ler...

Conhecem o Dr Carlos Gonzalez? Já me tinham falado dele em diversas ocasiões, mas nunca li o livro dele. Partilharam comigo um excerto do livro “Besame Mucho” do Dr. Carlos González. Adorei e vou agora partilhar convosco. Depois digam lá que ele não tem uma perspetiva interessante do crescimento, dos afetos e da relação mãe-bebé?

"O seu filho é uma boa pessoa
... de facto, não sei para que serviria ter filhos, se não pudéssemos confiar neles.
CHARLES DICKENS, Nicholas Nickleby
Muitos especialistas, provavelmente bem-intencionados, falam-nos dos problemas comportamentais das crianças. Existem problemas de alimentação, problemas de sono, ciúmes, violência, egoísmo... Toda a gente nos fala dos problemas dos nossos filhos, como detectá-los, como preveni-los ou como solucioná-los, de como nos «manipulam» e a razão por que é preciso estabelecer limites. Ninguém nos lembra que os nossos filhos são boas pessoas. E são-no. Têm forçosamente de o ser. Nenhuma espécie animal poderia sobreviver se os seus indivíduos não nascessem com a capacidade de adquirir o comportamento normal dos adultos e com a tendência para o fazer. Não é necessário muito esforço para ensinar um leão a comer carne e uma andorinha a voar para África. O que é difícil, o que requer métodos de educação absolutamente aberrantes, seria conseguir um leão vegetariano e uma andorinha que não emigrasse. A imensa maioria dos recém-nascidos, quando criados adequadamente (isto é, com amor, respeito e contacto físico), serão crianças normais e, mais tarde, adultos normais. O ser humano é um animal social e, por isso, a capacidade para amar e ser amado, respeitar e ser respeitado, ajudar os outros e obter ajuda dos outros membros do grupo, compreender e respeitar normas sociais (em resumo, ser uma boa pessoa) são aspectos normais da nossa personalidade. A educação esmerada, a religião ou a lei podem dar-nos outras coisas; mas não são imprescindíveis para se conseguir ser uma boa pessoa. Os nossos antepassados, sem dúvida, já eram boas pessoas quando viviam em grutas, do mesmo modo que as galinhas são «boas galinhas» sem necessidade de escola ou de polícia.

E alguém arisca comentar?

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