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sábado, 14 de novembro de 2009

Dia Mundial do Diabetes

Muitas pessoas vivem com esta doença, incluindo centenas de crianças por todo o mundo.

A diabetes é uma doença caracterizada pela incapacidade do organismo produzir insulina, ou de utilizá-la adequadamente, e pela presença de concentrações elevadas de glicose no sangue, uma vez que a insulina é a "chave" que abre a "porta" por onde a glicose entra nas células. Se houver falta de insulina, a glicose permanece no sangue em vez de fornecer energia às células.


Diabetes tipo 1 - que é causada pela destruição das células do pâncreas que produzem a insulina. Manifesta-se habitualmente antes dos 30 anos de idade mas pode ocorrer em qualquer idade.
Diabetes tipo 2 - é muito mais frequente e representa cerca de 90-95% de todos os casos de diabetes a nível mundial. Esta forma de diabetes ocorre quase inteiramente em adultos e resulta da incapacidade do organismo em responder à acção da insulina.

Doenças e complicações relacionadas com a diabetes:

A diabetes tipo 2 pode conduzir a diversas complicações que podem resultar em incapacidade permanente ou morte, entre as quais:

- Doenças cardiovasculares;

- Lesões renais;

- Lesões neurológicas;

- Doenças oculares e cegueira;

- Doenças digestivas;

- Síndrome do pé diabético, que pode obrigar à amputação.



Grupos de risco:

- Pessoas com excesso de peso;
- Pessoas com má alimentação ou falta de exercício;

- Pessoas com história familiar de diabetes;

- Idosos;

- Pessoas que tomam determinados medicamentos.
 
 

Sabia que?
 
- De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), a diabetes tipo 2 é uma epidemia a nível mundial?
- Dados recentes mostram que entre 120 e 140 milhões de pessoas em todo o mundo têm diabetes tipo 2?

- A organização Mundial de Saúde prevê que os casos de diabetes tipo 2 venham a aumentar para mais do dobro atingindo, em 2025, cerca de 300 milhões de pessoas?

A diabetes na infância:

Quando a diabetes se instala numa idade muito precoce (até três anos), só os pais estão aptos a lidar com a diabetes da criança. Nestas idades precoces, o importante é prevenir episódios graves de hipoglicémia, pois corre-se sempre o risco de que ocorram subtis défices cognitivos.

Na criança de 4-7 anos, aparece a necessidade de educar os outros sobre diabetes: os problemas de separação, que se apresentam frequentemente nestas idades, são passíveis de serem aumentados numa criança com diabetes. Estas crianças têm, frequentemente, um pensamento de causa-efeito: podem culpar-se a si próprias por serem diabéticas e considerar as injecções e restrições alimentares como castigos, pelo que é sempre benéfico o encontro com outras crianças igualmente diabéticas, pois assim podem trocar ideias, desmistificar fantasmas. Assim, é importante o apoio psicológico destes pais, no sentido de melhor ajudarem a criança a adaptar-se à diabetes, sem lhe criarem problemas acrescidos e permitirem uma aprendizagem das tarefas diárias (tal como o é o duche e o lavar dos dentes, por exemplo), naturais e facilmente integráveis na sua rotina.

Na alimentação, os pais podem melhorar bastante e substituir alimentos menos saudáveis pela alimentação correcta que o diabético é «obrigado» a fazer, mas que todos deveríamos seguir. Estes bons princípios vão-se integrando naturalmente na criança que, ao crescer, os vai levando consigo sem os considerar um peso ou um castigo, permitindo uma boa evolução da doença e retardando ao máximo eventuais complicações. Para tanto, é necessário criar um sentimento de confiança básico, que assente em alicerces profundos, com um ambiente gerador de confiança, que permita à criança sentir que é amada e aceite; estes aspectos são fundamentais para uma boa socialização e também para o desenvolvimento de sentimentos positivos sobre si mesma, que lhe permita ser autónoma e segura e, no futuro, um adulto equilibrado e bem adaptado ao meio que o rodeia.


É importante que a criança caminhe para a autonomia; mas os pais serão sempre os responsáveis por ela e, mais ou menos discretamente, deverão fazer a sua supervisão e controlo, no sentido de prevenir expectativas irreais ou prematuras, que a sua criança possa ter relativamente à diabetes.
Os pais vão ter que aprender «tudo» o que diz respeito à diabetes, sobretudo para poderem tratar a criança em casa, ajudando a conseguir o equilíbrio pretendido, não só ao nível físico mas também emocional, tanto da criança como da família.

Adaptado de: Helena Seabra

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