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quarta-feira, 15 de setembro de 2010

Ditos e tradições na gravidez

Agora que a gravidez acabou e chegou a fase de puerpério, ou de pós-parto, aqui ficam algumas considerações sobre uns poucos mitos que assolam as mulheres nesta fase de incertezas - que agora se finalizou. Ao olhar para trás é mais fácil perceber o que nos metia medo - mesmo que fosse infundado - e o que nem ligávamos por percebermos logo a sua antiguidade e tradicionalidade não confirmadas nem fundamentadas pela ciência.

Tidos como verdade:
"As futuras mães têm desejos"(1), eu devo ser diferente porque nunca tive. O que parece existir é uma vontade, ditada pela nossa sabedoria biológica e pelos nossos instintos maternos, de nos alimentarmos daquilo que faz mais falta ao bebé. Isso não deve ser confundido com aquelas vontades que algumas grávidas têm de comer coisas estranhas, como esfregão verde.

"A lua influencia o início do parto."(1) Já tenho lido bastante sobre este tema, até acredito que a lua influencie a gestação em locais mais remotos em que a vida se rege sob os ciclos lunares e que poderá haver mulheres mais influenciáveis do que outras. Não sei... se influencia as marés, os rios, porque não influenciar também as nossas marés interiores, do berço de água que embala o nosso bebé?

"As datas significativas para a mãe predispõem-na a dar à luz." Será? O meu menino nasceu tal como eu tinha prometido no dia de anos do meu pai. Nesse dia (dia do Pai) dei-lhe o envelope com a eco e disse-lhe: "É a tua prenda, mas só abres no teu dia de anos," o que por coincidência assim aconteceu.

Os falcissímos...

"Se não satisfizer os seus desejos, o bebé nascerá com alguma mancha."- ????

Se temos azia, o bebé nasce cabeludo. Não é verdade, poderá ser apenas coincidência em alguns casos. O meu bebé tem pouquinho cabelo e eu tive horrores de azia! Se assim fosse, nascia de tranças! O aumento dos níveis hormonais e a pressão do útero sobre o estômago e que dificultam a digestão, podem ser as explicações mais plausíveis.

E outras que se poderão acrescentar aqui, com o vosso contributo é claro.



Bibliografia:

(1)-CÁDAMO, Sílvia, "O que se sabe ao certo sobre os mitos da gestação.", Babies, Janeiro de 2004;

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