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quarta-feira, 22 de setembro de 2010

O que é a Placenta?

Voltando um pouco ao tema da gestação, todas nós já ouvimos falar da placenta e da sua importância durante a formação do nosso bebé. Reconhecemos também que ao haver um problema com este órgão, a gravidez pode ficar em risco. Mas o que é que faz deste, um órgão tão especial?

A placenta desempenha um papel vital na gravidez, uma vez que"permite a troca de nutrientes (hidratos de carbono e proteínas entre outros)," entre a mãe e o bebé, "através do cordão umbilical."(1)

"Dentro do útero, o bebé desenvolve-se à custa de um sistema que é constituído pela placenta, cordão umbilical, e a bolsa de líquido amniótico, em cujo líquido o bebé organiza alegremente as suas actividades diárias. "(2)

Em primeiro lugar convém distinguir que este "é um órgão transitório que se forma com o embrião e cuja localização correcta e normal funcionamento são essenciais para um bom desenvolvimento da gravidez, do parto e do pós-parto imediato."(2)

"A forma da placenta assemelha-se à de uma panqueca com 2 a 4 cm de espessura, de consistência esponjosa, que se une à parede uterina no lado materno e ao feto pelo cordão umbilical, que dela emerge, normalmente ao centro, no lado fetal. No final da gestação, atinge cerca de 500 gramas, sendo o órgão responsável pela manutenção da gravidez, ao produzir hormonas com ela relacionadas, como a gonadotrofina coriónica (HCG), o estrogénio e a progesterona." (2)

"A placenta funciona como um filtro entre o sangue materno e o sangue fetal, possuindo circulação materna de um dos lados e circulação fetal do outro, separadas por uma barreira membranosa. Quando o sangue fetal atravessa o cordão umbilical e percorre a placenta, recebe nutrientes e oxigénio do sangue materno e liberta dióxido de carbono e produtos de degradação fetal (ureia, creatinina, ácido úrico) para a circulação materna, regressando ao feto para novamente o alimentar, oxigenar e purificar. Algumas substâncias, como os lípidos, não chegam sequer ao feto, uma vez que o fígado deste não tem capacidade metabólica durante a maior parte da gravidez. Os lípidos são, então, armazenados na placenta até às últimas 10 semanas da gestação, altura em que o fígado fetal começa a funcionar, sendo, a partir daí, lentamente libertados para a circulação fetal."(2) Ela é assim, nada mais nada menos do que o "elo de ligação" entre o organismo da mãe e o do novo ser.

No interior da placente, "o sangue fetal e materno" estão como que "ligados, embora não entrem em contacto directo," o que permite a troca de inúmeras substâncias. "A placenta é muito selectiva, pois apenas deixa passar algumas substâncias do sangue materno para o fetal, o que justifica a designação de barreira placentária."(3)

"Esta estrutura específica é formada tanto pelo tecido embrionário como pelo tecido uterino, nomeadamente o endométrio, que se altera para acolher o ovo, denominado decídua. Pouco depois da nidificação, a camada externa do novo embrião emite prolongamentos, denominados vilosidades coriónicas, que se inserem nos lagos de sangue materno presentes no endométrio, no interior dos quais se formam reduzidos vasos sanguíneos. Isto permite que o sangue fetal presente nestes minúsculos vasos troque substâncias com o sangue materno, chegando ao endométrio através de pequenas artérias, para depois ser recolhido por inúmeras vénulas."(3)

"Com o passar do tempo, todas as vilosidades placentárias unem-se a vasos maiores, a veia umbilical e as duas artérias umbilicais que chegam até ao feto através do cordão umbilical. Em suma, este "elo de ligação" irá permitir que o feto obtenha as substâncias de que necessita e elimine os resíduos. A placenta adopta uma forma de disco e cresce ao longo da gravidez até alcançar 20 cm de diâmetro e um peso de 0,5 kg."(3)


Bibliografia:

(1)- "Afinal, para que serve a placenta?" - Crescer com Saúde, Fevereiro de 2006;
(2)- http://www.mae.iol.pt/;
(3)- http://www.medipedia.pt/home;

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