
e Olá! 2010!
(...) As novas tecnologias e instrumentos de pesquisa estão a tornar cada vez mais claros os contributos da neurociência, sendo fundamental que estes aspectos resultantes da pesquisa sejam divulgados junto de políticos, da imprensa e do público em geral.
De referir que a OCDE, em vários relatórios, refere como principais conclusões das pesquisas realizadas pela neurociência o seguinte:
As interacções precoces das crianças com os outros e, nomeadamente com a família, e com as pessoas que cuidam delas, são as responsáveis por estabelecerem os padrões das conexões neurais e os equilíbrios químicos que influenciam profundamente o que vamos ser, o que vamos ser capazes de fazer e como vamos reagir ao mundo que nos rodeia. (...)
A neurociência está a começar a confirmar e explicar o que a ciência social e a experiência comum há muito vêm a dizer: “as relações afectuosas, estáveis, seguras, estimulantes e gratificantes com a família e com as pessoas que cuidam das crianças nos primeiros meses e anos de vida são cruciais para quase todos os aspectos da vida da criança”
(...)Para uns a “crença na santidade da família” como instituição insubstituível leva a conclusões que conduzem a respostas que apontam as creches, todas as creches, como um mal absoluto que apenas serve para libertar as famílias e muito em particular a mãe, da sua tarefa de educar ou ainda considerando que o desenvolvimento inicial da criança é precioso demais para ser colocada com outras pessoas.
Outros argumentam que a triste realidade económica e social do trabalho das mães as leva a deixar as crianças nas creches. Desse modo, e sendo as creches encaradas como um mal, não se investe em materiais, espaços, ratios, estabilidade humana, nem mesmo na formação do pessoal, uma vez que tais lacunas tornam a guarda diurna das crianças menos dispendiosa e desse modo mais acessível aos pais.
As autoridades chinesas prenderam 42 pessoas alegadamente ligadas a uma rede de tráfico de crianças que vendeu pelo menos 52 bebés nos últimos dois anos. A rede comprou 19 rapazes e 33 raparigas a famílias pobres e revendeu-as com lucros superiores a 60 mil dólares.Como é possível que alguém pense sequer em fazer dinheiro à conta de crianças inocentes?
Justiça: Tinha sido condenado a sete anos, vai passar seis na cadeia
Obrigava-os a despir a roupa, tocava-lhes no corpo e mandava-os fazer o mesmo. Depois chegava mesmo a masturbar-se em frente às crianças. Foi desta forma que durante mais de um ano um emigrante, de 55 anos, abusou de três irmãos – duas meninas de 9 e 11 anos e um menino de 12, filhos da empregada de limpeza. O caso veio a descoberto em 2008. O pedófilo confessou parte dos crimes e o Tribunal de Moura condenou-o a sete anos de cadeia, pena que o Supremo Tribunal de Justiça reduziu agora para seis anos.
Tudo começou em 2006 quando, após a separação dos pais, os menores começaram a acompanhar a mãe para o trabalho. A mulher passava graves dificuldades financeiras e o pedófilo ofereceu-se para a ajudar: dava de comer às crianças, oferecia-lhes dinheiro e deixava-as tomar banho em sua casa. Daí até aos abusos começarem foi um pequeno passo. Aproveitando-se da confiança que a mãe das crianças tinha em si, o pedófilo levava-as para sua casa. Aí, deitava-as na cama, despia-as e começava a tocá-las até se masturbar. Em outras ocasiões o emigrante chegou mesmo a tirar a sua roupa e a do menino e a obrigar a criança a sentar-se durante vários minutos no seu colo.Em alguns casos que leio nas notícias, fico desolada ao ver que as crianças além de tudo o que sofriam ainda eram maltratadas pela mãe. No entanto, neste caso segundo pelo menos o que se lê na notícia, a mãe apenas pecou ao não se aperceber do que se passava e por ter confiado demais num estranho. Mas aqui as crianças foram retiradas do seu agregado familiar e até separadas. Qual será o motivo para este desfecho?
Com medo e vergonha, as crianças nada contavam à mãe e os abusos continuaram durante quase dois anos, até que um dos irmãos resolveu dizer o que se passava. O pedófilo foi imediatamente preso e as crianças retiradas à progenitora pois o tribunal considerou que esta teve uma atitude negligente, e decidiu colocar os três menores numa instituição.
EMIGRANTE DIZ SENTIR-SE ENVERGONHADO
Para além de confessar o que fez, o pedófilo admitiu ainda que se sente "culpado e envergonhado" por ter abusado dos menores e que quando ajudou a família nunca o fez com segundas intenções.
Emigrante na Suíça durante mais de vinte anos, o homem voltou para Portugal em 1999, onde trabalhou num bar. Um ano depois o pedófilo abandonou a companheira e desde esse dia começou a envolver-se com adolescentes e crianças, sendo estes os seus companheiros do dia--a-dia. Os exames psicológicos realizados revelaram que o emigrante tem características paranóides. Para além da baixa auto-estima e desvalorização pessoal, o homem revela uma grande instabilidade emocional e os médicos consideram inclusive que há risco de suicídio.
TRIBUNAL SEPAROU OS TRÊS IRMÃOS
Após os abusos serem descobertos, o tribunal retirou as crianças à mãe. Desde esse dia vivem em instituições separadas: o menino foi colocado na Casa Pia e as meninas na Fundação Manuel Gerardo.
Ainda hoje as crianças têm vergonha do que aconteceu. Os menores revelam uma enorme tristeza por terem sido alvo de abuso e têm muita dificuldade em falar do que se passou. Na escola o insucesso dos menores é bem visível e os comportamentos delinquentes revelam a revolta que os irmãos sentem.
Perante o juiz, o pedófilo confessou grande parte dos crimes que cometeu ao longo de quase dois anos. No entanto, durante o julgamento, o emigrante negou sempre ter abusado da menina mais nova. Para além disso, o homem chegou ainda a afirmar que as duas crianças mais velhas se expuseram e "tinham comportamentos provocatórios", o que o motivou a abusar deles.
Gaia: Mulher foi salva mas menino de 6 anos está desaparecid
Anabela vivia amedrontada com a ideia do filho morrer e a cada dia que passava ficava mais convencida de que o menino de seis anos tinha uma doença incurável. Anteontem à noite a mulher decidiu acabar com o "sofrimento": em desespero pegou no filho e atirou-se ao rio Douro, levando o menino para a morte. Anabela sobreviveu, ao contrário de André. O corpo da criança continuava ontem à noite por encontrar.
Esta foi a primeira versão apresentada pela mulher à polícia, logo após ter sido resgatada. Ao longo do dia Anabela acabou por apresentar inúmeras histórias, sendo que numa delas dizia que o menino caiu ao rio acidentalmente e que ela se tinha atirado para o salvar. As autoridades estão seguras que a versão inicial é a verdadeira.
Tudo leva a crer que a mulher preparou a morte do filho ao pormenor. Anabela saiu da sua casa, em Vilar do Andorinho, com o menino. Eram 15h00 de anteontem. As horas passaram e a família começou a ficar preocupada com o desaparecimento. Eram 08h00 de ontem quando os receios se confirmaram. "A polícia ligou à família a contar que ela estava viva e que tinha aparecido no rio. Não sabiam onde estava o menino", contou ao CM Francisco Fernandes, amigo da família.
Anabela foi resgatada por dois remadores que passavam junto à ponte D. Luís, a mais de três quilómetros do esteiro de Avintes, onde abandonou o carro, se atirou e ao menino ao rio e onde diz estar o corpo de André. Estava em hipotermia e só chamava pela criança. "Ela dizia que queria ir ter com o filho, que precisava de o ver ", disse Fernando Silva, que viu a mulher ser salva.
No vidro da frente do carro, que foi abandonado fechado à chave, a mulher deixou dois bilhetes: com o nome e o número de telemóvel do marido.
FAMÍLIA FAZ BUSCAS NO RIO
Em desespero, alguns familiares do pequeno André pediram um barco emprestado a um pescador para assim eles próprios tentarem descobrir o corpo do menino. "Fiz questão de emprestar o meu barco à família. Eles estão desesperados e quanto mais gente procurar o menino melhor", explicou ao CM Francisco Fernando, o dono da embarcação. Quer a família quer os bombeiros procuraram o corpo do menino durante várias horas, no entanto, sem resultado.
"ELA SOFRE DE UMA DEPRESSÃO HÁ VÁRIOS ANOS"
Anabela sofre de uma depressão pós-parto desde que o filho nasceu. A partir dessa altura a mulher começou a refugiar-se em casa e deixou mesmo de trabalhar. "Desde que o menino nasceu ela ficou com uma depressão. Nunca mais foi a mesma pessoa. Andava sempre muito calada e raramente saía de casa", contou ao CM Mónica Correia, vizinha da família.Como Educadora e como mulher, estas questões também me preocupam imenso, pois custa-me imenso a perceber e compreender o que terá passado pela cabeça desta mulher. Como é que ela chegou a este ponto sem que ninguém tivesse dado conta de nenhum sinal de alerta? Será possível que andemos todos de olhos fechados com o que se passa à nossa volta?
No hospital não há registos de outras tentativas de suicídio. No entanto, alguns vizinhos dizem que Anabela tinha um comportamento estranho. "Por várias vezes ela ameaçou que se ia matar. Dizia que a vida dela já não tinha importância", disse Fernanda, outra vizinha. Apesar de tudo, a mulher tinha uma boa relação com o marido e o casal raramente discutia.