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quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Brincar com crianças

Brincar!

A brincadeira é tão importante para o desenvolvimento da criança como qualquer outra coisa. Brincar favorece o desenvolvimento de vários aspectos da personalidade da criança. E nós, pais e educadores, qual o nosso papel? De que forma podemos contribuir de forma eficaz, para facilitar o ambiente de brincadeira?

• Podemos ajudar disponibilizando tempo para as brincadeiras: há tempo para tudo, não é verdade? A criança até pode (e deve) ter tarefas, ter uma rotina, mas dessa rotina deve fazer parte um tempo grande destinado às brincadeiras. Sejam estas brincadeiras sozinha, fazendo de conta ou jogando um jogo, sejam em par ou em grupo, em casa ou na rua.

• Estando atentos à idade e às necessidades de cada criança, facilitando-lhes os brinquedos adequados: a criança cresce e rapidamente uma menina deixa de gostar de bonecas e precisa de outros brinquedos que a satisfaçam. O brinquedo também pode ser desafiador.

• Respeitando e facilitando elementos que favoreçam a criatividade das crianças;

• Enriquecendo e valorizando as brincadeiras realizadas pelas crianças, até integrando-se como participante das brincadeiras e do seu faz-de-conta, fingindo, interessando-se por elas...

• Colocando-nos ao nível da criança e reflectindo sobre as brincadeiras e os sentimentos que dela possam surgir: ao brincar de faz-de-conta, a criança espelha na situação que recria ora algo que viu na televisão, uma história que ouviu e que quer interpretar ao seu jeito, ora algo que lhe vai na alma, algo que a preocupa e que para si tem uma importância brutal. Não precisa de um adulto que lhe diga que é "a fingir", ela sabe-o, mesmo que não o mostre, mas naquele momento ela precisa de fingir para vivenciar essa situação e tentar encontrar as suas próprias estratégias de resolução. Ora pode ainda querer imitar a mãe ou o pai, da forma como ela os vê, ou a sua professora, fazendo as mesmas expressões que a vê fazer na escola enquanto lecciona, ou até vestir-se com roupas idênticas às da mãe de uma amiga...

• Ajudando a resolver conflitos: consolidando por palavras e frases simples e claras qual o problema que a criança tem de resolver e quais as formas que tem para o resolver. Conflitos com outras crianças - com os irmãos porventura - ou até consigo mesma (conflitos interiores).

• Podemos e devemos ainda considerar as preferências de cada criança. Através das brincadeiras ela terá a oportunidade de expressar os seus interesses, necessidades e preferências. O nosso papel será particularmente o de propiciar-lhes novas oportunidades e novos materiais que enriqueçam as suas brincadeiras. No entanto, respeitando sempre a vontade e a motivação da criança de forma a não forçá-la a participar em determinada brincadeira.

Acima de tudo...
... não esquecer que a brincadeira é centrada na criança e que é sempre ela a personagem principal. Os pais e/ou educadores são meros participante que a acompanham no seu jogo.

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