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domingo, 3 de outubro de 2010

Nasceu uma mãe

O meu menino está quase quase a completar o seu primeiro mês de vida e, embora tenha falado um pouco sobre ele e o seu desenvolvimento, a verdade é que o facto dele ter chegado à minha vida fez uma diferença enorme. Principalmemente na gestão do tempo, que agora deixou de ser regulado pelo relógio e passou a ser regulado pelos ciclos de sono/alerta aqui do garoto.

Não foi só um bebé que nasceu. Também nasceram uma mãe e um pai. Acima de tudo, nasceu uma família, o que torna tudo ainda mais maravilhoso.

"A avalanche de emoções, nos primeiros dias após o nascimento de um bebé, é natural."(1) Já nem têm conta as lágrimas que já chorei após ter o meu princípe nos braços. As primeiras, ao ver a minha família cá fora à minha espera quando saí do bloco para ir para o quarto com o meu menino. Lágrimas que eram de emoção e de felicidade. Um desabar de emoções e um fechar de um ciclo. Deixara de estar grávida, deixara de ser apenas eu, para passar a ser mãe. É que a sensação é, assim, tão boa, tão gratificante, tão especial e ao mesmo tempo de uma responsabilidade tamanha! O cansaço do parto deixou-me mais frágil por um lado e, ao mesmo tempo, com a incrível sensação de que, pelo bem estar do meu filho, moveria montanhas!

"Sonhou tanto com o momento de ter o seu filho nos braços e agora que ele está aí, pode acontecer senti-lo como um estranho."(1) De facto, tinha medo que tal me acontecesse. Mas esse medo desvaneceu-se quando o M. me foi colocado sobre o meu peito. Não tinha dúvidas de que entre nós havia uma ligação forte. Talvez fosse porque ele tinha os olhos tão abertos que parecia querer ver bem quem era a sua mãe tal como eu o queria conhecer a ele, mas isso sou só eu a divagar... mas esse olhar, nunca o irei esquecer. Mas em muitos casos, acontece que essa viculação não ocorre imediatamente.
"A tendência, quando tal sentimento de vazio se instala é duvidar desde logo ser uma boa mãe."(1)

Tenho sentido durante estes dias uma falta de tempo imensa para fazer tudo, o que me tem deixado em baixo emocionalmente. Não gosto de depender de ninguém, nem gosto de não ter controlo nas coisas que tenho para fazer, mas um bebé recém-nascido toma conta das nossas vidas com uma facilidade incrível! O tempo corre sempre a seu favor agora - as horas das mamadas, os seus sonos, os cuidados de higiene... tanto para fazer e tão pouco tempo para descansar, para estar simplesmente a almoçar descansada. Podia apresentar algumas soluções para este problema, mas a verdade é que nem me atrevo, porque eu ainda não as implementei para mim. Descansar agora, significa organizar o tempo para ir-me deitar logo que ele adormece... mas por vezes esses momentos servem para fazer outras coisas e acabam por passar tão rápido que quando dou conta, ele já chora novamente, prontinho para comer outra vez!

"O mais importante, é passar momentos inesquecíveis com o seu bebé."(1)


Bibliografia:

(1) - ESTEVES, Ana, "Os primeiros dias de uma mãe", Pais e Filhos, Julho de 2007;

2 comentários:

Vera disse...

É como tu dizes "Nasceu uma mãe", tudo é uma novidade e eu estou quase, quase a "renascer", dentro de 2 semanas nasce o meu 1º rebento e estou desejosa de sentir tudo o que descreveste.
Aproveita imenso essa dádiva.
Bjos Vera

Mamã da Caroxinha disse...

Realmente não é só uma bebé que nasce...eu costumo dizer que no dia em que a minha filha nasceu RENASCI! Eu e o papá claro porque a partir desse dia as nossas vidas nunca mais foram as mesmas!
A vantagem é que tudo muda para melhor...até digo muitas vezes que só aprendi a viver há 33 meses...até lá ndava apenas a vaguear ;-)
Ainda é mamã muito recente e tanta alteração mexe muito connosco...isso e as hormonas que ainda estão todas doidas ;-)
Mas não se envergonhe de pedir ajuda é perfeitmente normal!
Tudo de bom!

ps-já agora os cursos aqui anunciados são em que zona do país?

Beijo