Já tenho algumas gotinhas de leite que de vez em quando espreitam do meu peito. É normal, mas não convém estimular a sua produção com massagens no peito, uma vez que a saída de leite estimula a sua produção o que por sua vez estimula a contractilidade uterina. É o meu corpo a preparar-se para o grande dia que aí vem, para que quando o M. nascer eu estar pronta para lhe dar o meu afecto e dar-lhe de mamar como tanto desejo.
A hormona que ajuda o leite a fluir é a ocitocina.
"É raríssimo uma mulher não ter leite ou ter leite insuficiente. A essa condição dá-se o nome de hipogalactia e as causas podem ser hipotiroidismo não tratado, retenção da placenta, ausência de tecido mamário ou uma cirurgia de redução mamária."(1) Por outro lado, a "hipertensão ou a pré-eclampsia não condicionam a amamentação." (2)
Embora alguns medicamentos possam passar para o bebé durante a amamentação, no caso da hipertensão, "a medicação habitualmente utilizada não impede a amamentação. Caso ocorra um parto prematuro o bebé pode necessitar de cuidados especiais, não ficando com a mãe. Nestas condições pode ser feita estimulação da lactação, sendo o leite removido com bomba e utilizado para alimentar o recém-nascido até este poder mamar."(2)
"Se o bebé não pega bem na mama, não consegue tirar o leite suficiente, cansa-se, desiste
e em pouco tempo começa a chorar porque tem fome. Para garantir uma sucção eficaz, o bebé deve ter a boca bem aberta, o lábio inferior virado para fora, agarrar a auréola quase toda e não só o mamilo, tocar com o queixo na mama."(1)
"Como é opaca e misteriosa, é natural que surjam dúvidas, inseguranças, que se questione se a quantidade de leite que o bebé mama corresponde às suas necessidades."(1)
"Mas basta estar atenta aos sinais do bebé e aprender a conhecer o próprio corpo para perceber que o leite está lá," e que essa quantidade também é a adequada. "O estômago de um recém-nascido é muito pequeno e a quantidade de colostro que a mãe produz nos primeiros dias de vida do bebé é a ideal para o satisfazer."(1) Depois essa quantidade, bem como as propriedades do leite vão-se alterando consoante as necessidades do bebé.
"Se o bebé aumenta de peso, em média 500 gramas mensais nos primeiros meses de vida (após ter recuperado o seu peso de nascença, o que pode demorar cerca de 3 semanas), se faz vários chichis durante o dia, se está esperto e não prostrado, se lhe é oferecida mama entre 8 a 12 vezes por dia durante os primeiros meses, então é sinal de que o bebé recebe leite suficiente."(1)
O bebé, por instinto, ao se aproximar o peito da sua boca, suga. O mesmo tende a fazer quando lhe aproximamos um dedo da boca, a chucha ou uma tetina. É um reflexo que ele já aprendeu no ventre quando experimentou chuchar no seu próprio dedo. Este é o imício de uma simbiose explêndida, uma vez que "a produção de leite estimula-se através da sucção: quanto mais o bebé mama, maior é a abundância de leite." (3)
"Quando o bebé não quer mais leite, larga a mama espontaneamente."(1)
É também muito importante não deixar o bebé adormecer à mama. Isto sucede porque o leite é rico em endorfinas que acalmam o bebé, mas deve-se acordar o bebé novamente para que ele se alimente correctamente. A duração das mamadas também não é importante em si, uma vez que "há bebés que comem muito depressa e outros que demoram mais."(3)
Bibliografia:
(1)-LAMÚRIAS, Patrícia, "O meu leite é bom?", Pais e Filhos, Abril de 2010;
(2)-LEITE, Cristina, "Quando a hipertensão complica a gravidez", Pais e Filhos, Junho de 2007;
(3)-"Crianças que mamam crescem mais saudáveis", Superbebés, Agosto de 2006;
1 comentário:
Não tens que agradecer. Todos nós deveríamos estar gratos pelo trabalho corajoso dos nossos bombeiros, tantos deles voluntários. Isto sim, deveria ser notícia de jornal, devia ser reconhecido, valorizado. Obrigada a ti!!!
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