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sábado, 14 de agosto de 2010

Hipertensão na Grávida

"A Tensão Arterial é o resultado da força exercida pelo sangue contra a parede das artérias." O seu valor máximo corresponde à contracção do músculo cardíaco durante o batimento e chama-se TA sistólica, enquanto o valor mínimo, diastólica, corresponde ao relaxamento do coração entre os batimentos sendo esses valores diferentes se estamos em stress ou actividade física, ou se pelo contrário estamos em repouso.

A Hipertensão é quando esses valores ultrapassam de forma persistente os 140/90 mmHg.

A hipertensão arterial associada à gravidez obriga a uma vigilância pré-natal mais apertada de forma a mais precocemente se diagnosticar complicações. No entanto, as complicações mais graves e que podem colocar em risco a mãe e o feto são consideradas raras, pese embora não devam ser descuradas. Segundo o Prof. Belmiro Patrício, coordenador do 1º estudo de Hipertensão na grávida (em 2005, em 47 maternidades portuguesas), "a hipertensão durante a gravidez é causa de morbilidade e de mortalidade materna e fetal, quer de forma directa, quer indirecta, pela prematuridade e restrição de crescimento fetal que implica."(2)

"Durante a gravidez, os valores de TA habituais descem, particularmente a partir das 12 semanas, para voltar a subir durante o último trimestre. Esta descida é fisiológica" ocorrendo também "se a grávida tem hipertensão prévia à gravidez."(1)

Podem existir 2 tipos de Hipertensão durante a gravidez:

- A induzida pela Gravidez - que surge habitualmente na 2ª metade da gestação e desaparece algum tempo após o parto. Esta pode levar nas situações mais graves ao compromisso de todo o organismo, podendo também conduzir a pré-eclampsia "reflectindo o compromisso renal com aparecimento de proteínas na urina."(1)

- A crónica - é prévia à gravidez e persiste durante a mesma.

"Quando a hipertensão surge nas últimas semanas de gestação, sem proteinúria (perda de proteínas na urina), a gravidez pode prosseguir com baixo risco matero ou fetal."(1)
Bibliografia:

(1)-LEITE, Cristina, "Quando a hipertensão complica a gravidez", Pais e Filhos, Junho de 2007;
(2)-"Quase 6% das grávidas são hipertensas". Superbebés, Agosto de 2006;

2 comentários:

Patricia disse...

E eu que tive pré-eclampsia e passei pelo pavor de que algo acontecesse à minha filha e algo me acontecesse a mim...

Elsa Filipe disse...

Deve ser sido mesmo pavoroso.
Mas tinhas hipertensão anterior à gravidez ou surgiu de repente?