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segunda-feira, 23 de agosto de 2010

Mitos na gravidez - parte 2

Ainda ninguém veio comentar ao mitos que coloquei na primeira postagem sobre este tema. Ninguém se atreve?

E quanto aos desejos? Daqueles que não podem mesmo ser contrariados? Que coisas malucas lhes apetecia comer durante a gravidez? Dizia-se que "a pena poderia recair sobre a pessoa que não permitiu a realização desse desejo e sobre o próprio bebé."(1)

Ainda há o mito de fetos que "adormeciam no ventre materno e aí permaneciam vários anos. E esta era uma teoria sustentada pelo direito Muçulmano que autorizava um período de gravidez que podia ir até aos cinco anos."(1) Ora se houvesse subsídio pré-natal nessa época, imaginem os bebés de cinco anos que nasciam?

"As gravidezes longas, dizia-se, eram fruto do medo que o bebé tinha do parto e da sua recusa categórica em sair do ventre da mãe."(1)

"Avernois, ilustre filósofo e médico árabe do século XVII, conta a história de diversas mulheres que engravidaram, apesar da ausência do acto sexual." E eram diversas as explicações para esse fenómeno, que iam desde águas minerais que engravidavam as mulheres até se desconfiar do próprio vento: "Fetos microscópios, provenientes da condensação e evaporação do esperma deixado ao ar livre eram um perigo para qualquer mulher."(1)

Estas teorias eram valorizadas pelo desconhecido que envolvia a gestação e tudo o que se passava na barriga de uma mulher. Na Idade Média acreditava-se no nascimento de "bebés com cabeça de gato, homens com mãos e pés de boi ou com pele de serpente."(1) Muitas destas descrições poderiam derivar de deficiências desconhecidas à altura e que foram passando de boca em boca até aos nossos dias e como quem conta um conto acrescenta um ponto, tomariam proporções alucinantes.

Nos dias que correm as proibições de fazer isto ou aquilo continuam a povoar o imaginário popular e qual é a grávida que nunca ouviu uma dessas proibições ou relatos de coisas que aconteceram com o bebé X ou Y da família ou dos vizinhos do lado.

"Se tem azia, o seu filho vai nascer com muito cabelo" - então o meu vai ser cabeludo de certeza -, "quando a grávida tem a cara feia, é porque está à espera de uma menina"(2)- oh p'ra mim tão linda à espera de um rapaz!


Bibliografia:

(1)AMORIM, Mª João, "Gravidez, mitos e superstições", Pais e Filhos, Agosto de 2002;
(2)"Verdades e mentiras", Superbebés, Maio de 2010, pp. 8 a 12;

1 comentário:

Arte de Bem Receber disse...

Olá,

Já falta pouco para teres o etu bebé nos braços:).
Desejos nunca tive em nenhuma das 2 vezes.

Uma horinha pequenina, que tudo corra bem para ambos.

Bj